LARRY DAVIES
Percebi existir algo estranho com o tal do Phill e resolvi me aproximar dele nessas últimas semanas. E justo quando pensei que o idiota estava disposto a falar, o reitor fez sua aparição. Estava ciente das consequências que teria que enfrentar caso fôssemos pegos. Mas eu estava no caminho certo. Para chegar onde eu queria, sabia que o tal Phill era o caminho.
O idiota se confiava que o seu pai era o dono do maior escritório de advocacia da região. No entanto, quando tudo fosse concluído, isso não importaria muito. Ele cairia do mesmo jeito pelo que estivesse fazendo errado e, se meu extinto estivesse certo, não era por pouca coisa. Se eu descobrisse que o escritório do pai dele estava envolvido, aquela operação teria uma visibilidade ainda melhor.
Quando o assunto do mercado clandestino de bolsas de sangue, assim como os sumiços de certos lobos e os entorpecentes utilizando acônito, chegou até nossa unidade, meu superior, que também era um lobo, conversou comigo perguntando se eu queria assumir o caso. A planta encontrada nesse novo entorpecente poderia nos causar danos irreparáveis.
O alfa de minha alcateia foi informado que eu ficaria sem retornar para ela por um período. E ao ficar sabendo do que se tratava, Alfa Randle se mostrou interessado no assunto. Fiquei sem entender por qual motivo ele estava interessado, já que muito pouco ele se preocupava com qualquer coisa além dele mesmo, mas quanto mais olhos tivéssemos, melhor seria.
Nossa alcateia ficava na região ao lado de onde atualmente, segundo a informação que recebemos, o pessoal envolvido estava atuando. No início de nossa própria investigação, percebemos que essa rede era ainda maior do que imaginávamos. Ela se estendia por várias outras cidades.
Quando buscamos informações, descobrimos que a alcateia Wolfengard passou por algumas invasões e que seu alfa havia apreendeu vários produtos e materiais ligados àquele bando. Inclusive matando um dos indivíduos que estávamos caçando. Queria ter estado lá antes que eles tivessem se livrado do corpo. Nunca estive na presença de nenhum indivíduo dessa raça. Precisávamos descobrir onde eles estavam instalados.
Quando nos aprofundamos ainda mais, descobrimos o envolvimento de alguns professores pertencentes à universidade que pertencia àquela alcateia. Tudo se encaixa muito bem para aquela engrenagem. Um local fácil para vender os entorpecentes aos jovens, além de haver lobos naquela região que poderiam manter seu negócio clandestino funcionando.
Eles só precisavam ser espertos o suficiente para não despertar a curiosidade das autoridades. Essa foi a parte do plano que não deu certo. Criamos a operação “Caça Lobo”, com o intuito de descobrir, apreender e dar um fim na produção daquela droga e na comercialização das bolsas de sangue.
O fato de saber que outros de minha raça estavam envolvidos era o que mais me incomodava. Quem de nossa raça nunca ouviu falar da guerra entre lobos e vampiros que quase nos extinguiu também? Tivemos uma vantagem sobre eles devido ao poder curativo existente em nosso sangue. Dessa forma, imaginávamos que eles estivessem extintos.
Desde criança, sempre ouvi falar sobre isso. Os mais velhos tinham orgulho de nos contar como passaram por essa fase tão sangrenta de nossa história. No entanto, descobrimos atualmente que essa raça estava de volta. Isso significava dizer que nem todos os vampiros foram executados naquela época.
Ainda não conseguimos apreender nenhum, e segundo informações eles possuíam uma velocidade maior que a nossa e uma força surpreende. Precisávamos ficar atentos para não sermos pegos distraídos. Sabíamos que a forma mais “fácil” de chegar até eles era rastreando suas drogas.
Quando o reitor interrompeu nosso grupo, minha vontade era rosnar para ele, mas sabia que aquilo teria consequências e Mila, minha loba, não estava muito de acordo com isso. Não poderia tomar qualquer atitude que fizesse aquele grupo ou qualquer outra pessoa desconfiar que eu não era uma simples estudante, caso contrário, precisaria deixar aquela operação.
Essa operação foi a oportunidade perfeita para que eu pudesse me destacar em minha área de atuação. Eu e Mila éramos muito rebeldes para ficarmos restritas a uma alcateia, sendo humilhadas constantemente por sermos ômegas, a cadeia mais fraca de nossa pirâmide.
Minha loba gostava da liberdade tanto quanto eu, então meu superior nos deu uma chance como agente policial, e eu amava o que fazia. Adorava trabalhar em campo, correr risco e no final mostrar meu valor. Ainda não havia encontrado nada que me fizesse desistir disso, e essa operação era essencial para me manter afastada de Silver Storm.
O cultivo de Monkshood, ou o chamado acônito, estava crescendo consideravelmente. Não sabíamos quem estava conseguindo esse feito, se eram lobos e vampiros, mas precisávamos colocar um fim nisso antes que fosse tarde demais.
Observei que, enquanto estávamos na reitoria esperando que os documentos fossem impressos, Owen me olhava. Mila parecia ronronar sempre que percebia que ele nos encarava, mas eu não estava tão feliz quanto ela naquele momento. Não disse uma única palavra para não demonstrar o quanto estava insatisfeita.
Precisava agir como uma aluna normal, que foi pega burlando normas, e imaginei que meus superiores não ficariam nada felizes com aquilo. No entanto, aconteceu exatamente o contrário. Eles elogiaram meu desempenho, dizendo que minha atuação estava tão boa que nem mesmo o reitor havia desconfiado.
Escondi de todos que sofri imprinting com o reitor, que ele era o companheiro enviado pela deusa da lua para mim, por medo de que eles me retirassem da operação. Eu precisava me conformar com minha advertência e fingir que nada acontecera. Na manhã seguinte, como não poderia voltar para a faculdade por conta da minha suspensão, decidi sair para correr. Mila estava muito impaciente, mas precisei alertá-la de que não poderíamos ir muito longe.
Não tínhamos nos apresentado àquela matilha, então invadir o território de outros lobos seria colocar nossa vida em risco. Somos muito territorialistas e, com toda invasão que eles estavam sofrendo, seria perigo ser pega naquela região sem eles saberem quem eu era. Poderia ser facilmente confundida como uma invasora.
Quando retornei, ao chegar na recepção do hotel onde estava hospedada, senti o cheiro característico de nosso companheiro. Mila entrou em alerta. Observamos ao redor para verificar se ele estava ali, mas não conseguimos localizá-lo em canto algum. Um lobo não esquece cheiros, eles são parte do lobo e uma forma de reconhecer e identificar o mundo ao nosso redor.
— Por gentileza, alguém esteve procurando por Larissa Davies? — Perguntei à recepcionista.
— Sim, senhorita. Mas, como é uma norma do hotel, não repassamos informações sobre os hóspedes sem a devida autorização. Não confirmei e nem neguei que a senhorita está hospedada aqui. — Ela explicou.
— Obrigada! — Disse, e Mila pareceu radiante.
“Ele nos procurou. Nosso companheiro”. — Ela disse animada.
“O que me preocupa é saber por qual motivo”. — Argumentei.
“Isso é irrelevante. O importante é que ele veio até nós”.
“Acredito que não concordaremos quanto a isso”.
Fui para meu quarto e, após um banho, deitei-me na cama e pensei nele. Aquele homem, de fato, era bonito. Seus cabelos escuros, lisos e levemente bagunçados, seu rosto com traços firmes que lhe davam um ar um pouco mais velho, seus olhos escuros feitos à noite. Comecei a sentir uma grande atração por ele, mas precisava controlar isso.
Levei minha mão ao meio de minhas pernas, imaginando que ele me tocava. Enquanto isso, minha outra mão explorava suavemente meus seios, e uma sensação quente percorria todo o meu corpo. Se houvesse uma conexão mais profunda entre nós, ele perceberia minha necessidade e não demoraria em me procurar.
Meus dedos exploravam delicadamente aquele ponto sensível, entre minhas pernas, desejando que fosse ele a acariciá-lo com a língua. Os meus suspiros tornavam-se mais audíveis, e o aroma da minha excitação intensificava-se.
Passei a imaginar como ele expressaria seu desejo possessivo por mim, com seu rosnado arrepiando totalmente meu corpo, e tive um orgasmo avassalador. Porra! Se apenas meus pensamentos eram capazes disso, imaginei o dia em que suas mãos tocariam meu corpo de verdade.
OWEN LEWISDevido à suspensão, Larissa não iria comparecer à universidade naquele dia. Aquilo deixou Sky irritado, mas não poderia dar um tratamento diferenciado a ela. Quando estava chegando no escritório da universidade, recebi um pedido de ajuda de um de nossos guerreiros.Nosso território estava sendo novamente invadido por alguns lobos e outros indivíduos que ele não conseguia identificar. Saí da faculdade e, ao chegar na floresta, em uma área segura, minha transformação foi instantânea. Minha mente foi conectada a todos eles de forma mais profunda.“Aguardem. Não ataquem até todos estarmos presentes”. — Sky rugiu à ordem. Ele não era imprudente, nem consigo, nem com os demais.Quando cheguei, meu beta aguardava juntamente com alguns outros guerreiros a minha chegada. Avancei, seguido pelos demais. Cerca de quatro lobos e três outros indivíduos, que eu não sabia quem eram, analisavam o local que haviam invadido anteriormente com o Prof. Alan. Farejei o ar e, ao sentir aquele odor,
Meu olhar voou em direção a ele, mas o mesmo estava fixado no alto de uma árvore como uma estátua, avaliando a situação e assim que ele percebeu que todos tiveram fim, em um único movimento, desapareceu. Toda aquela irritação de antes foi dissipada após aquele momento. No entanto, eu ainda precisava descobrir uma forma de acabar de vez com essas invasões. Agora que tínhamos a certeza de que eles procuravam por algo, precisávamos descobrir o que era. O que significava descobrir a fórmula que dava a eles a mesma vantagem que tínhamos?Fizemos uma enorme fogueira e queimamos cada parte daqueles dois vampiros. O odor de carne podre queimando incensou aquela parte da floresta. Após o levantamento de informações de Brady, descobrimos que aqueles lobos eram mercenários, provavelmente pagos muito bem para fazerem qualquer tipo de serviço.Assim que voltamos para a alcateia, passei em nosso hospital e fui informado de que Collin estava bem, se recuperando e sua cura estava avançada, mas precis
LARRY DAVIESPor ser ômega, minha loba sempre foi a mais fraca da alcateia, mas isso não se aplicava a mim como humana. Minha determinação sempre me fez ser uma das mais fortes, mesmo por muitas vezes me submetendo a outros lobos em minha matilha.Isso fez com que minha loba sempre me desse o comando de nossa vida. No entanto, agora havia nos colocado em uma situação extremamente complicada. De fato, senti o vínculo, e minha loba até tentou me alertar quanto a ele, mas eu pensei que poderia simplesmente ignorar e continuar meu trabalho, mas estava completamente errada.O homem diante de nós, nosso companheiro, estava muito irritado. Eu poderia renegá-lo, mas minha loba não resistiria a isso. Isso mataria nós duas e até mesmo aquele lobo, mesmo ele sendo um alfa.Fiquei em uma situação onde não tinha mais para onde ir, entre ele e a árvore contra minhas costas. Seus olhos brilhavam com uma cor diferente. Seu lobo se mostrou e seus caninos cresceram até roçarem seus lábios, então fugir n
Tinha certeza de que não havia nada na secretaria que eu precisasse resolver, e sim na reitoria. Se ele agisse dessa forma com constância, todos começariam a desconfiar que existia algo errado. Assim que passei pela porta, a Sra. Suely me explicou a situação.— O Alfa Owen pediu que eu a convocasse até a sala dele, mas que não deixasse os demais da sua sala saberem que era ele que a estava convocando.— Ele adiantou o assunto, Sra. Suely? — Perguntei, sondando aquela senhora.— Não, menina. Fiquei até sem entender, mas não queria questionar o reitor. Só tome cuidado, porque o humor dele está péssimo.— E tem algum dia que ele esteja de bom humor? — Ela olhou para mim e vi um pequeno sorriso brincar em seu rosto.Antes que eu pudesse bater à sua porta, escutei a mesma se abrindo. Ele me encarou por um minuto e, em seguida, mandou que eu entrasse. Assim que o fiz, fiquei diante de sua mesa, esperando que ele sentasse. No entanto, ele simplesmente encostou o corpo nas minhas costas e suas
OWEN LEWISEssa mulher era a porra da força da natureza. Ela tinha o total controle de me tirar a razão. E vê-la irritada daquela forma era incrivelmente sexy. Sky a desejou como nunca. Planejávamos fazê-la vir até nós sem precisar recorrer à força, permitindo que sua loba descobrisse o poder que possuía, assim como nos demonstrara pouco antes.— O que você fez com essa mulher? Ela é uma loba? Como ela conseguiu reprimir a ligação entre você?— Desculpe, com toda essa confusão e sua ausência na alcateia, acabei não compartilhando os fatos com você. Na verdade, ela é uma loba, descobrir no dia seguinte à nossa última conversa. Ela é ômega, talvez por isso a loba dela conceda tanto controle à parte humana, mas pretendo mudar isso.— Como você descobriu que ela é ômega?— Segui o rastro dela e a encontrei em nosso território. — Ele me olhou surpreso.— Porra, teria sido um problema se não fosse você a encontrá-la. Especialmente com todas as invasões que tivemos. Nossos guerreiros poderiam
Julguei que já sabia com quem ele estava falando. Outra pessoa que estava naquela lista… James, proprietário de uma das maiores firmas de advocacia de nosso estado. No entanto, não entendi o fato dele dizer “que se diz seu filho”. Isso significava que Phill não era filho dele?Comecei a deduzir que cada nome naquela lista estava envolvido com algo daquele esquema que minha companheira estava investigando. Lembrei-me do que ela havia me dito e, por mais difícil que seja para mim e para Sky aceitar aquilo, ela não estava errada no caminho que traçou. Seu extinto estava certo.Precisava conversar com ela a respeito e descobrir o que ela sabia até agora, além de compartilhar minhas descobertas para que ela não fosse pega desprevenida. Assim que o sinal tocou, solicitei que a Sra. Suely a convocasse até meu escritório. Quando ela chegou, pude sentir o odor daquele idiota nela. Meu sangue esquentou, Sky rosnou, mas eu precisava me controlar. Precisava focar no que era importante.— Srta. Lar
LARRY DAVISNão vou discutir com esse cabeça dura. Ele não compreenderia nada que eu argumentasse. Eu precisava resolver esse caso para me destacar em meu trabalho.“Ele está certo, Larry. Não aceitarei mais intimidade com aquele idiota. Meus pelos ficam todos arrepiados quando ele nos toca, e tenho vontade de arrancar sua jugular quando ele nos beija” — Mila argumentou.Será mesmo que eu estava lutando contra os instintos de minha loba? Sempre assumi a liderança em tudo, tentando fazer com que ela se sentisse mais segura. Buscando que nos tornássemos fortes, acabei não percebendo que talvez não a estivesse considerando. “Prometo que esse será o último trabalho que aceito fazer, onde precise me envolvendo com alguém. Não aprofundarei minha relação com aquele idiota se você não se sente bem com isso” — Luna ergueu suas orelhas, como se estivesse tentando entender o que eu estava falando.“Você vai desistir do seu trabalho?” — Ela perguntou.“Não, apenas não vou aceitar mais trabalhos c
Ele já havia visto as partes mais íntimas do meu corpo. Lembrar disso me fez começar a ficar excitada, e eu me repreendi por isso. Ele podia farejar minha excitação, e eu não queria que pensasse que eu estava assim por ele, apesar de ser a verdade.Fiquei de costas para ele, segurei a bainha de meu vestido e o puxei para cima, ficando apenas com uma calcinha fio dental minúscula. Percebi sua respiração ficando audível. Apostava que, se eu me virasse, ele estaria babando. Sinto informar, meu companheiro, que esse era um jogo em que dois podiam jogar.Coloquei meu vestido sobre o carro, ainda de costas para ele, e segurei as laterais da calcinha com minhas mãos, abaixando lentamente. Fiquei com meu corpo em uma posição de noventa graus, enquanto retirava aquela calcinha, proporcionando uma visão e tanto a ele. Virei um pouco meu rosto e pude observá-lo, me admirando com a boca meio aberta.— Acredito que, se não fechar a boca, vai entrar mosca. — Falei, e naquele momento, ele pareceu des