Dean, satisfeito com o jantar, voltou ao quarto ía dar nove da noite. Tomou banho, fez sua higiene pessoal, mudou de roupa e optou por uma menos casual, consistia num calção moletom preto, camisa e cueca da mesma cor, aproveitando para completar o look pondo um gorro na cabeça. Estava pronto, para encarar o anfitrião.
Certificou-se que havia passado perfume e, então, saiu rumo ao andar mais acima, onde a linha dos alojamentos enumerados de cento e onze a cento e vinte, estavam. Subiu o pequeno lance de escadas e vislumbrou à porta pintada de preto ao fundo, cara de Bryan, pelo que percebia.
Caminhou sem pressa, às mãos escondidas no bolso do moletom, guiado pela luz dos raios generosos lá fora. Aproximou do quarto e bateu três vezes, e no instante seguinte, ouviu passos em sua direção até está finalmente frente à frente com Bryan, dessa vez, apenas usando um calção esportivo escuro e um boné virado pra trás. Sorriu. Era à única coisa apta a re
— Está muitíssimo atrasado, Sr. Salvatore! — Patrick o acompanhou com um olhar duro até que estivesse sentado na cadeira. — Sabia que seus pais nunca se atrasaram enquanto estudaram nesta instituição?A pergunta viera numa hora errada, e na ocasião menos improvável. Alterado, Dean questionou:— Por que fala tanto dos meus pais, professor? Fica dando lições pra mim com base neles? — Patrick estreitou o olhar e pusera as mãos atrás do corpo, irritado. — Será que ao invés de "amigo" o professor não foi o pior inimigos dos Salvatore?— Isso é calúnia, Sr. Salvatore. Deveria começar a saber, já que será um importante e renomado advogado. — pingarreou fazendo à sala toda rir de Dean. — Abra seu livro na página cinquenta e seis, onde fala sobre às leis atuais. Tem um trabalho para me entregar sobre. Boa aula!Patrick retornara à sua mesa na mesma postura. Tomou um gole de água e pareceu amenizar toda aquela raiva que Dean
Dean bateu três vezes na porta da sala dos professores.— Entre. Está aberta!Ele ajeitou a mochila nas costas e entrou. Nunca esteve ali antigamente, era uma ala grandiosa, com várias mesas, computadores e jogos, o que lembrava as raras aulas de computação. Como era bastante experiente, não prosseguira estudando, dera sua vaga a outro aluno mais necessitado.Quando entrou, avistou Bernardo corrigindo algumas provas numa mesa ao fundo e consertou à garganta, tirando-o daquele mundo.— Dean!— Olá! Mandou me chamar, professor?— Sim. Sente. — ele indicou uma cadeira ao jovem. — Quer um suco natural? Água? — ofereceu.— Uma água, por favor. — foi rápido na resposta.Bernardo levantou e o serviu, aproveitou para tomar um gole e matar a sede.— Deve tá se perguntando por que eu o chamei aqui, não é? — Dean assentiu. Não fazia idei
Dean já estivera presente antes em outras comemorações como àquela. Na cidade de Ashton, por exemplo, era ele quem tomava de conta do grupo a cumprir tal festa. Gostava daquilo, podia pedir ajuda aos professores e Luan, seu falecido namorado, o apoiava como nunca. No final, tudo saía melhor que o esperado. Mas ali, não. Dean só estava marcando presença, entrara sem ninguém e todos pareciam felizes ao som das músicas escolhidas pelo DJ.O salão era vasto. Quase mil metros quadrado, com efeites amarelos e verdes, representando a bandeira de Ashton, muita parecida com a do Brasil, o país que mais amavam em todo mundo, principalmente por ter um dos povos mais acolhedor e a melhor comida. Não era nenhum plágio, longe disso, Nebrava também tinha um fauna e flora parecida com o país sul americano.Diversos alunos bailavam ao som de valsas; as moças escolheram longos e belos vestidos, alguns de lã, cetim, seda e algodão. Porém, impecáveis nos detalhes
William trocou olhares de cumplicidade com a parceira, até o momento impassível no meio da sala, os fitando.— Que mais o Luc disse pra vocês? — voltou a insistir na pergunta, porque almejava rapidamente à resposta.— Ele teria algo para falar, filho? Algo que deixou no vazio do esquecimento?Dean levantou um pouco o queixo. Seus olhos azulado distinguiram que seu pai não sabia de nada. Luc, não falara nada o qual pudesse comprometê-lo.— Nada. Desculpa, pai. Fui um idiota, apenas...— Pra falar à verdade. — Lia tomou a frente da conversa, interrompendo o sobrinho de seu namorado. — O rapaz disse sim, Dean.O coração do rapaz acelerou. Seria o que estava pensando?— Me falar, Lia. Que ele disse?— Que... não suportava te encarar mais nenhum dia.Dean entristeceu. Baixou a cabeça e mal conseguia pensar em como foi tão idiota. S
Dean sobressaltou da cadeira, impedido pelo tio, rapidamente.— Calma, garoto.— Como calma, pai? Não vou perder mais nenhum minuto. Irei atrás do Luc e seja o que o destino quiser. — declamou, vagarosamente. — Comerei em Lacerda, um bom peixe.E abraçou o pai, finalmente saindo do restaurante. Passou na casa de William, aonde arrumou alguns pares de roupa, pegou dinheiro e o celular. Comeu alguma coisa na cozinha e entrou no automóvel. Estava decidido a encontrar a casa do parceiro; seria árduo, mas no final iria valer a pena.Deu partida e, finalmente, pegou a estrada.Devolver ao coração a paz que tanto desejava, havia se tornado uma batalha dificílima para Dean. Não que tivesse errado tanto com o destino, longe disso, às dívidas eram somadas e pagas quase que imediatamen
Para à noite passar mais rápido, Dean procurou uma série aleatória e, durante à madrugada, resolveu dormir.Quando o dia finalmente amanheceu, apanhou tudo que trouxera e descera para o carro. Havia uma sensação de prazer na alma, estava convicto de que Luc não viajara com à família, e estaria num desses lugares indicado por ele. Se não tivesse, voltaria a Ashton City e viveria sua vida.Pedira para o manobrista trazer o carro. A demora fora uma agonia, mas agradeceu quando estava dentro do automóvel e seguindo o próprio destino. Optara por ir primeiro na Beach Codyman, uma praia paradisíaca com hotéis e pausadas luxuosas, com incontáveis turistas e artesanatos à venda em pequenas feiras. O balneário ficava alguns minutos da cidade, bem entre Thyssen, seguindo à rota do Norte, e Thirro, indo pelo Sul.O trânsito estava tranquilo, por ser um dia semanal. A viagem fora curta, sem demora, e Dean se viu na rua que dava
Luc trancou à porta do quarto e descansou às costas na madeira. Dean, sentado na beirada da cama dele, vislumbrava vê-lo novamente. Pena que Luc mal o encarava, distorcendo seu coração e à vontade que tinha em abraça-lo. — Estou ouvindo você. Comece a falar o quão idiota eu sou. — Luc instigou. Dean balançou a cabeça, não diria nada daquilo, sua mente estava a processar as palavras certas para não haver contratempo. — A verdade, Luc... — começara limpando as lágrimas e encarando o garoto à distância. — É que eu é quem sou o idiota da história. O babaca. Luc ergueu uma sobrancelha, mas nada disse. — Você foi um grosso comigo quando nos encontramos. Era uma pessoa tachada de preconceito e vivia tirando sarro de mim, mas à verdade é que desde quando pus os pés naquele quarto, você me desejou. — Dean prosseguiu, secando os olhos. — O que senti por ti naquele instante, não vou negar, foi uma atração. Lembro que tu estava de calção esportivo e sem camisa. Quem iria resistir? — Todos na
Na rádio do carro tocava Imagination de Shawn Mendes. Luc dirigia o automóvel de Dean enquanto o namorado tentava ridiculamente dublar o cantor.— Confesso que tenho uma queda por ele —asseverou o garoto, para o desespero de Luc— Sei lá, ele é fofo.— Eu sou fofo.— Não. Você é bonito. Ele é fofo.Luc revirou os olhos.— Isso de elogiar outros caras acabou; agora você é meu namorado e consideraria um pouco de respeito com minha pessoa, Dean Ferraz Salvatore!Dean sorriu. Acabou achando fofo a possessividade de Luc, chegando a ser imensurável diante de seus olhos.— Eu te amo. E quem é Shawn Mendes diante de você? — Também te amo, mas cuidado da próxima vez, posso não perdoá-lo — predisse o mais velho— Mas confesso que o playboy é bonitinho.— Ele é mesmo.Luc o fitou brevemente.— Não devia ter concordado comigo, amor.— Ué! Também acabou essa de elogiar meninas e meninos, viu?Luc sorriu deixando o namorado um tanto sem graça.— Só tenho olhos para você desde o momento em que te vi.