Enquanto a brisa suave da noite acariciava seus rostos, Cátia e Ricardo continuavam a beber vinho no terraço, perdidos em uma conversa que parecia fluir como o próprio vinho. O céu estrelado se estendia sobre eles, e a cidade iluminada era o cenário perfeito para a revelação de segredos e sonhos não realizados.

— E o seu pai? — Ricardo perguntou, curioso. — O que aconteceu com ele?

Cátia olhou para baixo, os dedos brincando nervosamente com a taça de vinho.

— Eu não conheço meu pai — disse ela, a voz suave. — Minha mãe sempre me disse que ela não se lembra de quem ele é. Ela estava bêbada na noite em que fui concebida. Eu cresci sem saber nada sobre ele. Nunca tive essa figura paterna na minha vida. Às vezes, me pergunto como seria se ele estivesse aqui.

Ricardo sentiu uma pontada de compaixão ao ouvir isso. Ele não sabia que Cátia carregava essa solidão tão profunda, e isso o fez querer protegê-la ainda mais.

— Sinto muito por isso, Cátia. Deve ter sido difícil crescer assim — ele di