Confissões e dor

Luna

A risada grave reverbera pelo quarto enquanto a minha cara deve estar estampada como otária se ele imagina que com uma conversa louca dessas vai desmanchar nosso acordo de exclusividade.

— Confesso que senti saudade dessa sua mania irritante em pressupor minhas palavras. — Ele afaga os meus cabelos e reviro os olhos.

— Não faço isso. — Minto emburrecida.

— Nesse seu rostinho tinha escrito “não aceito ser a outra”. — Diz e ri.

Ele simplesmente ri como se isso fosse algum tipo de piada, ergo a mão para bater nele mas sou tomada por uma dor profunda apertando os músculos do meu braço esquerdo arrancam um grito dolorido da minha garganta. A falha do musculo diante do estímulo nervoso caí como uma pedra dentro do meu coração, fazendo as lágrimas brotarem no mesmo instante enquanto a visão dos olhos azuis embaça diante da minha tristeza. Dessa desolação que consome a minha alma, quantas vezes precisei dar esse tipo de diagnóstico a um paciente e sempre fui arrogante demais para acredi
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