Ao chegar do trabalho ela estava ali sentada tomando um vinho, toda produzida, com um vestido longo semitransparente, o cabelo estava arrumado como se fosse para uma festa, estava usando o perfume que lhe dei de presente de aniversário. Um perfume tão gostoso, que somente usava em ocasiões especiais, um batom vinho contornava seus lábios carnudos, deixando-os ainda mais sedutores.
Havia preparado tudo para que tivéssemos um momento só nosso e confesso que me senti ainda mais apaixonado. Calmamente se levantou e segurou minha mão, beijou minha boca suavemente deixando que eu sentisse o delicioso sabor de seus lábios. O batom que usava tinha um sabor tão bom, que quanto mais a beijava, mais queria beijá-la.
Seu batom se espalhou pela boca inteira e ficou marcado em meu pescoço enquanto deslizava me beijando por inteiro. No calor do momento acaba
Geralmente nomes de rua são iguais em várias cidades, vários lugares, não existem nomes de ruas que sejam únicos. Então comecei pela minha cidade. Procurei nos mapas, nos guias e nada. Nessa cidade não existia essa rua, então comecei a procurar nas cidades da região e encontrei em duas cidades não muito próximas, esse mesmo nome de rua. Mas como chegar até essas cidades? Estou sem dinheiro, sem carro, sem condição alguma de fazer qualquer tipo de viagem, mas se eu quisesse encontrar resposta teria que dar um jeito. Arrumei uma mochila com algumas roupas e itens pessoais e sai a pé mesmo. Seria uma longa caminhada, mas estava disposto a qualquer coisa para entender o que estava acontecendo. Caminhei por alguns dias sem novidades, apenas cansaço e esgotamento físico, dormindo na estrada, em baixo de arvores ou galpõe
Outro dia amanhece e permaneço aqui dentro de casa, tentando encontrar uma resposta, fico juntando os pontos, os acontecimentos. Tudo parece tão vago e sem sentido. Saio para rua na esperança de encontrar aquela senhora. Vou até a pracinha onde a vi pela primeira vez e fico ali sentado por algumas horas, atento a todo movimento e a todas as pessoas que ali transitam. É engraçado à forma em que as coisas vêm acontecendo comigo. Num instante tudo está bem, tudo está perfeito e de uma hora para a outra, tudo se vira contra mim. Não tenho família, não tenho emprego, não tenho ninguém e às vezes, o desespero me faz ter pensamentos tenebrosos. Já pensei em sumir dessa cidade, já pensei em sair pelo mundo caminhando pelas estradas e virar de vez um andarilho, mas o pensam
Agora paira no ar mais um mistério, e como descobrir sem nem sequer uma pista ou uma idéia de quem a levou? Cada vez mais confuso. Cada dia que passa, entendo menos o que está acontecendo. Espero o dia amanhecer para tentar encontrar alguma pista de quem a levou. A noite parece não ter fim, na cabeça mil e uma coisas se passam como um filme. Vejo minha vida diante de meus olhos. O sol vem dando sinais, com seus primeiros raios de luz iluminando o céu. Saio pelas ruas sem saber por onde começar, sem saber o que procurar, mas como um dia Aurora me disse, permito que meu coração me guie e de uma forma estranha sinto uma força me arrastando para o bosque. De cabeça baixa vou andando e chutando algumas pedras no caminho. A força que me impulsiona até o bosque, é intensa, porém me traz uma sensação de calma, algo que eu n&atild
Estou em um lugar estranho. Parece uma fazenda, um sítio, não sei muito bem. Sigo por uma estrada de terra em meio a uma plantação. Uma estrada cheia de buracos e muita poeira, a cada soprar do vento, uma cortina de poeira sobe e impossibilita a visibilidade. O lugar parece abandonado. Há muito mato às margens da estrada, e ao longe vejo uma casa em meio às muitas árvores. Ao lado da casa, épossívelver um barracão com tratores e maquinas agrícolas, todos cobertos de poeira, alguns já estão enferrujados e com cipós e trepadeiras cobrindo parte deles. Do outro lado da casa, um velho paiol de madeira com o telhado destruído, com certeza desabou há muito tempo. A casa parece desabitada. Suas portas e janelas quebradas e a pintura bem deteriorada, com
Paramos em frente a uma sepultura. — Olhe quem está sepultado aqui. Veja se reconhece. — Diz Aurora sem soltar minhamão. — Sinceramente não reconheço. — Respondo sem dar realmente muita atenção. Ela olha fixamente para a foto e diz que conheço sim e pede para eu prestar mais atenção aos detalhes. Concentro-me na foto e olho atentamente. Vejo que é a sepultura de uma criança, um garoto muito bonito. Cabelos negros e olhos escuros. —
A noite vem chegando sorrateiramente. Decido voltar para casa e percorrendo o caminho de volta meus pensamentos vão e vem em Áurea. Quero ver novamente aquele rosto lindo. Aquele sorriso angelical e aqueles olhos cheios de vida me olhando com ternura. Sinto o coração bater mais forte quando chego ao portão de casa e vejo aquela mulher me esperando. Quase não acredito no que vejo. Chego a pensar que é mais um de meus devaneios loucos e logo irei acordar assustado. Aproximo-me e para minha surpresa não é um sonho. Tudo é real, é ela mesma quem está aqui. Ela olha em meus olhos e tem em suas mãos uma sacola com as roupas que lhe ofereci para se trocar na noite anterior.Convido para entrar e conversar um pouco e e
Sem querer acreditar em nada, saio correndo pela rodovia. Quero voltar para casa e desesperado, sem saber o que fazer, caminho pela beira da estrada e os pensamentos me faziam imaginar mil coisas, pensando que Aurora era uma louca e nem sabia o que estava falando, resmungava comigo mesmo. Olho a lua nocéua brilhar e fico contemplando a beleza de suaimensidão.Sigo caminhando, olhando para cima sem nem sequer olhar o caminho por onde andava. Sou levado mais uma vez por uma força que não sei de onde vem.Sou guiado enquanto caminho. Vejo entre as árvores quealguémme observa de longe, escondido naescuridão.Finjo não perceber sua presença e continuo a caminhada. Ao ver aquele ser estranho, pulo sobre ele, segurando firme e rolando pela grama. Foi uma batalha e tanto, mas no final, consigo segurá-lo e com um cipó que encontrei ali no chão o amarro em uma árvore e exijo respostas. Uma gargalhada assustadora e uma voz rouca indescritível saíam de sua boca. Seus olhos brilhavam num tom avermelhado e seus dentes eram pontiagudos. Seus cabelos brilhavam como fios de ouro e pareciam ter vida própria. Suas unhas pareciam garras e seus dedos eram finos e longos, tinha corpo de mulher, mas a voz era de homem. Fico muito assustado com sua aparência e seu cheiro não era nada agradável. Começo então a fazer um tipo de interrogatório. Quero respostas e esse ser estranho poderia responder Capítulo 12