Melinda Alguns amigos de Maria passaram por mim rindo, e um deles pisou no meu pé, desculpando-se logo em seguida, sorri, mas enquanto me distraía nesse momento, não percebi Vincenzo se aproximava.— Oi! — falei quando o notei ao meu lado. As palavras de Rick invadiram minha cabeça novamente. — Tudo bem? — perguntou.Eu não podia perder o Vicenzo de forma alguma.— Uhum.Coloquei minhas mãos em seu peitoral e arrumei a gola da sua camisa polo. Ele olhou para os lados e colocou a mão na cintura parecendo impaciente, ou nervoso, não sei. Puxei minhas mãos para junto do meu corpo.— Será que tem um quarto sobrando na suacasa?— perguntei com um sorriso de canto.— Depende — encostei no vidro atrás de mim e coloquei as mãos para trás. — Se for para minha melhor amiga e para meu filho, sim.Sorri e joguei meus braços em torno do pescoço dele, encostei minha cabeça em seu peito, não senti seus braços me envolverem e encarei ele como em busca de uma resposta por não retribuir meu abraço.—
Vincenzo Abri os olhos com certa dificuldade, estava bem claro. Minha cabeça reclamou de dor, indicando que eu havia bebido um pouco demais. Levantei o pescoço, e senti o lado direito do meu corpo pesado, olhei para o lado e encontrei os fios loiros da Melinda no meu ombro.Olhei melhor para a cena, ela estava usando apenas uma blusa da Corvinal e uma calcinha azul, e eu apenas usando minha calça. Não, não, não podia ter acontecido e eu não lembrava de nada, não podia ter acontecido.Coloquei a mão na cabeça perplexo. Estávamos no quarto de hóspedes, ela sobre meu corpo, seminua. Respirei fundo, puxei o ar com força, mas minha cabeça doeu.Por que eu fui beber? Não era justo eu não lembrar de nada. Queria começar a chorar. Tentei me substituir por um travesseiro sem acordar a Melinda. Minuciosamente levantei.Como eu podia ser tão burro? Olhei para ela deitada sobre os lençóis branco. Queria me dar um grande soco. Caminhei até a enorme janela e fechei as cortinas, a luz estava me inc
Vincenzo Quando ela falou que nós não tivemos nada eu sei que fiquei vermelho, com vergonha de ter derrubado vinho nela e de talvez ter imaginado aquilo. Suspirei e peguei o suco bebendo. Mas no fundo sentia certa tristeza, queria sim que tivesse acontecido.— Desculpa...— Não sei se transaria com alguém com esse barrigão.— Sua barriga nem está tão grande, e dizem que isso ajuda no parto. — dei de ombros.O que você está falando Vincenzo? Cala a boca. Não quero que ela fique com raiva de novo não posso perde ela, eu prefiro tê-la só como amiga do que não tê-la.Melinda começou a gargalhar e depois enfiou um docinho na boca.— Mas deve ser incômodo.— Mas é para o bem do bebê. — encostei na cama me xingando mentalmente por manter esse assunto.— Não sei — balançou a cabeça. — E se machucar?— Na internet diz que não machuca.— Então você anda pesquisando? — ela perguntou com um sorrisinho de lagoCaramba, eu devia colocar uma mordaça na minha boca, só assim para ficar quieto.— Tal
Melinda Dias depoisJá tem alguns dias que voltei para casa, e é isso mesmo, não sei explicar só sinto que estou em casa na casa do Vince.— Isso está muito lindo, não me canso de entrar aqui. — suspirei indo me sentar na poltrona azul ao lado da porta da sacada. No quarto do meu bebezinho.— Minhas costas não gostam muito daqui. — Vince reclamou colocando a mão na coluna.Olhei mais uma vez para o quarto que para um pode até não fazer sentido mais para nós ele tinha tanto significado . O berço meios oval sem muito detalhes apenas com um lençol cinza com amarelo, um mosquiteiro envolvendo parte do berço. Uma cômoda de madeira da mesma cor do berço também tomava um espaço, com miniaturas de super heróis decorando. Levei a mão até minha barriga, fazendo círculos em torno do meu umbigo.Eu sorria toda vez que entrava aqui o Vince teve tanto carinho para fazer o cantinho do nosso bebezinho.— Pronto, acho que agora está tudo certo com essa câmera. — a fotógrafa falou colocando a cabeça p
Melinda Nossos corpos se separaram, pois podíamos notar a noite caindo, trazendo para mim um certo cansaço, e um anúncio de que no dia seguinte ele tinha que ir trabalhar.Fizemos mais algumas fotos dentro da estufa e por todo terraço, e então aquele dia cansativo tinha acabado. Vincenzo pagou parte do trabalho, e a outra parte seria paga na retirada do álbum. Depois de um longo banho de água quente, vesti minha camisola e uma blusa de moletom por cima e fui para sala, onde Vincenzo me esperava com uma folha de sulfite, um chá quentinho e um sorriso terno.— Flores Melinda. — falou fazendo uns rabiscos em busca de um logo.— Está parecendo os mercadinhos perto da casa dos meus pais. "Mercearia da Maria", "Açougue do Zé". — gargalhei sentando ao seu lado e pegando minha xicara.— Não zombe dos meus dotes publicitários. Eu sou o de humanas aqui. — balançou os ombros. — Falando nisso já contratei aquele advogado para ficar três semanas depois que você ganhar nosso bebê, minha licença a
Vicenzo Tempo depoisHoje a Mel me fez ir com ela de novo procurar o lugar onde ela vai fazer a floricultura dela eu pensei que ela ia esperar o nosso filho nascer, afinal os primeiros meses não são fáceis, mas Melinda já que deixa tudo certo eu sei que para ela é difícil depender unicamente de mim.E como não quero que ela se estresse ainda mais, decidi acompanhá-la nessa busca. E, para ser sincero, também estou ansioso para ver o local onde ela vai abrir seu negócio. Tenho certeza de que vai ser um sucesso, afinal, Mel é muito talentosa e tem um bom gosto incrível para arranjos florais.— Mas aquele primeiro lugar não tem onde cultivar as flores para manter um estoque. — ela se sentou na cadeira com dificuldade falando sobre os espaços.— Mas aqui fica longe de tudo, você não vai ter para quem vender. Sem contar que é perigoso. — respirei cruzando os braços.— Acho que isso não vai dar certo, eu deveria começar a procurar emprego. _ Agachei na sua frente e peguei suas mãos.— Nós
Vincenzo Ganhei passagem enquanto gritava isso pela janela, isso facilitou a minha chegada até a ponta do viaduto da Vergueiro que dava acesso à avenida principal que levava até o hospital, porém lá nenhum carro me dava passagem mais.Melinda estava com o telefone na orelha, fazendo tudo que meu irmão pedia, imaginava que era para ela respirar, pois ela estava fazendo isso, puxando o ar bem devagar e soltando aos poucos, assim como ela fazia nas aulas de sexta feira que fizemos durante um tempo. De olhos fechados e me entregou o celular. Peguei e coloquei na orelha, desrespeitando leis de trânsito.— Não responde isso, mas a Dr. Marilia está em cirurgia, e cara, é uma cirurgia intrauterina, isso quer dizer que vai durar mais de oito horas, porque é delicada. — respirou fundo.— E então?— Não fala nada garoto! Então, tem outro médico aqui, ele também é muito bom.. — Rick parou de falar quando Melinda gritou fazendo eu e ele se assustar, mais uma contração diferente dos habituais.— P
Vincenzo Melinda estava com os braços envoltos em meu pescoço, enquanto eu massageava suas costas. Já haviam se passado horas desde que a bolsa dela se rompeu e ela já estava entrando na segunda fase do primeiro estágio, com nove centímetros de dilatação, faltava apenas um. Eu fazia movimentos circulares abaixo de suas omoplatas.— Sexo ajudaria na dilatação. — Rick falou, levantando o rosto do celular.Fiquei sem graça e escondi meu rosto no ombro dela, enquanto ela começava a gargalhar. Abri um sorriso, mas logo o fechei e continuei a massagem. Gisele, a mãe de Mel, entrou no quarto trazendo três cafés, entregou um para Rick, pegou um e deixou o outro sobre a mesinha ao lado da cama. Depois, ela se sentou com seu café no sofá ao lado do meu irmão. Ouvi os dois cochichando, mas não consegui entender o que falavam.— Aí! — Melinda gemeu com o início de uma contração.A segurei firme, pois sabia que duraria mais.Gritei quando se