Vicenzo A semana passou e eu não bebi mais, pois meu irmão começava a achar que eu estava desenvolvendo dependência alcoólica, o que não era o caso. Então, preferi recorrer às grandes barras de chocolate no mercado. Minha barba estava mal feita e eu ansiava por uma ligação, ou quem sabe uma mensagem, mas só recebi um grande gelo. Isso estava me matando, eu sentia saudades dela e do meu filho. Estar longe deles era difícil. Desde que conheci a Melinda, nunca ficamos tanto tempo separados, muito menos sem nos falar. E agora, com nosso filho, a situação ficava ainda mais difícil. Sentia falta dos chutinhos do meu menino, e talvez ele nem lembrasse mais da voz do papai. Esse gelo estava acabando comigo.Uma semana inteira sem mensagens, fotos ou ligações. Eu estava lutando para respeitar o tal limite que ela tanto exigia, mas comecei a me perguntar até que ponto isso influenciaria na relação que eu teria com meu filho. Não queria chegar ao ponto de brigar com ela, afinal, ela precisava e
Melinda— Por que você está evitando ele? – o Rick perguntou— Não sei, eu não sei. Ele falou algumas coisas que estão me deixando doida, eu não sei. Ai meu Deus, eu não deveria estar te falando isso. — falei enquanto colocava os docinhos na mesa.— Relaxa, Melzinha. O que exatamente meu irmão disse? — Rick parecia querer ouvir os dois lados da história, então eu contei sobre tudo que depois de me pedi para ficar e eu ter ido embora o Vincenzo me ligou bêbado me falando o quanto gostava de mim que ele sempre gostou de mim desde o primeiro dia que me viu mas morria de medo deu não gosta dele mais do que um simples amigo e que ele sofreu muito quando eu comecei a apresentá-lo como meu melhor amigo, e me falou que só entrou em um relacionamento com a Sarah para tentar a todo custo esquecer da minha reação ao acorda daquela noite que ele tentou ser forte para não me perde porque ele poderia ficar sem sentir o gosto dos meus lábios, mas jamais queria me perder e palavra por palavra, que ai
Melinda Alguns amigos de Maria passaram por mim rindo, e um deles pisou no meu pé, desculpando-se logo em seguida, sorri, mas enquanto me distraía nesse momento, não percebi Vincenzo se aproximava.— Oi! — falei quando o notei ao meu lado. As palavras de Rick invadiram minha cabeça novamente. — Tudo bem? — perguntou.Eu não podia perder o Vicenzo de forma alguma.— Uhum.Coloquei minhas mãos em seu peitoral e arrumei a gola da sua camisa polo. Ele olhou para os lados e colocou a mão na cintura parecendo impaciente, ou nervoso, não sei. Puxei minhas mãos para junto do meu corpo.— Será que tem um quarto sobrando na suacasa?— perguntei com um sorriso de canto.— Depende — encostei no vidro atrás de mim e coloquei as mãos para trás. — Se for para minha melhor amiga e para meu filho, sim.Sorri e joguei meus braços em torno do pescoço dele, encostei minha cabeça em seu peito, não senti seus braços me envolverem e encarei ele como em busca de uma resposta por não retribuir meu abraço.—
Vincenzo Abri os olhos com certa dificuldade, estava bem claro. Minha cabeça reclamou de dor, indicando que eu havia bebido um pouco demais. Levantei o pescoço, e senti o lado direito do meu corpo pesado, olhei para o lado e encontrei os fios loiros da Melinda no meu ombro.Olhei melhor para a cena, ela estava usando apenas uma blusa da Corvinal e uma calcinha azul, e eu apenas usando minha calça. Não, não, não podia ter acontecido e eu não lembrava de nada, não podia ter acontecido.Coloquei a mão na cabeça perplexo. Estávamos no quarto de hóspedes, ela sobre meu corpo, seminua. Respirei fundo, puxei o ar com força, mas minha cabeça doeu.Por que eu fui beber? Não era justo eu não lembrar de nada. Queria começar a chorar. Tentei me substituir por um travesseiro sem acordar a Melinda. Minuciosamente levantei.Como eu podia ser tão burro? Olhei para ela deitada sobre os lençóis branco. Queria me dar um grande soco. Caminhei até a enorme janela e fechei as cortinas, a luz estava me inc
Vincenzo Quando ela falou que nós não tivemos nada eu sei que fiquei vermelho, com vergonha de ter derrubado vinho nela e de talvez ter imaginado aquilo. Suspirei e peguei o suco bebendo. Mas no fundo sentia certa tristeza, queria sim que tivesse acontecido.— Desculpa...— Não sei se transaria com alguém com esse barrigão.— Sua barriga nem está tão grande, e dizem que isso ajuda no parto. — dei de ombros.O que você está falando Vincenzo? Cala a boca. Não quero que ela fique com raiva de novo não posso perde ela, eu prefiro tê-la só como amiga do que não tê-la.Melinda começou a gargalhar e depois enfiou um docinho na boca.— Mas deve ser incômodo.— Mas é para o bem do bebê. — encostei na cama me xingando mentalmente por manter esse assunto.— Não sei — balançou a cabeça. — E se machucar?— Na internet diz que não machuca.— Então você anda pesquisando? — ela perguntou com um sorrisinho de lagoCaramba, eu devia colocar uma mordaça na minha boca, só assim para ficar quieto.— Tal
Melinda Dias depoisJá tem alguns dias que voltei para casa, e é isso mesmo, não sei explicar só sinto que estou em casa na casa do Vince.— Isso está muito lindo, não me canso de entrar aqui. — suspirei indo me sentar na poltrona azul ao lado da porta da sacada. No quarto do meu bebezinho.— Minhas costas não gostam muito daqui. — Vince reclamou colocando a mão na coluna.Olhei mais uma vez para o quarto que para um pode até não fazer sentido mais para nós ele tinha tanto significado . O berço meios oval sem muito detalhes apenas com um lençol cinza com amarelo, um mosquiteiro envolvendo parte do berço. Uma cômoda de madeira da mesma cor do berço também tomava um espaço, com miniaturas de super heróis decorando. Levei a mão até minha barriga, fazendo círculos em torno do meu umbigo.Eu sorria toda vez que entrava aqui o Vince teve tanto carinho para fazer o cantinho do nosso bebezinho.— Pronto, acho que agora está tudo certo com essa câmera. — a fotógrafa falou colocando a cabeça p
Melinda Nossos corpos se separaram, pois podíamos notar a noite caindo, trazendo para mim um certo cansaço, e um anúncio de que no dia seguinte ele tinha que ir trabalhar.Fizemos mais algumas fotos dentro da estufa e por todo terraço, e então aquele dia cansativo tinha acabado. Vincenzo pagou parte do trabalho, e a outra parte seria paga na retirada do álbum. Depois de um longo banho de água quente, vesti minha camisola e uma blusa de moletom por cima e fui para sala, onde Vincenzo me esperava com uma folha de sulfite, um chá quentinho e um sorriso terno.— Flores Melinda. — falou fazendo uns rabiscos em busca de um logo.— Está parecendo os mercadinhos perto da casa dos meus pais. "Mercearia da Maria", "Açougue do Zé". — gargalhei sentando ao seu lado e pegando minha xicara.— Não zombe dos meus dotes publicitários. Eu sou o de humanas aqui. — balançou os ombros. — Falando nisso já contratei aquele advogado para ficar três semanas depois que você ganhar nosso bebê, minha licença a
Vicenzo Tempo depoisHoje a Mel me fez ir com ela de novo procurar o lugar onde ela vai fazer a floricultura dela eu pensei que ela ia esperar o nosso filho nascer, afinal os primeiros meses não são fáceis, mas Melinda já que deixa tudo certo eu sei que para ela é difícil depender unicamente de mim.E como não quero que ela se estresse ainda mais, decidi acompanhá-la nessa busca. E, para ser sincero, também estou ansioso para ver o local onde ela vai abrir seu negócio. Tenho certeza de que vai ser um sucesso, afinal, Mel é muito talentosa e tem um bom gosto incrível para arranjos florais.— Mas aquele primeiro lugar não tem onde cultivar as flores para manter um estoque. — ela se sentou na cadeira com dificuldade falando sobre os espaços.— Mas aqui fica longe de tudo, você não vai ter para quem vender. Sem contar que é perigoso. — respirei cruzando os braços.— Acho que isso não vai dar certo, eu deveria começar a procurar emprego. _ Agachei na sua frente e peguei suas mãos.— Nós