Melinda Os dias foram se passando e tentei a todo custo não confrontar meus sentimentos a Joice no começo tentou me fazer reagir, mas isso foi só na manhã do dia seguinte que cheguei a tarde ela até concordou que eu passasse mais uns dias para relaxa e eu realmente precisava de uns dias e acho que até o Vince pensou nisso.Acordei hoje decidida a mudar o visual, pesei boa parte da noite em claro olhando apenas para o espelho a minha frente, e as palavras da Sara ecoavam na minha cabeça, mesmo sem eu querer pensar elas sempre viam e por um lado ela tinha razão, eu não sou um nada eu sou só uma pobretona que deu sorte de estudar em uma escola boa, mas que não tem nada, quantas pessoas mais não estão pensando que eu estou me aproveitando do meu melhor amigo."Será que ele também pensa nisso por isso não está me ligando"Era algo que sempre vinha na minha mente, e toda vez que eu olhava para o espelho a minha frente eu só via aquela garota de 15 anos tímida que esperava que alguém a nota
Melinda Eu estava me sentindo bem e renovada eu não era mas aquela menininha aquela adolescente e vou ser mãe eu tenho que ser uma mulher.Caminhando com a sacola na mão pelas ruas da pequena cidade avistei uma floricultura que me chamou atenção, senti muita falta da minha estufa. Fui até o estabelecimento analisando a beleza do pequeno local, flores penduradas em toda a parte servindo tanto de decoração quanto de produto para venda.Passei a mão por algumas orquídeas expostas, eu tenho algumas na minha estufas que ganhei da mãe do Vince.— São lindas não acha — Uma senhora que me lembrava muito a minha avó falou com um sorriso amigável.— Sim, elas são muito bonitas, eu tenho algumas na minha estufa — falei e ela sorriu ainda mais.— Então você é uma amantes das flores? — ela perguntou com curiosidade.— Sim, sempre fui fascinada pelas cores e formas das flores. Elas são como pequenas obras de arte da natureza — respondi, me lembrando dos dias em que passava horas cuidando das plant
Vincenzo Naquela noite o meu irmão me levou às pressas para o hospital eu pedir muito sangue e precisei de uma transfusão e tive que passar por uma pequena cirurgia para ver se não tinha rompido nenhum vazo e tirar pequeno cacos de vidro que estava dentro da minha ferida.Mas no fim deu tudo certo e quando eu acordei mesmo sendo de madrugada eu precisava falar com a Mel, eu precisava dizer que eu não acredito em nada do que a Sarah falou, mas ela não quis falar comigo e eu não podia fazer nada além de ser obrigada a ficar longe da minha família.E hoje eu encarei o espelho, as minhas mãos apoiadas sobre a pia. Eu estava com pena de mim mesmo, porque caramba, a coisa estava feia. Minha barba por fazer estava terrível, sem formato algum. As olheiras então? Porra, que treco medonho.Quando foi que eu me afundei tanto assim?Olhei para o restante do meu corpo, as clavículas aparecendo mostrando que eu tinha emagrecido uns quilinhos. Também, quem sobrevive de pão e miojo? Cozinhar eu sab
Vincenzo Aquelas palavras me atingiram mais do que deveriam. "A garota que você ama". Levantei e fui até o banheiro, lavei meu rosto e sequei minhas mãos no cabelo, jogando-o para trás.Respirei fundo, puxei o ar, soltei o ar, repeti esse processo algumas vezes e tentei me acalmar.Naquele momento, Melinda era minha cliente e, depois, eu pensaria em tudo aquilo. Talvez até ficasse louco, mas antes tinha que enfrentar aquele otário e ganhar essa causa.Eu iria ganhar, era impossível o contrário. Respirei fundo mais uma vez, controlando meus batimentos cardíacos e assumindo o papel de advogado. Saí do banheiro e encontrei meu pai e minha amiga lado a lado, sentados nos bancos. Melinda segurava um copo de água na mão, que tremia. Agachei na frente dela e segurei sua mão sobre a barriga.— Está tudo bem. — sorri. — Vai dar tudo certo.— Se você sentir qualquer mal estar durante a audiência, nos avise, pois tudo será interrompido. O juiz dirá isso para você. — seu Marcelo afagou o pouco c
Vicenzo A semana passou e eu não bebi mais, pois meu irmão começava a achar que eu estava desenvolvendo dependência alcoólica, o que não era o caso. Então, preferi recorrer às grandes barras de chocolate no mercado. Minha barba estava mal feita e eu ansiava por uma ligação, ou quem sabe uma mensagem, mas só recebi um grande gelo. Isso estava me matando, eu sentia saudades dela e do meu filho. Estar longe deles era difícil. Desde que conheci a Melinda, nunca ficamos tanto tempo separados, muito menos sem nos falar. E agora, com nosso filho, a situação ficava ainda mais difícil. Sentia falta dos chutinhos do meu menino, e talvez ele nem lembrasse mais da voz do papai. Esse gelo estava acabando comigo.Uma semana inteira sem mensagens, fotos ou ligações. Eu estava lutando para respeitar o tal limite que ela tanto exigia, mas comecei a me perguntar até que ponto isso influenciaria na relação que eu teria com meu filho. Não queria chegar ao ponto de brigar com ela, afinal, ela precisava e
Melinda— Por que você está evitando ele? – o Rick perguntou— Não sei, eu não sei. Ele falou algumas coisas que estão me deixando doida, eu não sei. Ai meu Deus, eu não deveria estar te falando isso. — falei enquanto colocava os docinhos na mesa.— Relaxa, Melzinha. O que exatamente meu irmão disse? — Rick parecia querer ouvir os dois lados da história, então eu contei sobre tudo que depois de me pedi para ficar e eu ter ido embora o Vincenzo me ligou bêbado me falando o quanto gostava de mim que ele sempre gostou de mim desde o primeiro dia que me viu mas morria de medo deu não gosta dele mais do que um simples amigo e que ele sofreu muito quando eu comecei a apresentá-lo como meu melhor amigo, e me falou que só entrou em um relacionamento com a Sarah para tentar a todo custo esquecer da minha reação ao acorda daquela noite que ele tentou ser forte para não me perde porque ele poderia ficar sem sentir o gosto dos meus lábios, mas jamais queria me perder e palavra por palavra, que ai
Melinda Alguns amigos de Maria passaram por mim rindo, e um deles pisou no meu pé, desculpando-se logo em seguida, sorri, mas enquanto me distraía nesse momento, não percebi Vincenzo se aproximava.— Oi! — falei quando o notei ao meu lado. As palavras de Rick invadiram minha cabeça novamente. — Tudo bem? — perguntou.Eu não podia perder o Vicenzo de forma alguma.— Uhum.Coloquei minhas mãos em seu peitoral e arrumei a gola da sua camisa polo. Ele olhou para os lados e colocou a mão na cintura parecendo impaciente, ou nervoso, não sei. Puxei minhas mãos para junto do meu corpo.— Será que tem um quarto sobrando na suacasa?— perguntei com um sorriso de canto.— Depende — encostei no vidro atrás de mim e coloquei as mãos para trás. — Se for para minha melhor amiga e para meu filho, sim.Sorri e joguei meus braços em torno do pescoço dele, encostei minha cabeça em seu peito, não senti seus braços me envolverem e encarei ele como em busca de uma resposta por não retribuir meu abraço.—
Vincenzo Abri os olhos com certa dificuldade, estava bem claro. Minha cabeça reclamou de dor, indicando que eu havia bebido um pouco demais. Levantei o pescoço, e senti o lado direito do meu corpo pesado, olhei para o lado e encontrei os fios loiros da Melinda no meu ombro.Olhei melhor para a cena, ela estava usando apenas uma blusa da Corvinal e uma calcinha azul, e eu apenas usando minha calça. Não, não, não podia ter acontecido e eu não lembrava de nada, não podia ter acontecido.Coloquei a mão na cabeça perplexo. Estávamos no quarto de hóspedes, ela sobre meu corpo, seminua. Respirei fundo, puxei o ar com força, mas minha cabeça doeu.Por que eu fui beber? Não era justo eu não lembrar de nada. Queria começar a chorar. Tentei me substituir por um travesseiro sem acordar a Melinda. Minuciosamente levantei.Como eu podia ser tão burro? Olhei para ela deitada sobre os lençóis branco. Queria me dar um grande soco. Caminhei até a enorme janela e fechei as cortinas, a luz estava me inc