No segundo seguinte, Leo agarrou a mão de Ana, puxando-a de volta com força.Ana, que estava prestes a abrir a porta do carro para sair, caiu no assento do passageiro ao ser puxada por Leo.Ele desatou sua gravata e amarrou as mãos dela.Ana ficou assustada, não esperava que Leo agisse de forma tão repentina e louca, ela estava lutando desesperadamente, chutando e batendo no homem à sua frente.- O que você está fazendo? Me solte!- Soltar? Eu nunca vou te soltar nesta vida, Ana. Você não pode pensar em fugir de mim. Se realmente quiser ir embora, só posso fazer isso, te amarrar ao meu lado...A voz de Leo era grave, sem sinal de afrouxar, apertando ainda mais a gravata.A gravata preta, enrolada nos pulsos pálidos de Ana, criava um contraste extremo.Ana sentiu dor, sua angústia se intensificou, misturada com raiva, fazendo-a baixar a cabeça e morder o braço de Leo.Ela mordeu com força, tanto que sangue apareceu, espalhando um gosto metálico em sua boca.Mas Leo, como se não sentisse
O pessoal do hotel, que inicialmente queria se aproximar para ver o que estava acontecendo, temendo que fosse um caso de violência doméstica, não podia simplesmente ignorar. Mas, ao levantar a cabeça e ver Leo, com aquela expressão de não querer ser incomodado, ficaram imediatamente assustados e não ousaram dizer mais nada. O hotel já havia sido financiado pelo Grupo Santos, e Leo era o patrão deles, o senhor de seus destinos; eles não se atreveriam a interferir em seus assuntos familiares.Vendo que ninguém ousava se intrometer em seus assuntos, Ana sentiu-se desesperada, sendo levada por Leo até a suíte presidencial, que sempre estava reservada para ele. Leo a jogou na cama, sem cerimônia. Ana caiu na grande cama, quicando ligeiramente, quase se machucando. Virando-se, Ana tentou fugir, mas Leo agarrou seu queixo firmemente.- Já chegamos até aqui, ainda pensa em fugir?Ana desviou o olhar, evitando encarar Leo.- Eu quero voltar para casa, não quero ficar aqui.- Então, com quem voc
Ana olhava para Leo, tão obsessivo e aterrorizante, e de repente sentia-se como se tivesse voltado ao passado.Aquela sensação de perder a liberdade, de ser manipulada, algo que ela jurou nunca mais repetir.- Então, você quer repetir os velhos truques, assim como antes, me aprisionando para ser apenas um pássaro em sua gaiola?A desilusão de Ana era indescritível. Depois de tantos anos, ela pensou que Leo tinha mudado, que ele havia aprendido como amar corretamente, mas no fundo, as pessoas não mudavam sua natureza.Ele ainda era aquele tirano, sufocante e dominador.Mas essa não era a vida que ela queria.Ana lutava com todas as suas forças.- Leo, eu nunca imaginei que, ao recomeçar, você ainda seria assim. Eu estava enganada.Leo de repente sorriu.- Talvez seja assim, mas, Ana, desta vez eu não vou te dar outra chance de escapar como antes. Você sempre duvidou do meu amor por você, então agora eu vou te mostrar o quanto eu te amo.Percebendo o que Leo estava prestes a fazer, Ana a
O hospital, após receber a notificação, prontamente atendeu ao pedido de Leo, enviando uma médica ao hotel. Ela mediu a temperatura de Ana, constatando febre alta. A médica imediatamente iniciou o tratamento, aplicando uma injeção em Ana e depois examinando outras partes do corpo. Ao descobrir marcas roxas nos pulsos de Ana, resultantes de amarras, e outras marcas indicativas de relações íntimas que eram difíceis de mencionar, a médica se sentiu impotente.Como uma mulher casada, ela sabia o que tinha acontecido. Geralmente, assuntos familiares, especialmente envolvendo Leo, um acionista do hospital, não eram de sua conta, mas ao ver o estado lastimável de Ana, ela não conseguiu se conter.- Sr. Leo, não sei o que aconteceu entre vocês, mas essa senhora não pode mais passar por tanto estresse. Ela está com febre e, se você não quiser que a condição dela piore, não deve mais fazer isso. É preciso que ela se alimente bem e descanse para se recuperar rapidamente.Leo, ouvindo a repreensão
Depois de um longo tempo de agonia, o calor que afligia o corpo de Ana finalmente se dissipou. Até suas sobrancelhas, que permaneceram franzidas mesmo durante o sono, começaram a relaxar um pouco.Foi só então que Leo soltou um suspiro de alívio. Ele rapidamente saiu para pedir que preparassem algumas comidas leves. Se Ana acordasse com fome, ela poderia comer imediatamente, evitando assim dores de estômago....No meio da noite, Ana lutava contra um pesadelo atrás do outro. Ela sonhava que Noemia aparecia triunfante, de braço dado com Leo, para provocá-la. Em outro momento, sonhava que a família Santos vinha tirar Tomás e Pedro dela, alegando que as crianças da família Santos não seriam criadas por ela.As cenas dos sonhos refletiam os maiores medos do seu subconsciente. Depois de muito lutar, Ana abruptamente abriu os olhos, finalmente desperta.Vendo o ambiente estranho ao seu redor, ela se sentiu confusa.Onde ela estava?As memórias do que aconteceu antes de desmaiar subitamente v
Esse homem era um líder supremo, detentor do poder sobre a vida e a morte. Ela, porém, só podia se sujeitar aos seus caprichos. - Então você ainda se lembra do que prometeu antes? Disse que, não importa o que acontecesse, sempre confiaria em mim e nunca duvidaria, você cumpriu isso? O olhar de Ana se fixou nos olhos de Leo. Leo, surpreendentemente, parecia incapaz de encará-la. Após um momento, falou com a voz contida: - Ana, coma algo primeiro. Se não quiser me ver, eu sairei agora. Dizendo isso, ele cuidadosamente colocou a comida que segurava ao lado da cama e, em seguida, saiu apressadamente, quase em fuga. Ana observou sua silhueta se afastando. Embora pensasse que seu coração estava entorpecido, uma dor lancinante ainda pulsava dentro dela. As palavras que acabava de dizer fizeram Leo recuar. Desde quando esse homem demonstrou tal covardia? Ao lembrar-se de que as promessas do passado já haviam expirado, a doçura deles parecia uma breve ilusão, e Ana só conseguia
No lado de Noemia, ele só podia pedir desculpas, mas prometeu enviar o melhor médico para tratá-la. Enquanto Leo refletia, o cigarro em suas mãos já tinha se apagado. Ele jogou a bituca no lixo e então se virou para verificar como Ana estava.Ana não tinha comido nada e estava deitada na cama, aparentemente dormindo. Leo suspirou, sentou-se ao lado da cama e cuidadosamente arrumou os cabelos soltos de Ana. Suas mãos grandes acariciavam a pele pálida dela com uma ternura indescritível. Independentemente do que acontecesse, ele não permitiria que Ana o deixasse. Nesta vida, ela só poderia ser dele.Na realidade, Ana estava apenas de mau humor e também não queria comer o que Leo trouxe, não estava dormindo de verdade. Afinal, ela já tinha dormido uma tarde inteira e metade da noite, estava completamente acordada. Sentindo as mãos do homem tocando seu rosto gentilmente, o corpo de Ana tremeu.Por algum motivo, ela sentiu um nó na garganta, até mesmo um impulso de chorar, mas apertou os ded
Logo ao amanhecer do dia seguinte, Leo acordou sentindo uma coceira em seu braço. Ao abrir os olhos, viu que eram os cabelos soltos de Ana que tocavam sua pele, causando aquela sensação.O homem sentiu uma indescritível satisfação, como se já fazia muito tempo que não se sentia assim, observando Ana dormir tranquilamente em seus braços.Leo não ousou se mover, temendo acordá-la, e assim permaneceu na mesma posição, mesmo quando seu braço e ombro já doíam muito, até que Ana finalmente acordou.Ao ver o rosto de Leo tão perto, ela se assustou momentaneamente, mas logo se lembrou de algo e rapidamente recuou um pouco, aumentando a distância entre eles.Uma sombra de tristeza passou pelos olhos de Leo, mas ele agiu como se nada tivesse acontecido.- Bom dia, Ana. - Ele disse.Ana baixou os olhos.- Você não precisa ir ao hospital?Desde a noite passada, Leo não foi ver Noemia no hospital, e ela provavelmente estava ansiosa e preocupada.Talvez, até estivesse tramando algo para incomodar An