Ao ouvir Ana dizer o mesmo, Claudia imediatamente largou o que estava fazendo. Leo dirigia o carro, com Ana ao seu lado no banco do passageiro e Claudia atrás com os dois pequenos.Desde que entrou no carro, Pedro não parava de tagarelar:- Para onde estamos indo? Todo esse mistério está me matando.- Você vai descobrir quando chegarmos lá. Qual é a pressa? - Tomás olhava para um livro em suas mãos e comentou sobre Pedro de forma desinteressada.Desde que voltou para essa família, Tomás gradualmente se adaptou e tinha um bom relacionamento com Pedro. Ele ocasionalmente fazia comentários sarcásticos sobre os comportamentos exuberantes de Pedro.- Só estava perguntando...Pedro ficou momentaneamente sem palavras. "Esse Tomás está ficando cada vez mais insolente. Ele havia prometido ser meu subordinado para o resto da vida."Tomás, tendo passado bastante tempo na escola, não só melhorou suas notas como também estava se igualando a Pedro em outros aspectos. Devido à sua personalidade calma
Leo os levou por toda a casa, mostrando cada canto e detalhe. O quarto das crianças, Pedro e Tomás, foi projetado como um único ambiente, levando em conta a constante companhia que os dois preferiam. Mesmo assim, espaços vazios foram deixados, permitindo que, quando crescessem, pudessem ter seus próprios espaços individuais.O quarto de Claudia tinha muitos elementos que combinavam com sua idade e estilo, exalando um clima de elegância suave e aconchegante, que refletia perfeitamente seu gosto pessoal.No que diz respeito ao quarto de Ana e Leo, o design foi simples, mas cheio de pequenos detalhes, tal como Ana imaginou. Ao final da visita, todos estavam mais do que satisfeitos com seu novo lar. O quintal até tinha uma piscina; não muito grande, mas de alguma forma inspirava uma sensação de felicidade.Pedro e Tomás imediatamente pediram para brincar na água. Vendo o entusiasmo dos dois, Ana decidiu acompanhá-los para evitar qualquer acidente, uma vez que era melhor ter um adulto por p
- Que ótimo!Os dois pequenos brincaram o dia todo e já estavam famintos. Sendo assim, eles foram bastante cooperativos. Ana os levou para trocar de roupa, enquanto Leo os conduziu a um restaurante brasileiro que frequentavam regularmente.Leo já havia reservado mesas. Eles se sentaram perto de uma janela, de onde poderiam apreciar a vista noturna....Do outro lado.Na hora do jantar no hospital, Bruna olhou para a comida da cantina e não sentiu vontade de comer nada. Seus dotes culinários eram medíocres e, provavelmente, Noemia também não gostaria de comer o que ela pudesse preparar. Depois de consultar Ivan, ele recomendou um restaurante que costumava frequentar. Bruna avisou Noemia e se dirigiu ao local para pegar alguns dos pratos preferidos de Noemia. Chegando lá, ela fez seu pedido e estava esperando que a comida fosse servida para levá-la de volta quando viu Leo entrar com Ana, os dois filhos e uma mulher mais velha.Eles não a notaram durante todo o tempo, mas Bruna observou
Ana sempre preferia não se meter onde não era chamada, especialmente considerando que Noemia era uma paciente. Eles, sendo pessoas saudáveis, não se sentiriam bem disputando comida com ela. Portanto, independentemente de os fatos corresponderem ou não ao que Noemia havia dito, Ana estava disposta a ceder.- Ah, que hipocrisia! Você finge tão bem! Você claramente me proíbe de visitar minha prima. Você já parou para pensar, por causa de quem que ela está nessa situação? Sr. Leo, sempre ouvi falar o quão grandioso você é. Nunca imaginei que você fosse tão controlado por uma mulher. Só estou te lembrando que, enquanto você está aqui desfrutando de boa comida e bebida, não esqueça que há uma mulher em um hospital, paralisada em uma cama por sua causa!Bruna falou sem meias-palavras. Sua voz era alta e atraiu a atenção de muitos dos presentes, curiosos para saber o que estava acontecendo. A história de Noemia se sacrificando para salvar Leo já havia sido amplamente divulgada pela mídia, entã
Ana pediu ao garçom para embalar a comida e, em seguida, retornou à mesa.- Estou me sentindo um pouco tonta, quero voltar e descansar. Vamos levar a comida para casa hoje, tudo bem?- Mamãe, você está bem?Ao ouvir isso, Pedro rapidamente se aproximou, colocou a mãozinha na testa de Ana e pareceu sentir que ela estava um pouco quente. Ele então olhou para as duas pessoas atrás dele.- Talvez ela tenha pegado um resfriado brincando na água mais cedo. Vamos voltar logo.Cláudia concordou com um aceno de cabeça e Tomás, preocupado com a saúde de Ana, naturalmente não iria protestar. Assim, todos prontamente pegaram suas coisas e partiram.Todos, exceto Leo, estavam preocupados com o estado de Ana e, portanto, não notaram os olhares estranhos das outras pessoas no restaurante....Depois de voltar ao hospital com a comida, Bruna arrumou tudo para que Noemia começasse a comer e ainda se sentia um pouco culpada. Na volta, ela teve tempo de se acalmar. Afinal, Leo era o chefe de Noemia. Mes
Noemia parecia não ter ouvido suas palavras, continuava a quebrar coisas, emocionalmente instável.O barulho no quarto do hospital foi tão grande que chamou a atenção do médico. Noemia, vendo que já era suficiente, gradualmente se acalmou.Bruna estava bastante assustada e não ousava mais sair; só pôde chamar os funcionários de limpeza do hospital para arrumar a bagunça.Quando todos saíram, Bruna perguntou cautelosamente:- Prima, o que está acontecendo com você? Eu ouvi você falando ao telefone. Se você está passando por algo difícil, pode me contar.- O que mais há para dizer...Noemia baixou a cabeça, seus ombros tremendo levemente, parecendo segurar as lágrimas.Isso deixou Bruna muito preocupada. Ela rapidamente abraçou Noemia.- Prima, o que nós duas não podemos compartilhar? Me fale, você se sentirá melhor.Noemia ficou em silêncio por um momento, antes de finalmente falar:- Depois que eu voltei, descobri que o Leo já tinha outra mulher que ele gostava. Então aceitei a cantada
No dia seguinte, bem cedoClaudia acordou cedo e preparou a comida. Seguindo suas instruções, Ana pegou as coisas e foi visitar Noemia. Ao chegar no quarto do hospital, Bruna estava prestes a sair para comprar comida para Noemia e não pareceu feliz ao vê-la.- O que você está fazendo aqui?- Vim trazer o café da manhã que prometi para a sua prima. Minha mãe que fez, é muito saudável. Você também pode comer um pouco. - Ana respondeu sorrindo, mas Bruna não acreditava que ela poderia ser tão generosa.- Ah, como você é gentil. Mas, não posso aceitar. - Disse Bruna, enfatizando as últimas palavras com um tom irônico.Ana fingiu não ouvir. Nesse momento, Noemia pareceu ouvir a conversa de fora e perguntou:- Quem está aí?- Sou eu, Ana.Sabendo que Ana estava lá, Noemia ficou feliz e pediu que ela entrasse, mandando Bruna ir comer. Bruna inicialmente não queria sair, mas a ideia de ficar ali e ser falsa com Ana era insuportável. Então ela saiu.Depois que Bruna partiu, Noemia comeu de bom
Ana acenou com a cabeça relutantemente, mas na verdade, ela não conseguia prestar atenção. O desconhecido sempre era mais assustador do que a dura realidade.Depois que o carro parou, Ana jogou duas notas de dinheiro e saiu, correndo em direção ao quarto de hospital onde Noemia estava. Ao chegar, percebeu que o quarto estava vazio; o lençol que deveria ser branco como a neve estava manchado de sangue, uma visão perturbadora.O coração de Ana apertou. "Será que o estado de Noemia piorou?" Mas ela foi ferida por um tiro, não deveria haver tanto sangue...Sem querer pensar em outras possibilidades, Ana saiu correndo e justamente viu uma enfermeira se aproximando.- Onde está a paciente deste quarto?- Na sala de emergência!A enfermeira apontou para uma direção. Sem perder tempo para agradecer, Ana virou e correu para lá.Chegando à porta da sala de emergência, ela viu Bruna parada ali, e Leo e Ivan também estavam presentes. Todos tinham expressões sérias.- O que aconteceu? - Ana pergunt