- Tenha cuidado. - Claudia avisou antes de assistir Ana dirigir para longe.Ana estava atrás do volante, e como era tarde da noite, as ruas estavam praticamente vazias; ela acelerava vertiginosamente....Quando Leo chegou ao hospital e se aproximou da porta do quarto, viu Otília andando de um lado para o outro, com uma expressão de preocupação.Vendo que Leo havia chegado, ela pareceu aliviada, mas ainda assim se desculpava.- Sr. Leo, me desculpe. Eu tentei persuadir a Sra. Noemia, mas ela parece estar muito desconfiada de mim e não me permite chegar perto.Observando a situação do quarto, Leo notou que Noemia parecia mais calma, sentada na cama com as mãos no rosto, como se estivesse chorando. Sua expressão ficou séria.- Não é sua culpa.Depois de pensar um pouco, Leo pediu a Otília que chamasse o médico. Por mais que ele estivesse ali para ver Noemia, suas palavras não eram um remédio eficaz. Melhor que o médico lhe desse um sedativo.Otília, aliviada por não ser culpada, saiu ime
Embora o que foi dito estivesse correto, Leo ficou ainda mais nervoso. Rapidamente, ele colocou Noemia na cama e foi até Ana para se explicar. No entanto, Ana não mostrou sinais de irritação, e falou com calma:- Tudo bem, Noemia, você está doente. É normal que ele te ajude a se movimentar.Enquanto falava, Ana colocou uma bolsa perto da cabeceira da cama.- Eu passei pela farmácia no caminho e comprei alguns remédios para acalmar os nervos e melhorar a memória. Tomar alguns talvez faça você dormir melhor e evitar pesadelos.O comportamento de Ana deixou Noemia um tanto perplexa. "Ela realmente não está zangada?"Ana não só evitou fazer o escândalo que Noemia imaginava, como também trouxe algo para ela, deixando Noemia momentaneamente sem saber o que fazer.Leo também não conseguia decifrar as intenções de Ana, mas deu dois passos para trás e ficou ao lado dela.Vendo os dois de pé lado a lado, Noemia baixou os olhos. Nesse momento, o médico também chegou. Por ser tarde da noite e devi
Ao ouvir novamente sobre o assunto do namorado, Noemia apertou a mão com força debaixo do cobertor. Naquele momento, ela se arrependia profundamente. Por que inventou tal personagem? Agora, ele se tornou uma alavanca nas mãos de Ana.Vendo que Noemia não falava mais, Ana se sentou à beira da cama.- Então descanse bem. Estamos todos aqui cuidando de você. Se algo te incomodar, pode me chamar.Noemia se sentia tão incomodada com Ana que a última coisa que queria era que ela ficasse para cuidar dela. Contudo, expulsá-la também daria margem para críticas. Assim, virou-se e fechou os olhos, tentando acalmar o descontentamento que sentia.Ana, percebendo que ela queria dormir, ficou sentada ali, vigiando-a. Leo, observando o modo sério de Ana, veio e segurou sua mão.- Ana, estou surpreso que você não se irritou. - A voz de Leo soou como a de uma criança que tinha feito algo errado, implorando por misericórdia.Leo ficou bastante assustado quando Ana chegou. Afinal, a cena era comprometedor
- Não precisa, não consigo dormir com gente aqui. - Noemia falou calmamente. Ouvindo isso, Ana não podia insistir em ficar.Se Noemia não conseguisse descansar bem, piorando sua saúde, Ana não poderia suportar tal responsabilidade.Ana olhou para Otília, que estava ao fundo.- Tia, então eu vou te incomodar com...- Não tem problema algum, peça para ela ir embora também. Não vou precisar dela no futuro. Não estou acostumada com estranhos, isso me deixa ansiosa. Noemia já tinha decidido que Otília era uma olheira de Ana. Como permitiria que ela continuasse ali, vigiando?Ana lançou um olhar inquiridor para Leo, buscando sua opinião.O cenho de Leo estava franzido.- Noemia, você não pode ficar sozinha aqui...- Eu vou chamar alguém.Noemia também entendeu que não seria possível manter Leo cuidando dela. Mesmo que usasse todos os seus recursos para chamá-lo, Ana continuaria a persegui-la como uma sombra. Nesse caso, seria melhor chamar alguém de sua confiança para pensar a longo prazo.
As palavras de Ana foram afiadas; embora seu tom não soasse irritado, ainda assim fizeram Leo tocar o próprio nariz involuntariamente. Parecia que ele havia trazido à tona um assunto que não deveria ter mencionado.- Ahem, mas, não estou fazendo isso com outro propósito, além disso, ela também disse que procuraria alguém em quem confiasse. Então, isso não acontecerá novamente; esta é a última vez.Ana percebeu o quanto o homem tentava agradá-la com suas palavras e deu-lhe um olhar divertido.- Espero que sim.Leo não ousou dizer mais nada, temendo irritar Ana novamente.Ao voltarem para casa, as luzes dos outros quartos estavam todas apagadas. Caminharam cautelosamente até o quarto, evitando fazer qualquer barulho que pudesse acordar alguém. Depois de um dia inteiro de trabalho e dessa aventura noturna, Ana se sentiu exausta. Após um breve ritual de higiene, ela se aninhou debaixo das cobertas e adormeceu.Leo estava mais acostumado com o ritmo intenso de trabalho ao longo dos anos. Qu
Depois de saber sobre Noemia, Bruna prontamente aceitou ir até ela. Desde a infância, Noemia sempre foi excepcional. Aos olhos de Bruna, ela era a mulher mais perfeita do mundo, e cuidar dela era mais do que seu dever. A atitude de Bruna deixou Noemia bastante satisfeita. Ela até comprou a passagem para Bruna e lhe deu algum dinheiro para que ela pudesse comprar o que precisasse, assegurando que não lhe faltaria nada.Depois de acertar tudo, Noemia deitou-se na cama, olhando fixamente para o teto e pensando silenciosamente sobre o futuro....Na manhã seguinte, Leo acordou cedo. Abriu os olhos e viu Ana, adormecida e serena sob a luz suave do amanhecer, como um anjo que trazia paz ao seu coração. Um sorriso se formou em seus lábios, e instantaneamente seu humor se iluminou.Vendo que Ana estava dormindo profundamente, Leo não teve coragem de perturbá-la. Ele se levantou sozinho e saiu para ajudar Claudia a acordar os dois pequenos para o banho matinal.Ana acordou naturalmente. Normalm
- Na próxima vez, vou ficar com você até acordar para evitar que, na minha ausência momentânea, você imagine coisas demais. - Leo falou, sem mostrar qualquer reação ao rosto vermelho de Ana. Vendo que o homem estava prestes a ser presunçoso, Ana acertou-lhe um forte soco no peito.- Menos conversa e mais ação. Cuide-se para não se aproximar de outras mulheres.Leo estava prestes a dizer algo mais, quando a porta foi aberta de fora por Pedro. Depois de acordar, o menino tinha tomado um pouco de café da manhã e, ao perceber que os dois adultos ainda não tinham saído do quarto, decidiu, com um certo ar de satisfação, ir acordar Ana. Normalmente, quando ele gostava de ficar na cama, Ana sempre dizia que ele era um preguiçoso, perguntando se ele tinha vergonha de dormir até o sol brilhar no céu. Desta vez, ele poderia fazer a mesma pergunta.No entanto, assim que entrou, ouviu Ana dizer que Leo não deveria se aproximar de outras mulheres. Pedro imediatamente elevou a voz:- O quê? Papai,
Ana segurou o local onde Claudia a havia beliscado suavemente. A força de Claudia não era grande; estava claramente brincando. Mesmo assim, isso aqueceu o coração de Ana.- Não se preocupe, mãe. Não sou tão estúpida a ponto de desperdiçar seus ensinamentos.Claudia respondeu e passou a bolsa que tinha arrumado para Ana. Ana pegou a bolsa e sentou-se no banco do passageiro.- Vamos ao hospital primeiro, para ver como ela está. Não tenho certeza se ela ficou bem sozinha ontem à noite.Leo tinha a mesma intenção. Quando Ana trouxe o assunto à tona, ele ficou aliviado por não ter que encontrar as palavras certas para dizer. A última coisa que queria era que Ana pensasse que ele estava ansioso para ver Noemia...- Certo, vamos lá.Leo se inclinou para ajudar Ana a colocar o cinto de segurança e, em seguida, ligou o carro. Para não atrasar o trabalho, os dois haviam se levantado cedo e, por isso, chegaram rapidamente ao hospital, sem enfrentar trânsito.Ana e Leo foram direto para o quarto