Durante seus anos no exterior, Noemia atraiu muitos homens com sua aparência misteriosamente bela e suas habilidades excepcionais. No entanto, aos olhos de Noemia, esses homens simplesmente não eram dignos de seu amor. Afinal, o homem que ela amava era Leo. As palavras que ela tinha acabado de dizer foram cuidadosamente consideradas nos últimos dias em casa. O suposto "colega de classe" era uma invenção dela. Ter seus sentimentos por Leo expostos sempre foi um risco, e se ela não fizesse algo, Leo continuaria a se distanciar dela. Agora, ao expressar abertamente que estava desenvolvendo um relacionamento amoroso com outro homem, Noemia imaginou que, por mais ciumenta que Ana fosse, não poderia mais influenciar a opinião de Leo sobre ela.Noemia pensou consigo mesma, "Agora é hora de consolidar minha posição aqui..." Uma luz profunda brilhou em seus olhos. Ela já tinha um plano perfeito que, ao mesmo tempo, colocaria Ana em apuros e a manteria fora de perigo....Meio mês depoisOs proj
Ana ainda estava atordoada, observando o rosto do supervisor, que parecia à beira de um colapso nervoso, sem nem sequer entender o que havia acontecido. Nesse instante, um operário ao seu lado notou a situação e correu em sua direção, puxando-a para o lado. E foi no exato momento em que ela se desviou que uma placa de aço caiu pesadamente onde Ana estava apenas um segundo atrás. Um estrondo reverberou, e uma nuvem espessa de poeira se ergueu do chão. Todos os presentes olhavam para a cena com uma mistura de alívio e horror, especialmente Ana, que estava pálida como um fantasma. Já um tanto quanto afetada pelo calor, agora sentia como se seu coração fosse saltar de seu peito. Um pedaço de aço tão pesado como aquele, se tivesse a atingido, significaria morte certa, sem qualquer chance de sobrevivência.Ao pensar que quase perdeu a vida ali, as pernas de Ana ficaram bambas. Vendo isso, o supervisor também ficou extremamente aliviado e apressou-se em escoltá-la até o carro. Sentada n
Depois que Noemia partiu com sua comitiva, Leo abriu a porta do carro e encontrou Ana sentada no banco, segurando com força uma garrafa de água, ainda com uma expressão de quem estava profundamente abalada.Um sentimento de compaixão tomou conta de Leo imediatamente.- Ana, está tudo bem agora, eu estou aqui.Enquanto falava, ele abraçou Ana. O clima estava muito quente, mas Ana estava fria, coberta por uma fina camada de suor. Era claro que ela havia passado por um grande susto. Leo segurou a mão gelada de Ana, tentando aquecê-la com seu próprio calor corporal. Depois de algum tempo, Ana pareceu recuperar os sentidos.- Leo, eu quase...Apenas pensar na cena a fazia se sentir amedrontada novamente.- Está tudo bem, você está segura agora. Já mandei alguém investigar o que aconteceu. Não fique pensando bobagens.A voz de Leo, carregada de um encanto reconfortante, gradualmente acalmou Ana.Ana respirou fundo várias vezes e, após Leo abrir a garrafa de água para ela e lhe dar alguns go
As pessoas enviadas por Leo, de acordo com o que esse homem disse, realizaram uma investigação e descobriram que ele não estava mentindo. Ele realmente estava sozinho cuidando de uma criança pequena que estava recentemente hospitalizada e em condições muito ruins, correndo o risco de morte prematura.- Por favor, me perdoem desta vez. Se eu for preso, minha criança ficará sozinha. Além de não ter dinheiro para tratamento médico, seu estado de saúde já é muito precário. Ele com certeza morrerá...Ana suspirou e olhou para Leo.- Talvez, nós deveríamos deixar isso pra lá e não culpar mais ele.Pensando de uma perspectiva diferente, esse homem era realmente digno de pena. Se ela estivesse em uma situação semelhante, provavelmente também estaria emocionalmente perturbada, ainda mais com uma criança gravemente doente. A única pessoa que poderia cuidar dela estava ausente, e uma criança tão jovem estava destinada a aguardar seu destino fatal.As sobrancelhas de Leo franziram, sentindo que a
Ana mostrou um lampejo de surpresa em seus olhos, enquanto Leo permaneceu notavelmente calmo. Ele havia concordado com o pedido de Ana, mas não tinha a intenção de deixar o assunto morrer. Planejava continuar observando aquele homem.Para sua surpresa, o homem demonstrou algum senso de gratidão e honra, admitindo voluntariamente seus atos. Noemia também ficou chocada. "Esse idiota, ele poderia ter aproveitado os benefícios e vivido sua vida tranquilamente. Ele realmente admitiu querer matar alguém? Ele é louco ou o quê?"- O que eu disse antes é verdade. No entanto, alguém me procurou mais tarde e disse que se eu fizesse algo para ele, ganharia muito dinheiro. Com esse dinheiro, poderia pagar pela cirurgia do meu filho, para que ele não sofresse mais com doenças. Eu não pude suportar ver meu filho sofrendo e impulsivamente concordei. - O homem falou, olhando para Ana, com um olhar suplicante.- Srta. Ana, sei que você também é uma pessoa de bom coração. Estou disposto a enfrentar as pe
Ela estava um tanto relutante em ajudar a capturar o criminoso que queria matar Ana, mas sob o olhar vigilante de Leo, Noemia não ousava mostrar qualquer hesitação. Temia levantar suspeitas e assim, obedecia às ordens dele.Ana também, mais ou menos, deduziu o que Leo estava pensando.- Posso contar à minha mãe? Ela não está bem de saúde. O que acontecerá se ela for abalada com essa notícia?Leo hesitou por um momento. Se quisesse ser absolutamente cauteloso, o melhor seria não contar a ninguém, mas se algo de ruim acontecesse a Claudia, seria um tiro pela culatra.- Quando você voltar, ligue para eles. Mas lembre-se, eles precisam cooperar.Ana acenou com a cabeça.- Entendi.Depois de falar, Leo pediu que trouxessem um uniforme de operário e um capacete de segurança. Ana colocou-os, acrescentando uma máscara ao traje. Com essa nova aparência, até uma pessoa que a conhecesse bem teria dificuldade em identificá-la.Leo então misturou Ana entre os outros trabalhadores e os levou embora.
Várias fotografias capturaram com nitidez as expressões no rosto de Leo. Voltando com a ira de terem sido expulsos por Leo, um grupo de jornalistas começou a interpretar essas fotos de maneira exagerada. Alguns disseram que o acidente tinha resultado em muitas vítimas, e que o Grupo Santos estava tentando lidar com as relações públicas. Outros afirmaram que o incidente havia exposto padrões insuficientes de segurança do Grupo Santos e que era possível que perdessem o direito de licitar no projeto.De qualquer forma, boatos de todos os tipos proliferavam.Ana não estava a par disso. Somente após consultar Leo, e obter sua permissão, foi que ela ligou para casa. Claudia já tinha visto as notícias e estava preocupada. Quando o telefone tocou, ela apressadamente atendeu.- Ana, o que está acontecendo? O que aconteceu?- Enfrentamos alguns problemas, mas não se preocupe. O Grupo Santos está bem, e ninguém foi ferido. Eu só preciso desaparecer por um tempo para ajudar Leo a expor quem está p
O nome escrito na folha era inequivocamente "Sofia". Sofrendo um grande revés após a falha no projeto competitivo e um impulso imprudente que resultou em disparar e ferir alguém, Sofia foi duramente atingida. Embora não tivesse acabado na prisão, ela ainda estava bastante enfraquecida. Leo sempre suspeitou que ela poderia retaliar, mas ela se manteve silenciosa, sugerindo até uma mudança de foco, sem querer competir diretamente com o Grupo Santos. Leo, por sua vez, não tinha mais interesse em persegui-la. Se queriam fugir, que fugissem para longe. Ele tinha outras preocupações e não podia dedicar tempo a eles. Para sua surpresa, Sofia não pôde se conter e acabou fazendo um novo movimento contra Ana. Nesse caso, as contas já não poderiam ser saldadas de forma simples.Após um momento de reflexão, Leo decidiu denunciar o caso à polícia. Tentativa de homicídio, embora frustrada, era um crime sério, e desta vez ele faria questão de levar o caso até o fim, não dando a Sofia outra chance d