Aquela emoção tornou o coração de Leo suave como uma pluma, enquanto ele apertava com força a mão de Ana. Depois de um momento, o homem se deu conta da situação. Não era hora de perder tempo ali. Rapidamente, ligou o carro e levou Ana ao hospital. No veículo, os nervos tensionados de Ana começaram a relaxar. A dor, que ela não sentia devido ao nervosismo, agora intensificava. No entanto, ela não queria preocupar ninguém e manteve o silêncio, apenas sua respiração acelerou consideravelmente. Percebendo a mudança, Leo olhou para o rosto pálido de Ana, sentindo um aperto no coração. Naquele momento, ele desejaria poder levá-la voando ao hospital para aliviar sua dor. - Dói muito?Ao ouvir a voz de Leo, Ana balançou a cabeça. O homem franziu ainda mais a testa, preocupado com a aparência frágil dela. - Estou bem, não é tão sério assim.Vendo a rara expressão de ansiedade no rosto de Leo, Ana, temendo que ele se distraísse enquanto dirigia, mudou de assunto:- Aquela garota que vimos
Ana já estava dormindo e Leo, receoso de acordá-la, levantou-se silenciosamente para atender o telefone do lado de fora.A ligação era de Noemia. Quando ele atendeu, uma voz fria de mulher ecoou do outro lado.- Já resolvi tudo por aqui, você não precisa se preocupar.- Obrigado, você chegou só hoje também. Não se esforce demais. - Leo a aconselhou.O semblante eternamente indiferente de Noemia pareceu se aquecer com a preocupação dele.- Então, você deve estar livre amanhã. Faz tempo que não nos vemos; me convidar para um jantar não seria demais.Ao dizer isso, um leve traço de expectativa surgiu em seu rosto habitualmente inexpressivo.Pensando rapidamente, Leo lembrou que Ana ainda precisava de alguns dias para se recuperar. Naturalmente, ele planejava ficar ali para acompanhá-la.- Estou ocupado nos próximos dias. Vou preparar uma recepção para você. Fale com Ivan sobre o que você gostaria de comer; ele ficará muito feliz em saber que você está vindo. Então poderemos nos reunir.A
Ao pensar em todos esses anos em que ficou no exterior para controlar suas emoções, evitando se aproximar de Leo, Noemia sentiu uma sensação inexplicável de injustiça. Se soubesse que seria assim, talvez ela teria lutado um pouco e teria algum resultado. Ao menos, Leo raramente dava atenção a qualquer outra mulher e conversava mais com ela.Enquanto pensava nisso, o telefone de Noemia tocou. Era Mariana, que estava longe, no Brasil.- Noemia, e então? Já encontrou com o Leo?A informação sobre Leo estar no exterior foi revelada por Mariana, que incentivava fortemente Noemia a ir encontrá-lo. Ultimamente, devido ao tratamento médico contínuo de Bruno e a morte prematura de Paulo, Dantes estava visivelmente envelhecido. Quanto ao que Leo planejava fazer, Dantes não estava mais disposto a interferir. Ele tinha confiança de que, com o Grupo Santos em suas mãos, a ruína total seria evitada. O resto, ele pensava que caberia a eles.Mariana não concordava, mas não tinha pessoas adequadas
- Não precisa continuar defendendo essa Ana pra mim. Não é a primeira vez que conheço ela, e sei muito bem que tipo de pessoa ela é.- Tia, você não acha que está meio equivocada a respeito dela?Noemia sentiu um certo prazer com a atitude de Mariana. Embora tivesse suas ressalvas sobre Ana, o fato era que ela e Leo estavam planejando se casar. A pressão emocional de interferir nesse relacionamento era bastante alta e nada lisonjeira. No entanto, se a mãe de Leo pudesse apoiá-la, Noemia acreditava que poderia se arriscar.- Equivocada? Aquela mulher não só é inútil em todos os outros aspectos, mas durante o período em que estava prestes a se casar com Leo, também tinha um caso duvidoso com Paulo. Depois que saiu, voltou só para complicar a vida de Leo. Agora ela causou até a morte de Paulo. Que mãe poderia gostar de alguém assim?Noemia não respondeu, e Mariana suspirou.- Se Leo pudesse encontrar uma menina como você, eu ficaria mais tranquila.Noemia apertou silenciosamente o telefon
- Você acordou? Não se mexa. Leo já estava acordado, mas não queria despertar Ana, então ele se sentou ao lado dela. Ao ouvir um movimento, ele rapidamente a segurou.- Esqueceu que está machucada no ombro? A ferida ainda não cicatrizou, não se mexa.Só então Ana se lembrou disso. Ela estava quase cochilando.- Estou bem.Leo olhou para o curativo em volta do ombro de Ana e viu que não havia sinais de sangramento, ficando aliviado.Vendo a preocupação no rosto de Leo, Ana achou engraçado. Quando ele mesmo se machucou, foi muito mais grave, e ele não teve tanto cuidado. Ele ainda estava pulando e correndo por aí. No entanto, sabendo que Leo se preocupava com ela, Ana se sentia aquecida por dentro e permitiu que ele verificasse.Depois de um tempo, algo ocorreu a Ana e ela perguntou:- A propósito, qual é a situação com Sofia agora? Já tem um veredicto sobre o caso?Eles saíram às pressas ontem e, após a cirurgia, Ana adormeceu rapidamente. Portanto, ela não sabia o que tinha acontecido
As palavras do homem fizeram o rosto de Ana corar como um tomate maduro, desejando poder se enfiar num buraco. Refletindo sobre isso, só poderia culpar o desgraçado à sua frente que falava tais palavras, fazendo-a pensar de forma imprópria.- Claramente foi proposital da sua parte. - Ana falou com dentes cerrados e com um tom de voz abafado, que não carregava nenhuma autoridade.Ao observar a expressão de Ana, Leo teve um impulso travesso. Estava prestes a provocá-la um pouco mais quando uma batido na porta, completamente inoportuna, interrompeu o momento. Provavelmente uma enfermeira checando o estado de Ana, pensou Leo. Não querendo perder tempo, ele endireitou o corpo e falou com indiferença:- Entre.A porta se abriu, mas, em vez da enfermeira, foi Noemia que entrou. Ao vê-la, Leo e Ana se surpreenderam. Noemia, por sua vez, agiu com naturalidade, levantando a caixa de comida que trazia.- Soube que a Srta. Ana estava ferida. Ontem não tive a chance de perguntar como ela estava, po
Ana realmente parecia feliz de uma maneira que inspirava inveja...No entanto, ela veio hoje não para mostrar seu sucesso diante de Ana.Noemia rapidamente se acalmou, trocando a carne que estava à sua frente com Leo.- Lembro que você adorava esse prato que eu faço. Experimente, veja se minhas habilidades culinárias diminuíram.O cenho de Leo franziu ligeiramente, mas ele não teve coragem de recusar sua gentileza. Pegou um pedaço, provou e acenou com a cabeça.- Está bem gostoso.Ana estava comendo quando ouviu isso e sentiu que algo estava errado, mas não conseguia colocar o dedo sobre o que era. Pareceria que ela estava fazendo uma tempestade em um copo da água se trouxesse isso à tona.No entanto, a comida em sua boca não tinha mais o mesmo sabor que antes.Ana desacelerou o ritmo de suas mordidas, observando os movimentos de Noemia.Noemia, por sua vez, não estava fazendo nada fora do comum, apenas conversando com Leo e ocasionalmente trazendo à tona algumas histórias do passado d
Enquanto Noemia estava imersa em suas próprias emoções, incapaz de se libertar, seu celular tocou. Ela se recuperou e percebeu que era uma chamada de Ivan. Controlou sua expressão facial e atendeu o telefone. A voz reclamante de Ivan ecoou. - Você foi muito injusta ontem, me deixou sozinho no bar e foi embora. Isso é forma de tratar um amigo? Como os dois eram muito próximos, Ivan não tinha a postura reservada de costume e falava o que lhe vinha à mente. - Você, um homem adulto, ia se perder num bar? Melhor pensar em como aprimorar sua resistência ao álcool. Ao ouvir isso, Ivan se sentiu um pouco arrependido. Ele não deveria ter bebido tanto. Depois de ficar bêbado, ele não tinha nenhuma lembrança do que havia acontecido na noite anterior.- Eu não disse nada estranho ontem à noite, certo?- Não, você dormiu como um "porco morto" depois de ficar bêbado. - Noemia disse, indiferente. Ivan não se ofendeu com o sarcasmo de Noemia, já que estava acostumado. Aliviado por não ter dito