Leo e o funcionário finalmente terminaram de discutir sobre o veneno, e ele finalmente teve um momento de descanso.Leo instruiu Ivan para ficar de olho na situação de Roberto, para evitar alarmá-lo, enquanto pensava em como resolver o problema o mais rápido possível.Pensando nisso, Leo abriu a porta do quarto onde Ana estava e a encontrou sentada à mesa, perdida em pensamentos.Ana ouviu o som da porta se abrindo, endireitou-se e tentou esconder algo em suas mãos, mas Leo ainda conseguiu perceber seus movimentos.Ana estava escrevendo algo em um pedaço de papel, mas ele não conseguiu discernir o conteúdo.- O que você está escrevendo? - Perguntou Leo, franzindo a testa.As ocasiões em que se usava papel e caneta eram raras hoje em dia, e o ato de Ana escrever algo lhe deu uma sensação de presságio.Ana hesitou por um momento e, finalmente, olhou para Leo e disse:- Nada demais, apenas algumas coisas que me preocupam.Ao ouvir suas palavras, Leo franziu ainda mais a testa. Ele pegou o
A voz de Leo, ao falar pela última vez, soou quase como um rosnado baixo. Ana ficou atônita por um momento, em parte porque raramente ouvia esse homem perder o controle emocional assim, e em parte porque ele disse que se ela morresse, ele iria acompanhá-la?Depois de hesitar por um momento, Ana mordeu o lábio inferior e disse:- Leo, pare de falar bobagens. Estou falando muito sério com você.- Eu também estou falando sério. - Leo olhou nos olhos de Ana, e sorriu.- Se você não acredita, eu posso chamar o médico agora e pedir que ele injete em mim as toxinas que acabou de extrair do seu sangue. Se você morrer, eu também não conseguirei viver sozinho. Assim, você entenderá se o que estou dizendo é verdade ou mentira. - Disse Leo, virando-se para sair.Ana levou um susto. Ele realmente considerou essa ideia? Ela correu para impedi-lo, dizendo:- Leo, você enlouqueceu? Por que diabos você injetaria veneno em seu próprio corpo?Ana agarrou o braço de Leo, esforçando-se para impedi-lo. Leo
A mão de Leo gentilmente alisou as rugas na testa de Ana, e nos olhos do homem, um toque de frieza se instalou. Parecia que era necessário tomar algumas medidas especiais agora....Dia seguinteA luz do sol invadiu o quarto, e Ana abriu os olhos, mas na cama só havia ela mesma. A cama ao lado já estava fria, Leo devia ter partido havia algum tempo.Ana sentiu-se inexplicavelmente desapontada, e logo depois, bateu em seu próprio rosto.O que estava acontecendo com ela? Ela tinha vivido bem todos esses anos sem Leo ao seu lado, por que de repente ela desenvolveu uma dependência tão forte daquele homem?...Ana só pôde atribuir essa anormalidade ao fato de ter sido envenenada, e que seu corpo, tendo sido afetado, também afetou seu psicológico.Leo dirigiu-se apressadamente à cidade onde a família Pereira estava localizada. A situação era urgente, qualquer atraso, mesmo de um minuto, era uma agonia.Ao chegar, Leo imediatamente enviou uma mensagem para Patrícia, dizendo-lhe que estava em s
Teófilo ficou atordoado por um momento e demorou um pouco para perceber que Patrícia havia sido sequestrada. Ele se forçou a se acalmar, e rapidamente adivinhou a identidade do homem do outro lado da linha. Com os dentes cerrados, ele falou:- Leo, você atacou Patrícia por causa daquela mulher? Acha que a família Pereira nunca se vingará de você?Leo deu uma risada fria e disse:- Essa pergunta você deveria fazer a si mesmo. Ousando atacar o meu pessoal, não tem medo de que o Grupo Santos se volte contra você? Dou-lhe três dias para entregar o antídoto. Já injetei o veneno em Patrícia. Se você não entregar o antídoto rapidamente, só poderá vê-la morrer diante de seus olhos.Depois de soltar essas palavras, Leo desligou o telefone. Para mostrar a Teófilo que não estava brincando, Leo enviou um vídeo de Patrícia, amarrada com cordas. Teófilo viu a aparência miserável de Patrícia, amarrada com cordas, e suas mãos tremeram involuntariamente. Ele percebeu que Leo não estava brincando.- Eu
Após Ana ser injetada com o antídoto, Leo sentou-se ao lado dela, vigiando-a.Ivan lançou um olhar para as profundas olheiras sob os olhos de Leo. Embora estivesse esperando que a família Pereira entregasse o antídoto nos últimos dias, Leo praticamente não dormiu.Afinal, com a influência da família Pereira, eles provavelmente enviariam pessoas para procurar Patrícia. Para enfrentá-los, Leo tinha que continuar se mantendo acordado e em alerta, controlando a situação.No entanto, se Leo continuasse assim, mesmo uma "pessoa de ferro" provavelmente não aguentaria mais. Então Ivan falou para persuadi-lo:- Sr. Leo, há médicos e enfermeiras de plantão aqui, e eu também ajudarei a cuidar. Talvez seja melhor você voltar e descansar um pouco. Você já não dorme há muito tempo...Ao ouvir isso, Leo levantou a cabeça, olhou para Ivan e disse:- Não precisa, Ana está aqui, e eu não me sinto confortável.Todos aqui foram cuidadosamente verificados, e não havia possibilidade de outras pessoas se inf
Leo havia tentado repetidamente baixar a febre de Ana, sem saber quanto tempo se passou, até que a temperatura de seu corpo finalmente cedeu.Ele tocou sua testa com a mão, não estava mais quente, e então testou com seus lábios para confirmar que Ana realmente não tinha mais febre, antes de se dar por satisfeito.Com cuidado, ele cobriu Ana com o cobertor para evitar que ela pegasse um resfriado novamente, então foi para o banheiro.Todo aquele esforço o havia feito suar muito, deixando-o desconfortável.Depois de um banho rápido, Leo vestiu um roupão apressadamente e voltou para o quarto.Ana já não tinha mais febre, mas parecia ter dificuldade em adormecer tranquilamente, sendo em vez disso atormentada por pesadelos de todos os tipos.Sentia como se algo a tivesse puxado de volta ao passado, onde ela via muitas cenas que não queria lembrar.Nos momentos de maior fraqueza física, a vontade humana também se tornava incrivelmente frágil, permitindo que os medos e terrores se aproveitass
Leo acalmou Ana por um tempo, e ela, sentindo o calor familiar e o cheiro dele, foi gradualmente se acalmando. As imagens do sonho desapareceram lentamente, e ela parecia ver Leo ao longe, estendendo a mão para ela, tirando-a da "escuridão."Finalmente, Ana parou de delirar, como se o "pesadelo" tivesse terminado.Sentindo a respiração estável da mulher em seus braços, Leo suspirou aliviado, mas ele não se sentiu tão feliz quanto imaginava, ao contrário, sentiu-se um pouco sufocado em seu coração.Em seu sonho, Paulo apareceu para resgatá-la, como tantas vezes antes? E ele era apenas aquele que a tinha causado dor infinita?Parecia que em toda a sua vida ele nunca poderia entrar no coração de Ana. Comparando-se a Paulo, ele não podia antes de sua morte, e ainda não podia após sua morte.Quanto mais Leo pensava assim, mais dolorido ele se sentia. Ele simplesmente parou de pensar. Algumas coisas, quando pensadas demais, não tinham resposta, e mesmo que forçadas, só causavam dor a si mesm
Ana imediatamente deixou de lado qualquer outra coisa, sacudindo o corpo de Leo, dizendo:- Leo, acorde, você está com febre!O homem não teve reação alguma, e Ana tentou sentir sua temperatura, percebendo que estava muito mais alta do que a sua própria naquele momento. Ela rapidamente saltou da cama, preparando-se para chamar o médico.Ana, que tinha estado desacordada por muito tempo sem comer e dependendo apenas de nutrientes intravenosos, quase caiu assim que seus pés tocaram o chão.O barulho feito por Ana foi ouvido por Ivan, que estava do lado de fora. Ele rapidamente bateu na porta, perguntando:- Sr. Leo, o que aconteceu? Precisa de ajuda?- Leo está com febre, chame o médico imediatamente.Assim que Ana começou a falar, sua voz soou rouca e desagradável.Quando Ivan ouviu a voz de uma mulher, ele ficou surpreso por um momento, "Ana acordou."Mas ao saber que Leo estava doente, ele não ousou hesitar e correu para chamar o médico para examinar a condição de Leo.O médico fez um