Paulo, que não havia comido nada além de líquidos nos últimos dias, dependendo apenas de nutrientes intravenosos para sobreviver, sentiu-se atordoado ao ser finalmente liberado. Depois de um momento, ele levantou-se com dificuldade, preparando-se para sair, mas sem saber como Ana e Pedro estavam...No entanto, seu corpo estava extremamente fraco e ele acabou caindo no chão depois de dar alguns passos. Rafaela rapidamente se aproximou para ajudá-lo: "Não se preocupe. O garotinho já está de volta ao lado da Ana. Seu avô desistiu de disputar a guarda dele."- É verdade?- Se não fosse, por que eu o teria liberado? Agora vá comer algo.Rafaela deu instruções para trazer uma canja leve.Dessa vez, Paulo não derramou tudo como antes, mas começou a comer em silêncio. Seu cérebro, entorpecido pelo jejum, finalmente começou a funcionar. Rafaela o soltou voluntariamente, então provavelmente ela não estava mentindo.Ele havia lutado tanto antes, e agora seu avô havia desistido voluntariamente de
Pedro ficou um pouco atordoado com as palavras.Ele deveria estar feliz, afinal, ele cresceu no exterior desde criança e aquele ambiente lhe era familiar. Além disso, ele tinha a avó e muitos amigos antigos lá.No entanto, de repente, o rosto de Leo apareceu em sua mente. Após esses dias juntos, ele se acostumou com a presença de Leo, sem perceber.- Mamãe, nós vamos embora tão rápido?Ana ficou surpresa. Ela pensou que o pequeno não teria uma boa impressão deste lugar e que ele gostaria de voltar para um ambiente familiar.Mas...Será por causa do Leo? Eles já se tornaram tão próximos em apenas alguns dias?Enquanto Ana estava confusa, pensando, Pedro balançou a cabeça:- Não é nada, eu só...Ao ver a expressão de Ana, Pedro entendeu o que ela estava pensando. Nos últimos dias, Ana provavelmente também se sentiu insegura por estar longe dele.Embora ele sentisse falta do Leo, se tivesse que escolher, ele seguiria firme ao lado de sua mãe. Afinal, Leo tinha muitas pessoas ao seu redor,
Ana não hesitaria em atender ao simples pedido do seu pequeno. Ela deu uma olhada na cozinha e percebeu que não tinha muitos ingredientes, então decidiu levar Pedro ao supermercado para comprar algumas coisas que ele gostava de comer.Os dois trocaram de roupa e desceram as escadas para irem ao supermercado. No entanto, assim que saíram do prédio, Pedro avistou o carro de Leo estacionado ali, sem ter ido embora.- Mamãe, olha, aquele carro.Ana seguiu o dedo de Pedro e também viu o carro. Ela ficou surpresa.Eles tinham subido as escadas havia uma tarde inteira e aquele homem ainda estava ali. Ele tinha ido embora e voltado? Ou ele nunca tinha ido embora?Enquanto Ana pensava nisso, Leo também os viu e saiu do carro. - Como vocês estão? Descansaram o suficiente?Ana assentiu com a cabeça. Leo olhou para a expressão dela e percebeu que, em comparação com o período anterior, quando havia uma leve sombra pairando sobre ela, ela parecia muito mais feliz agora.- Para onde vocês estão indo
Ao ouvir a voz de Ana, pai e filho olharam naquela direção. Leo estendeu a mão para repreender o caranguejo travesso ali mesmo, mas a vendedora de legumes ao lado rapidamente o impediu.- Não toque nele, se você mexer com esse caranguejo, ele vai apertar ainda mais os dedos dela. Deixe-me cuidar disso.Leo nunca havia seguido as ordens de ninguém, mas era a primeira vez que ele se via nessa situação, então deu dois passos para trás.A vendedora de legumes se aproximou, segurou o caranguejo e jogou um pouco de água nele. Após um tempo, o caranguejo soltou a garra e Ana finalmente recuperou sua liberdade.Mas ainda havia um corte em seu dedo, que estava sangrando. Ana franziu a testa e estava prestes a procurar um local para fazer um curativo quando Leo se aproximou, sem pensar duas vezes, e colocou o dedo ferido em sua boca.Ana ficou momentaneamente atônita e, quando reagiu, seu rosto ficou instantaneamente vermelho. O que esse homem estava fazendo de repente?Além disso, ele não era u
- Não é necessário. Ana também não tinha a intenção de deixar Leo pagar a conta. Afinal, eles só haviam comprado algumas coisas para comer, e ela tinha condições de pagar por si mesma.Ela rapidamente pegou seu cartão para entregar, mas os olhos de Leo se voltaram para a caixa ao lado. Embora ele não dissesse nada, havia uma pressão invisível em seu olhar, fazendo com que as pessoas inconscientemente obedecessem às suas ordens.A caixa acabou aceitando o cartão de Leo. Foi então que Ana percebeu que era um cartão de crédito ilimitado. Poucas pessoas em toda a Cidade S possuíam um cartão como aquele, e apenas os ricos e influentes poderiam tê-lo. E ainda assim, esse homem estava pessoalmente fazendo compras no supermercado?A caixa não pôde deixar de olhar para Leo, sentindo que o reconhecia de algum lugar. Ana temia que ela o reconhecesse e isso causasse problemas desnecessários, então ela pegou as coisas rapidamente. - Está tudo pronto? Estou com pressa.Após ser apressada, a caixa
Ana tornou intencionalmente seu tom frio e distante, palavra por palavra, sem demonstrar qualquer emoção.Leo apertou os lábios, pensando se Ana tinha interpretado algo errado. Será que ela achava que ele tinha segundas intenções ao se aproximar de Pedro? Era por isso que ela estava tão ansiosa para ir embora?- Não tenho segundas intenções, só queria me aproximar de Pedrinho. Prometo que não deixarei mais nenhum imprevisto acontecer.Explicou Leo apressadamente. O suor começou a aparecer em suas sobrancelhas. Ele realmente não sabia como fazer Ana entender seus sentimentos.Ao ver a expressão ansiosa nos olhos de Leo, Ana apertou as mãos atrás das costas lentamente. Ela podia ver que Leo não estava mentindo para ela, mas eles realmente não podiam continuar assim...Ela arranhou a palma da mão com as unhas, sentindo uma leve dor que a manteve consciente.Depois de um tempo, Ana parecia finalmente ter tomado uma decisão. Ela começou a falar lentamente:- Leo, não sei mais se posso confi
Ao relembrar o passado e os problemas causados por aquele relacionamento, Ana teve que tomar uma decisão difícil para evitar complicações futuras. Ela acreditava que, com a posição social e a aparência de Leo, certamente ele encontraria alguém melhor, uma esposa linda e filhos adoráveis, mas essa pessoa não seria ela.Ao chegar em casa, quando Ana estava na porta, Pedro ouviu o barulho e abriu-a imediatamente. O garotinho examinou rapidamente Ana e sentiu que algo não estava bem.- Mamãe, você... Está triste? Pedro perguntou preocupado.Ana voltou a si e balançou a cabeça.- Não, só estou um pouco cansada.Com medo de ser questionada novamente pelo garotinho, Ana pegou suas coisas e entrou na cozinha, colocando as compras na geladeira uma por uma. Ela estava distraída e distante. A partir de hoje, Leo provavelmente não a procuraria mais, certo? Embora esse fosse o resultado que ela desejasse, Ana deveria se sentir aliviada e livre, mas, naquele momento, ela se sentia vazia.Ana estava
Juliana olhou incrédula para ele.- Eu já disse a você que aquela pessoa apenas me acompanhou para casa por acaso. Como ele poderia resolver seus problemas?Ela imediatamente sentiu que essa viagem poderia ser uma armadilha.- Pare o carro, eu quero descer.Enquanto falava, Juliana estendeu a mão para abrir a maçaneta da porta, mas estava trancada e não conseguia abri-la de jeito nenhum.Vendo que ela estava resistindo, em vez de diminuir a velocidade do carro, Daniel mostrou um olhar cruel nos olhos. Os agiotas que emprestaram dinheiro para ele deram um ultimato. Se ele não pagasse a quantia mínima hoje, eles cortariam uma de suas mãos.Ao pensar naquela cena sangrenta, Daniel decidiu que não tinha mais nada a perder. Ele pegou um pequeno borrifador de algum lugar e o pulverizou diretamente em Juliana, que lutava para abrir a porta do carro.Juliana estava pensando em como escapar e não percebeu o movimento dele por trás. Quando finalmente percebeu, já era tarde demais. Ela já havia i