Leo estava falando com seu pai, cada palavra proferida numa tonalidade profunda, como a melodia hipnotizante de um violoncelo, com os cantos da boca ocasionalmente se contraindo, transmitindo um irresistível ar de controle.

Este Leo era um pouco diferente do homem que ela se lembrava.

Patricia estreitou os olhos, como se recordando da primeira vez que viu este homem.

Naquela época, devido a um acidente, ela foi sequestrada pelos inimigos da família Pereira e abandonada numa favela.

Felizmente, ela foi encontrada por uma mulher, evitando a morte de fome no local. Infelizmente, o marido dessa mulher era um bêbado violento, e a mulher, incapaz de suportar tal sofrimento, fugiu.

Patricia ficou sozinha com seu pai adotivo, um homem sem qualquer laço de sangue com ela. Ela se tornou uma válvula de escape para ele, obrigada a fazer tarefas domésticas, sofrendo abusos e passando fome. Quando ela estava em sua adolescência, ele percebeu que ela era muito atraente e começou a forçá-la a acompanh