Ao pronunciar o nome de Ana, Leo não sabia como prosseguir. Ana, ao ouvir a voz de Leo, percebeu que estava em seu território e que não podia se permitir baixar a guarda.Ao virar a cabeça, Ana viu Leo olhando fixamente para Pedro.O coração de Ana pulou algumas batidas, e ela inconscientemente mordeu o lábio. Levantou-se e ficou na frente de Pedro, protegendo-o e impedindo que Leo visse o rosto do menino.- Sr. Leo, acho que você deve explicar o que está acontecendo. - Disse Ana, com uma ponta de frieza em sua voz.- Meu filho estava bem, estudando na pré-escola. Como você conseguiu tirá-lo de lá e trazê-lo para cá? Isso pode ser considerado um sequestro, eu posso chamar a polícia.Ao ouvir as palavras acusatórias de Ana, Leo se recompôs.Vendo a profundo desconfiança nos olhos de Ana, seu coração apertou. Queria se explicar, mas sabia que não importava o que dissesse, Ana não acreditaria.No entanto, agora, Leo não tinha paciência para isso. Ele se aproximou, agarrando o pulso de An
Depois de fazer essa pergunta, o coração de Leo também saltou. Se não tivesse visto a criança com seus próprios olhos hoje, jamais teria dito algo assim. Mas depois de encontrar Pedro, ao ver suas sobrancelhas e olhos tão semelhantes aos seus, e sentir uma inexplicável proximidade com ele, ele começou a alimentar uma esperança. E se essa criança fosse dele?Surpreendida por Leo ter feito essa pergunta tão diretamente, Ana, após um breve momento de pânico, apertou as mãos atrás de suas costas com tanta força que a dor a trouxe de volta à realidade. - O que você quer dizer com isso? Que relação você tem com essa criança? Você tem algum direito de perguntar? Devo lembrá-lo do que você já fez? – Disse Ana, um rancor emergindo em seus olhos.Ela nunca esqueceria o olhar zombeteiro de Leo quando ela, entre lágrimas, tentou explicar a ele que o filho era dele. Se naquela época ele já havia decidido que o filho em seu ventre era ilegítimo, recusando-se a reconhecê-lo, por que ele deveria inte
A expressão sombria e indistinta no rosto de Leo, enquanto ele olhava para o par "pai e filho" abraçados e aparentemente íntimos, trouxe uma sensação de amargura que se espalhou pelo seu peito.Foi nesse momento que ele percebeu que as sobrancelhas e os olhos daquela criança não eram apenas parecidos com os dele, mas também se assemelhavam aos de Paulo. Tanto ele quanto Paulo herdaram os belos olhos de Sr. Dantes. E coincidentemente, os olhos de Pedro também eram assim.Portanto, apenas por essa semelhança, ele tinha certeza de que aquela criança era sua.Paulo acalmou o pequeno inquieto e, em seguida, dirigiu seu olhar para Leo, falando suavemente: - Meu filho, não precisa se preocupar em fazer um teste de paternidade com o Tio. Se essa notícia se espalhar, acabará se tornando uma piada. Vamos deixar pra lá.O tom de Paulo ainda era gentil e acolhedor, mas não havia nenhuma intenção de recuar em suas palavras. - Se Pedro fez algo errado e causou problemas ao Tio, pode me contar. Não
Assim que ouviu isso, a situação mudou repentinamente e se voltou contra ele mesmo. Pedro coçou a cabeça, embaraçado, e lançou um olhar de socorro para Paulo.Mas Paulo não disse nada. Pedro sabia o quanto ele era importante para Ana. Hoje, o pequeno escapou sem se importar, e isso não era algo insignificante.Portanto, ele não poderia ser indulgente com o comportamento mimado do pequeno.Vendo que Paulo não tinha intenção de falar por ele, Pedro teve que olhar para Ana inocentemente e piscar os olhos. - Eu só não quero que ele machuque a mamãe.Ana ficou surpresa. Desde que Pedro voltou ao país, ela nunca mencionou a existência de Leo para ele. Como o pequeno sabia sobre ele? Ou talvez, Pedro soubesse algo mais?Uma dúvida surgiu na mente de Ana. Ela rapidamente levou Pedro para casa, se preparando para interrogá-lo seriamente.Paulo originalmente planejava acompanhá-los de volta, mas de repente recebeu uma ligação sobre um paciente à beira da morte, pedindo sua ajuda médica.Embora
Ana não percebeu nada de estranho no estacionamento. Agora, sua mente estava cheia de coisas entre Pedro e Leo.Ela sabia que Pedro sempre foi uma criança inteligente, até mesmo sua inteligência era um pouco alta para sua idade, às vezes ela nem era sua oponente.Depois de entrar no carro, Ana fez o pequeno sentar na cadeirinha de segurança e se comportar bem. Ela dirigiu até um parque vazio.Em seguida, Ana falou seriamente: - Pedro, sobre Leo, o que você realmente sabe, o que aconteceu hoje afinal?Pedro entendeu que essa história não pôde ser enganada, ele suspirou e disse: - Mamãe, aquele dia eu ouvi você brigando com ele, então fui procurar quem era essa pessoa e descobri que ele se chama Leo. Lembro-me de você costumava ter pesadelos, e você chamava esse nome Leo, eu acho que ele deve ter te maltratado, então eu tenho que me vingar.Ana arregalou os olhos, ela costumava ter pesadelos de vez em quando, mas não esperava que Pedro, tão pequeno, se lembrasse tão claramente desse as
Pedro olhou para a expressão séria de Ana e, por fim, concordou com a cabeça, sem mais argumentos.A mamãe já havia procurado por ele o dia todo e estava cansada. Ele não queria colocá-la em uma situação difícil.Pensando nisso, Pedro se deitou obedientemente nos braços de Ana, dizendo: - Não importa o que você faça, mamãe, eu te apoio. Só saiba que Pedro te ama para sempre. Eu não farei mais coisas imprudentes para te preocupar.A voz do pequeno era suave, e isso aqueceu o coração de Ana.Ela acariciou gentilmente o pequeno, sentindo o cheiro agradável que ele exalava, sentindo-se incrivelmente tranquila.Poderia olhar para seu tesouro, tão inteligente, tão sensato, e não tinha mais nada do que poderia desejar.Enquanto Pedro estivesse ao seu lado, ela poderia suportar qualquer sofrimento.Mãe e filho desfrutaram silenciosamente de um momento de tempo juntos, quando, de repente, o som de um telefone tocou na pequena cabine do carro.Ana olhou e viu que era a professora do jardim de i
Quando o chefe disse isso, Ana olhou para trás e viu que ninguém mais estava pensando em se recusar a ir...Ana engoliu as palavras que estavam prestes a sair de sua boca.Afinal, se o chefe falou assim, encontrar desculpas para não participar faria com que ela parecesse antissocial.Ana pensou um pouco e considerou que Leo estava tão ocupado que talvez ele nem fosse, e mesmo se fosse, ele poderia não ter tempo para se preocupar com ela. Não precisava se preocupar demais.Enquanto pensava nisso, o chefe anunciou o fim da reunião. Ana olhou para o relógio, organizou os documentos que trouxe e voltou para o escritório, antes de ir buscar Pedro no jardim da infância.Depois de passar por tantos problemas hoje, ela precisava pegar cedo o pequeno para poder se acalmar.Quando Ana chegou ao jardim da infância e saiu do carro, viu várias pessoas esperando pelos filhos. Ela ficou atrás da multidão, olhando para o celular, esperando Pedro sair.Depois de um tempo, o sino tocou indicando o fim d
Ana estava sentada no canto, segurando uma bebida fornecida pelo evento, tomando pequenos goles.Ela não era muito sociável por natureza e não tinha nenhum hobby extravagante, só precisava seguir o fluxo.Depois de um tempo, um estrangeiro de cabelos loiros e olhos azuis se aproximou de Ana.- Ana, faz tempo que não nos vemos.- Faz tempo mesmo, Spencer.Este projeto foi muito valorizado, então a sede enviou alguém, e Spencer era justamente o antigo chefe de Ana, que sempre admirou suas habilidades. O reencontro trouxe muitos assuntos para conversarem.Depois de um tempo conversando, a música elegante começou a tocar no local, parecia que era hora de dançar uma dança social.Ana não estava interessada nisso, mas Spencer parecia animado e a convidou: - Ana, vamos dançar?Ana hesitou, queria recusar, mas Spencer estava animado demais e a puxou para a pista de dança.Nesse ponto, Ana não podia mais recusar, só podia acompanhar e dançar.No entanto, por não ter praticado por muito tempo,