Ana temia que Luana pudesse descontar sua raiva na mãe devido ao que ela acabara de dizer, então imediatamente ligou para ela:- Minha mãe falou impulsivamente por causa da emoção. Por favor, não a machuquem, ela está muito frágil agora.Luana respondeu com um grunhido frio:- Enquanto a sua utilidade não se esgotar, é claro que vou manter ela viva. Quanto ao que farei, dependerá de você.Após soltar essas palavras, Luana desligou o telefone.Na verdade, Luana estava irritada com o que Claudia havia dito, mas sabia que, com a personalidade de Ana, ela não desistiria de salvar sua mãe. Pelo contrário, seria ainda mais submissa.- Fiquem atentos lá, não pode haver nenhum erro. Senão, vocês serão responsabilizados!...Depois que Ana se acalmou, enviou o vídeo que acabara de gravar para o hacker.Após um tempo, ele respondeu:- Ouvi alguns sons sutis no vídeo. Eu os analisei com a ajuda externa e descobrimos que se trará de uma língua rara. Apenas a País A a usa no mundo, então, sua mãe d
Os olhos de Leo estavam envoltos em sombras e, com indiferença, proferiu suas palavras:- Antes de mais nada, senhorita, não recordo de ter uma irmã como você, então não se aproxime de forma tão despretensiosa, me chamando de irmão. Além disso, a capacidade de pedir desculpas em nome de alguém, requer que você possua a devida qualificação.Desprezando suas palavras sarcásticas, Leo virou-se e abandonou o salão imediatamente.As pessoas que observavam não ousaram impedir seu gesto e, em vez disso, lançaram olhares de desdém em direção a Luana.- Essa mulher deve estar com algum problema mental. O Sr. Leo raramente comparece a jantares, mal consegui pronunciar uma palavra na frente dele e ela já o irritou a ponto de fazê-lo partir.- Ela é apenas uma mulher de poucas habilidades. Chegou perto dele e o chamou de irmão, mas ele sequer a conhece. Repulsivo, não acha?- Se me permitem dizer, os olhos do Sr. Leo são realmente aguçados, ele percebeu a verdadeira face dessa mulher num piscar de
Desde o dia em que Leo a trouxe para cá, esse homem nunca mais a procurou.Ana podia compreender. Com seu caráter orgulhoso, como ele poderia se interessar por alguém como ela, que se contentava com a decadência? Então, ela também não tentou contatá-lo.Não esperava que Ivan, de sua própria iniciativa, o trouxesse até aqui hoje, sem saber se ele ficaria irritado quando acordasse.Ana pegou o celular de Leo, pensou um pouco e ligou para João.Agora, os membros da família Santos olhavam para ela como se ela fosse uma fera destruidora. Se soubessem que Leo estava com ela, provavelmente pensariam que ela ainda nutria esperanças, e não importava o quanto tentasse se explicar, não seria suficiente.A única pessoa que Ana conseguia pensar e que não complicaria as coisas era João.João, vendo que era o telefone de Leo, atendeu casualmente:- O que houve, Leo? O que te fez pensar em mim?- Sou eu, Ana. Leo bebeu demais, você poderia vir e levá-lo embora? - Ana perguntou com um ar constrangedor.
Ana, por um breve instante, indefesa e desamparada, foi surpreendida por Leo, mergulhando suavemente em seu corpo. No entanto, o corpo imponente e caloroso dele atuou como um escudo humano, proporcionando um toque aconchegante, e embora seu coração tenha pulado algumas batidas, felizmente, ela não se feriu. - Você acordou? Se estiver desperto, por favor, solte minha mão. Vou preparar uma sopa para aliviar sua ressaca. - Murmurou ela, com um olhar suave e compassivo.Naquela posição íntima, Ana sentiu-se um tanto desconfortável. Estendendo o braço, delicadamente afastou-se do peito sólido de Leo, buscando criar uma distância entre eles. Leo, ao ouvir sua voz, abriu seus sonolentos olhos e fitou-a.A mulher diante dele, agora com uma leve coloração rubra nas faces, tinha olhos brilhantes e encantadores, como se envoltos por um véu de névoa, refletindo sua própria imagem. Seus lábios se moviam, mas ele mal prestava atenção às palavras que ela pronunciava, tão cativado estava pela sedução
Ana se encontrava imersa em pensamentos. Um tanto irritada, deu um beliscão na cintura de Leo. O homem adormecido apenas franziu a testa, sem despertar. Ao observá-lo dormindo tão profundamente, Ana não pôde deixar de revirar os olhos.Refletindo por um momento, colocou a mão livre de Leo sobre sua barriga com delicadeza. A pele do homem ainda emanava calor, uma sensação reconfortante que a envolvia. Afinal, ele possuía uma utilidade, pois era o pai biológico do filho que crescia em seu ventre. Talvez, ter mais proximidade agora compensasse a impossibilidade de proporcionar a seu filho uma família completa.Com esse pensamento em mente, Ana aninhou-se ainda mais junto a ele, sem fazer qualquer movimento. Aos poucos, o sono chegou e ela mergulhou em um profundo sono....No dia seguinte, Ana acordou, com a luz do sol entrando no quarto. Quando abriu os olhos, viu Leo ao seu lado. Ele parecia ter bebido muito na noite anterior e ainda estava dormindo.Ana não pôde deixar de suspirar. Ela
Paulo estava originalmente preocupado que Ana não atendesse sua ligação, mas quando a chamada foi atendida, ele se sentiu eufórico.Ele passou dias de recuperação na cama do hospital, sem qualquer chance de se conectar com o mundo exterior.Sem outra alternativa, Paulo teve que fingir cooperar, evitando perguntar sobre Ana recentemente, se mostrando indiferente para, finalmente, ganhar a confiança de Rafaela e ser liberado do hospital.Logo após conquistar sua liberdade, a primeira coisa que fez foi procurar Ana.Ele já soube, através de familiares, que seu tio havia se divorciado de Ana. Então, ela não era mais sua tia e ele estava livre para correr atrás dela legitimamente.- Ana, peço desculpas por não ter te procurado por tanto tempo. Antes, simplesmente não conseguia encontrar a oportunidade para contatá-la. Após seu divórcio, alguém te perturbou? Estou me esforçando para resolver as coisas em casa, peço que fique mais um pouco na Cidade S e espere por mim. Eu te levarei junto com
De repente, um sentimento de impotência avassalador invadiu o coração de Ana. Imediatamente, um desejo incontrolável surgiu dentro dela, ansiando por ligar para Leo e esclarecer, que jamais havia tido qualquer contato com Paulo, e que desconhecia completamente o motivo de sua busca incessante. No entanto, no meio da tentativa de ligação, Ana decidiu interromper a chamada abruptamente.Um sorriso irônico e enigmático desenhou-se suavemente em seus lábios. Quantas vezes, em vão, ela havia tentado explicar a verdade sobre sua relação com Paulo? E, no entanto, aquele homem, em algum momento, havia se convencido de que ela era uma mulher inconstante. De que adiantaria insistir em justificar-se?Apesar de pensar dessa forma, uma tristeza profunda e inescapável ainda assomava o coração de Ana. Após algum tempo, ela se recuperou, ponderou por um momento e finalmente decidiu ligar para Paulo.Embora não soubesse exatamente o que ele havia dito anteriormente, Ana suspeitava que Paulo poderia est
Ao ouvir o tom ocupado do outro lado da linha, Paulo esboçou um sorriso amargo, tingido de tristeza.- Ana, posso encontrar a felicidade sem você? Isso seria algo inalcançável... - As palavras escapavam de seus lábios, enquanto segurava o celular, seu olhar perdido fixado na parede, imerso em um transe profundo e melancólico.Naquele instante, Paulo começou a ponderar sobre os seus erros, reconhecendo que não esteve presente quando Ana mais precisava dele. Por causa desse equívoco, ele a perdera. No entanto, como poderia desistir tão facilmente da mulher que amara por tanto tempo?...Após encerrar a chamada, uma sensação de exaustão tomou conta de Ana. Mesmo sem ter feito nada demais, ela sentia uma fadiga que parecia emanar de seu âmago.Aquela fadiga roubou-lhe o apetite, que havia dedicado horas do seu dia para preparar o café da manhã, levando-a simplesmente a se atirar na cama e contemplar o teto. Enquanto divagava em seus pensamentos, o telefone de Ana tocou de forma inesperada.