- Estamos bem, mamãe, estou usando o celular de alguém para te ligar. Não posso falar muito, só queria te avisar para não se preocupar conosco. Cuide-se bem, vamos ficar bem. Se não conseguirmos nos ver em breve, tudo bem, um dia nos reencontraremos.Pedro também queria falar mais com Ana, mas, apesar de terem cooperado nos últimos dias, estavam sendo vigiados de perto, com medo de que fugissem.A oportunidade de pegar o celular surgiu quando um empregado entrou para limpar, e ele e Tomás conseguiram pegá-lo secretamente.Por isso, o tempo era precioso e só podiam dizer o essencial.Depois de falar, Pedro passou o celular para Tomás.- Diga algo também, mas temos que desligar logo e apagar o registro da ligação.Tomás pegou o celular.- Mamãe, eu e o Pedro vamos cuidar um do outro, não faremos besteiras. Não se preocupe conosco, cuide bem de si mesma e da vovó. Não deixe ela se preocupar com a gente. Ela foi enganada, não é culpa dela.Desde que voltou para casa, o carinho de Claudia a
O Grupo GK, também uma renomada empresa familiar local, era poderoso e, segundo constava, tinha um fundo monetário bastante profundo. No entanto, era bastante misterioso e discreto, por isso, poucos o conheciam.Anteriormente, o Grupo GK também havia competido com o Grupo Santos por um projeto, demonstrando sua notável capacidade financeira e força. Contudo, no final, foi o Grupo Santos que saiu à frente, conquistando o controle principal do projeto.Ana, pensando de todos os ângulos, percebeu que a única opção capaz de competir com o Grupo Santos era o Grupo GK. No entanto, seu presidente, Otávio Menezes, era conhecido por sua discrição e raramente aparecia em eventos sociais.Na situação atual, seria difícil para uma pessoa comum fazer uma diferença, deixando Ana um tanto indecisa.Mas, após apenas um momento de hesitação, Ana decidiu esperar do lado de fora do edifício do Grupo GK.De qualquer forma, ela tinha que tentar. Se Otávio estivesse disposto a ajudar, talvez pudesse aprovei
- Espere, coloque-a no chão. - Otávio, ao ver Ana nesse estado desgrenhado, finalmente falou, mandando que a soltassem.Ana, aliviada como se tivesse recebido um perdão, suspirou aliviada quando seus pés finalmente tocaram o chão.- Agora que é hora do jantar, que tal encontrarmos um lugar para comer e conversar?Otávio estendeu a mão, ajudando Ana. Ela tentou se esquivar, desconfortável, mas pensando que ainda precisava dele, conteve o impulso.- Tudo bem, se for conveniente para você.- Então vamos no meu carro, conheço um restaurante muito bom.Dizendo isso, Otávio puxou Ana em direção ao carro estacionado ali perto. Ana, não querendo discutir algo tão importante no meio da rua, acompanhou-o.Enquanto isso, em um carro não muito distante, em um local não observado, um homem estava gravando toda a cena com seu celular.Depois de gravar o vídeo, ele o enviou imediatamente para sua chefe, Mariana.Embora Mariana já soubesse que a mãe de Ana tinha saído do perigo de vida, mas ainda esta
No Restaurante, Otávio passou o cardápio gentilmente para Ana, permitindo que ela escolhesse o que mais lhe agradasse. Ana fez alguns pedidos ao acaso, pois não tinha interesse algum em verificar as delícias do menu; sua mente estava ocupada com formas de convencer aquele homem.Parecendo perceber o que se passava na cabeça de Ana, Otávio chamou alguém para servir chá. Só então ele tocou no assunto.- Ana, você veio me procurar desta vez dizendo que tinha algo muito importante a discutir. O que seria? Considerando a sua posição, me procurar assim poderia causar um mal-entendido desnecessário com seu marido, não acha?- Eu e ele já nos separamos. Não posso revelar os detalhes, mas tenho algumas informações sobre a família Santos. Sei que você tem procurado uma oportunidade para derrubar o Grupo Santos, então, gostaria de saber se estaria interessado em colaborar comigo.Ana foi direta ao ponto.Otávio arqueou uma sobrancelha.- Então, você foi abandonada por Leo e agora veio me procurar
Como empresário, desde que se pudesse alcançar o objetivo, faria qualquer coisa, muitos eram assim, e ele não era exceção.Já Ana, uma idealista até o fim, mantinha seus princípios mesmo nessas circunstâncias.Isso fazia Otávio achar que ela era um pouco rígida e tola, mas não a desgostava, pelo contrário, despertava seu interesse.Ana se sentia desconfortável sob seu olhar, mas, por sorte, o celular de Otávio tocou, desviando seu olhar inquisitivo por um momento.A chamada era de um subordinado, informando Otávio que, após verificação, aquele vídeo era real. Ele também havia investigado a situação da mãe de Ana, que não mentiu, Claudia estava realmente no hospital, em coma, se tornando uma pessoa em estado vegetativo.Ao confirmar a verdade, Otávio acenou com a cabeça, desligou o telefone e estendeu a mão para Ana.- Ana, acho que aceitarei sua proposta.Ana suspirou aliviada e apertou a mão de Otávio, mas para sua surpresa, ele segurou firme e não a soltou.Ana tentou retirar sua mão
- Não tenho interesse em me vingar dele com essas palhaçadas. - Disse Ana, com uma atitude fria, sem querer discutir mais sobre o assunto.Seu relacionamento com Leo já a fez perder muito; agora ela não tinha nenhum interesse em falar de amor e romance. Além disso, ela não acreditava possuir um charme tão irresistível a ponto de fazer Otávio, um veterano dos círculos de entretenimento, se apaixonar por ela à primeira vista.Esse homem, em tudo que fazia, buscava algum benefício. Ela só queria usar seu poder para fazer Mariana pagar por suas ações. Quanto ao resto, ela não tinha nenhum interesse em participar.Vendo a expressão fria de Ana, Otávio achou ainda mais interessante.Ele estava acostumado a ser cortejado pelas mulheres, até mesmo se sentindo incomodado às vezes. De repente, uma que era indiferente aos seus avanços aparecia, acendendo seu desejo de conquista.- Ana, você fala tanto, será que ainda não superou seu ex-marido? Se for assim, como posso ousar cooperar com você? Se
Ana chocou-se contra o peito robusto do homem, sentindo metade do corpo formigar.Levantando a cabeça, viu Leo à sua frente. Sem pensar, ergueu a mão para lhe dar um tapa.Porém, antes que a mão descesse, Leo a segurou firmemente.Vendo que Ana ousava levantar a mão contra si, o belo rosto de Leo tornou-se ainda mais frio e sério, seus olhos irradiando uma frieza intimidante.Já apertando o pulso de Ana com força, sua raiva o levou quase a esmagar os ossos dela.O rosto de Ana foi ficando vermelho, mas ela se recusou a implorar por misericórdia, mantendo um olhar de desprezo para ele.Otávio, interrompido em um bom momento, estava inicialmente irritado com a intrusão na sala privativa, sentindo-se desafiado.Mas ao ver Leo, seu interesse foi imediatamente despertado.Pelas palavras de Ana, parecia que ela já tinha rompido completamente com Leo.Contudo, pela expressão de Leo, não parecia ser alguém que não se importava.Seria por amor ou pelo desejo possessivo típico dos homens? Otávio
Ana olhava para Leo com um olhar frio e distante, como se estivesse encarando seu pior inimigo. Mas logo percebeu que, na realidade, Leo era seu inimigo, não era mesmo? Ele havia levado embora seus dois filhos, e sua mãe havia se tornado uma vegetal por causa da mãe dele. Como ela poderia ter um pingo de misericórdia por ele?O olhar penetrante de Ana feria o coração de Leo. Como ela podia olhá-lo com tanta frieza, sem um traço de carinho, sem nem sequer uma ponta de culpa, apenas com ódio? Ela, que tinha traído o amor entre eles, de onde tirava o direito de odiá-lo?Leo, com fúria, segurava firmemente o pulso de Ana, arrastando-a para fora. Ana resistia, mas como poderia se comparar à força bruta de Leo, que naquele momento parecia um animal selvagem em fúria?Otávio, ao testemunhar a cena, manteve-se à distância, apenas observando. Ana até que era interessante para ele, mas não valia a pena confrontar Leo, furioso como estava. Haveria outras oportunidades para usar Ana a seu favor. A