Neelam foi para o quarto, chorando. Merlyn se conteve para não segui-la. Ela precisava de um tempo para decidir se queria ficar com ele ou voltar para a casa. Ele torcia para que ela não escolhesse voltar porque depois daquela fuga, sem sombra de dúvida, Mikaela a levaria para outra cidade, e Stefano não facilitaria para ele. Seu pai já havia ameaçado interná-lo. Merlyn estava com medo de ir para o hospício, mas, estava com mais medo de ficar afastado de Neelam porque ele a amava.
Neelam estava com medo. Merlyn sentia isso. Ela não era tão forte ou ousada quanto desejava ser, mas se ela estava tão insegura agora, a culpa era dele, e ele precisava assumir uma postura dominante para passar a sensação que sabia o que estava fazendo, ainda que não soubesse.
Neelam não de
Merlyn voltou ao apartamento, mas não encontrou Neelam. Se lembrou dos anarquistas que viu no mercado e supôs que eles estivessem com ela.vSem perder tempo, ligou para a sua casa. Sua mãe lhe atendeu.— Onde ela está? Se a machucar, eu juro que...— Ela está bem. Não se preocupe, querido. — Karin disse — Achou mesmo que podia fugir de nós?— Eu tinha que tentar alguma coisa. A mãe dela a levaria para longe. — Merlyn disse.Karin riu.— Oh, e você acha que ela fará o que quando encontrar a filha? Você não tem noção dos problemas em que me envolvi por SUA causa! Eu deveria internar você.— Estou voltando para casa. — Merlyn desligou o telefone.&
Neelam não queria voltar ao colégio porque achava que não teria forças para encarar Merlyn depois que ele terminou com ela, mas a sua mãe insistiu para que ela fosse e prometeu transferi-la para outro colégio em breve.O prédio parecia mais sombrio que o habitual e isso só fez com que a garota sentisse menos vontade de ir adiante. Ela ficou parada, desejando que Elaina aparecesse de repente e lhe dissesse para fugir para a praça e ficar por lá até o fim das aulas, mas Elaina não apareceu. Certamente, ainda estava com raiva dela.— Eu posso te pagar um sorvete?Neelam se virou depressa e não reconheceu o garoto que falou com ela.Ele era muito atraente e tinha um sorriso que iluminava tudo ao seu redor. Não combinava com ela, que estava tão quebrada e sentia vontade de sair dali, correndo e chor
Neelam procurou por Kendall pela casa, mas não o encontrou. Saiu para procurar no quintal e quando passava perto da piscina, foi cercada por dois rapazes. Eles insistiram para que ela entrasse na piscina com eles, mas ela se recusou. Brielle passou por ela, viu o que estava acontecendo, mas não fez nada para ajudá-la. Neelam já começava a ficar nervosa quando teve uma ideia. Pediu para os rapazes entrarem na piscina primeiro. Um deles se despiu, ficando apenas de cueca e entrou na água.— Sua vez. — O rapaz que ainda estava vestido, disse.— Pode me dar um gole, antes? — Neelam disse, aproximando sua mão do copo que ele segurava.Ele lhe entregou o copo e Neelam cheirou a bebida. Cerveja. Ela jogou o líquido no rapaz e correu.
Quando estava na casa de Ammarah, Neelam se sentou em um dos degraus da escada porque achou que ali, Kendall a encontraria facilmente e esperou por ele. Alguns minutos depois, ele veio, parecendo nervoso, e disse que aquela festa estava chata. Neelam concordou. Kendall sugeriu que eles fossem para outro lugar e os dois foram dar uma volta na cidade. Eles saíram antes da confusão, por isso, não faziam ideia de que alguém morreu na casa de Ammarah. Neelam preparou chocolate quente para Kendall e os dois se sentaram em frente a TV para assistirem a um filme. Neelam adormeceu com a cabeça no ombro de Kendall. Ele esperou até que o filme terminasse para despertá-la, se despedir e ir embora antes que a mãe dela voltasse do trabalho. Na manhã seguinte, Neelam se arrastou da cama até o banheiro, se arrumou, tomou café e saiu de casa. Duke estava esperando por ela.
Neelam acordou de madrugada com sede e se levantou, tomando cuidado para não acordar as garotas. Enquanto passava pelocorredor, notou que uma porta estava entreaberta. Curiosa, se aproximou e espiou, vendo Killian tirando a parte de cima do pijama.Ela se lembrou do que dissera mais cedo e concordou que ele parecia mesmo um anjo. De repente, Killian viu Neelam o espiando, mas, antes que pudesse dizer qualquer coisa, a garota recuou e voltou correndo para o quarto de Gillian.Na manhã seguinte, as garotas foram para o quintal depois de tomarem café. Neelam estava sem graça por ter espiado Killian na noite passada e estava preocupada com o que ele pudesse pensar dela. E pensando no diabo, ou, o melhor, no anjo… Killian veio até o quintal, trazendo uma cadeira e um livro e se sentou a uma distância das garotas.<
Neelam abriu seu armário e um envelope com seu nome caiu no chão. Ela se agachou rapidamente e pegou o envelope, o abriu e tirou de dentro dele uma folha onde estava escrito o seguinte:"Você partiu o meu coração ao sair com outro. Senti tanto ciúme, você nem imagina, eu só queria matar aquele imbecil. Deve estar se perguntando quem sou eu. Eu venho te amando em segredo por muito tempo, mas não direi meu nome. Deixarei que você descubra. De seu admirador secreto".Neelam releu a folha, tentando adivinhar quem poderia ser o autor dela e só lhe veio uma pessoa em mente, Killian. De alguma forma ele descobriu que ela foi para a casa de Duke e não gostou."Sem compromisso", ele dissera antes de beijá-la, mas pelo visto, algo o fez mudar de ideia. Neelam guardou a folha de volta no envelope e pegou seus livros antes de ir pa
Anderson estava sentado em um banco quando viu Juno se aproximar. Ele acompanhou o movimento de sua cintura enquanto ela caminhava e quando ela parou diante dele, ele encarou seus belos olhos azuis.— Oi, Dru? Queria te dizer que a Gillian vai dar uma festa maneira no próximo final de semana e que estou vendendo as entradas para o evento. Você estaria interessado.— Hmmm... — Anderson sorriu, ajeitando sua touca. — Por que não?— Um ou dois? — Juno disse.— Um. Eu não tenho acompanhante. — Anderson disse, pegando sua carteira. — Quanto é?— Vinte. — Ela sorriu, mordendo o lábio.— Você... Vai estar lá, não vai? — ele disse, lhe pagando.— Eu não perderia por nada. — Juno disse.
Merlyn ouviu calado tudo o que sua mãe lhe disse e tomou seu comprimido quando ela lhe deu. Ela lhe disse que ele voltaria para a casa porque assim ela poderia cuidar dele. Ele não protestou. Arthur foi até o apartamento do irmão e pegou as coisas dele.Merlyn foi para o banheiro e ficou de molho na banheira até começar a sentir o efeito do remédio. Ele saiu da banheira, se enxugou e vestiu um pijama que sua mãe deixou em cima da cama, e se deitou, adormecendo. Ele sonhou que havia voltado com Neelam, que os dois estavam juntos no apartamento dele e que ela pintava o rosto dele enquanto o chamava de seu palhacinho. Ele riu alto, tão feliz, porém, aquele doce sonho não durou muito e ele acordou, sentindo frio.— Bonequinha? — Merlyn pensou ter sentido o perfume dela, mas logo se deu conta de que era só a sua imaginação o torturando. Ele se levantou e pegou outro cobertor, se de