Gustavo
Então é assim? Eu me afasto por alguns dias e ela já está nos braços de outro cara?
Que merda, Gustavo, do que você está reclamando, cara?
Esse é o acordo, certo? Olho para trás, para a nossa mesa, encontrando o olhar devorador da garota ainda em cima de mim e juro que consigo ver em suas retinas algumas insinuações atrevidas.
Vai lá cara, é a sua presa dessa noite. Digo para mim mesmo e com uma respiração profunda, guardo o celular no bolso do meu terno e volto para a mesa, e sem qualquer aviso seguro na mão da garota e a tiro dali.
— Nossa, que afobação!
Daphne cantarola, soltando um risinho quando a prenso com violência contra uma parede e começo a beijar o seu pescoço, levando uma mão atrevida para a sua bunda e afasto a sua saia, deixando
Gustavo— Perfeito! — Jacob sibila satisfeito.Perfeito? O que está perfeito?A verdade é que quero ordená-lo que fique bem longe dela. No entanto, o conheço muito bem e sei que se ele perceber que ela está em outra simplesmente irá se afastar. Saber disso aquieta o meu coração.Fitar o seu sorriso largo me faz perguntar desde quando ele tem algum interesse na minha… na Vitória?Minha Vitória? Desde quando uso esse pronome possessivo, pelo amor de Deus!Almoçamos no mais completo silêncio, o que não é um hábito nosso já que costumo aproveitar cada minuto livre para decidir algumas coisas de trabalho. No entanto, Jacob está mexendo o tempo todo no seu celular e eu juro que estou a ponto de tirar essa droga de aparelho das suas mãos e lançá-lo para bem longe de nós. Contud
Gustavo— Que droga, Gustavo! — Escuto a voz estridente de Jacob e sou puxado bruscamente de cima do cabeludo. Logo dois homens me seguram no meu lugar e outros dois seguram o tal Javier bem longe de mim. Contudo, o fato de Vitória ir cuidar dele me deixa em chamas.— Me solta! — rujo em cólera, ansiando partir para cima dos dois e tirá-la de perto dele, porém, eles não me largam, forçando-me a ficar no meu lugar.No segundo seguinte Vitória se afasta dele. Entretanto, ela me fita com frieza e irritada. Engulo em seco e me forço a livrar-me do agarre dos homens.— Vai com calma, Gustavo. — Jacob pede cauteloso. No entanto, ajeito o meu terno no meu corpo e me aproximo dela. Puto da vida seguro no seu braço e mesmo contra a sua vontade a levo para as escadas, adentrando o meu escritório em seguida e fecho a porta com chave.— O que p
TucaNão sei se é impressão minha, mas tudo parece diferente agora. O seu toque, os seus beijos, a sua respiração. Gustavo continua impetuoso, mas de uma forma delicada. Suas mãos permanecem ousadas, mas de um jeito amável e seus beijos ainda são ardentes, e exigentes, porém, tem um teor de veneração neles. E ainda assim ele consegue me incendiar, me envolver e me seduzir de um jeito intenso que só ele sabe fazer. Em algum momento ele para tudo e simplesmente encosta a sua testa na minha. Estamos ofegantes e desejosos, e queremos a mesma coisa. Ansiamos um pelo outro.Então, por que ele parou? Afasto-me um pouco para olhar dentro de seus olhos e tentar descobrir o que está se passando, porém, encontro o medo estampado em suas retinas. Definitivamente Gustavo Peterson não é mais o mesmo. Penso quando o encontro vulnerável, fr&aac
TucaNo dia seguinte…Abro uma brechinha de olho, sentindo-me atônita ao perceber os móveis diferentes dentro do quarto e um sorriso preguiçoso se espalha pelo meu rosto quando me lembro exatamente de onde estou e como cheguei até aqui. Portanto, viro-me devagar na cama, porém, a decepção logo me preenche, quando percebo que estou sozinha nessa enorme cama quadrada.Suspiro frustrada, sentando-me no colchão.Logo os meus olhos percorrem as paredes claras e param em cima de um enorme quadro pintado a óleo, cuja imagem revela o tronco sarado de Gustavo Peterson desprovido de uma camisa e o seu rosto está virado para o lado como se fitasse algo. O fundo do quadro é preenchido por um quebra-mar com ondas revoltosas.Devo dizer que é um espetáculo de imagem! Penso, soltando mais uma respiração baixa.Entretanto, olho ao meu redor e com curiosidade vou até um criado mudo onde um porta-retratos mostra a linda imagem de um garoto abra
Tuca— O que aconteceu com a Fofinha? — questiono um tanto curiosa. Não que eu morra de amores pelo apelido, mas gostaria de saber o que mudou.Entretanto, Gustavo arqueia as sobrancelhas para a minha pergunta, ficando sério no mesmo instante.— Eu escolhi esse apelido porque sabia que te desagrava e sempre que entrávamos em uma conversa mais íntima o usava para me lembrar de que tudo não passava de um envolvimento casual. Era uma maneira de te afastar de mim, entende? Uma linha tênue que fiz questão de pôr nós dois.Faço um sim com a cabeça.— E por que, Vi? — Dessa vez ele sorrir e os seus olhos ganham um brilho lindo.— Por que, não gostou? — respondo-lhe, fazendo uma careta para ele.Seu sorriso se amplia, tornando-se brincalhão.— Sério? Eu achei fofo. — Gustavo d&aa
TucaO pior já passou, não é? Penso enquanto aguado os homens retornarem da tal conversa.Em algum momento pego o celular para ligar para Val e saber como as coisas estão. Desde que Mirela decidiu acabar de vez com essa sua fixação declarada pelo seu ex, ela ficou um pouco para baixo. E como estava bem perto do seu aniversário, decidimos animá-la um pouco fazendo aquilo que ela mais gosta nesse mundo…Curtir.E foi aí que Gustavo entrou nessa brincadeira oferecendo-nos a sua boate para uma comemoração surpresa para ela. Eu só precisei unir o útil ao agradável. Ou seja, além de comemorar também o apresentarei como meu namorado para todos os meus amigos.Dá até um curto-circuito pensar nele assim.O problema é fazer a turma entender isso já que o Senhor Lúcifer partiu o meu cora&cced
TucaDo lado de fora é possível sentir a batida da música alta que vem lá de dentro da Moom e aquela fila costumeira na calçada, especialmente hoje não está lá. Assim que sai do carro, Gustavo abre a porta para mim, cruzando os seus dedos nos meus para em seguida caminharmos para a entrada. Lembrar da última vez que estive nesse lugar me causa um certo frenesi, mas também me faz rir. Logo que ele abre as portas me dá passagem e na sequência somos cobertos pelas luzes coloridas que correm para todos os lados do grande salão. E mesmo sendo uma surpresa de aniversário, parece que toda a Seattle está aqui dentro.— Tuca? — Val me chama, acenando para mim do outro lado do salão e imediatamente puxo na sua direção. — Até que enfim você chegou! — A garota ralha um tanto animada, me abraçando no ato. — Oi, Gustavo! — Minha amiga cantarola, deixando um beijo comportado no seu rosto. Contudo, antes que ele consiga responder ao seu comentário, a voz Javier soa bem atrás
GustavoNa noite do jantar na mansão Peterson...A mansão Peterson era o último lugar que eu queria estar agora. Olhar para a sua fachada através dos vidros transparentes do meu carro me traz lembranças dolorosas de uma vida fria e vazia, de descaso e abandono. Com certeza a única coisa que me fará sorrir nesse lugar serão os empregados que me trataram como se eu fosse um pedacinho de suas famílias.Respiro fundo quando o automóvel estaciona em frente as portas largas de madeiras bem alinhas e a Senhora Flora surge abrindo um sorriso trêmulo, provavelmente ela deve estar nervosa ou ansiosa com a minha chegada. Contudo, não tenho a menor vontade de sair do meu lugar. Entretanto, a mão morna de Vitória pausa sobre a minha e me disperso dos meus pensamentos doloridos, para fitar os seus olhos brilhantes e sorridentes.— Pronto? — Ela inquire docemente.Meneio a cabeça em resposta.— Não, mas não tenho como fugir disso, certo?—