Não eram para ser chifres! 

Pouco antes de conversar com Arthur Garcia, pedi à minha secretária que não me interrompesse, a não ser que fosse por um motivo grave. Abri a porta e fiz sinal para que o Doutor Garcia entrasse. Indiquei a cadeira que ficava de frente para a minha mesa e franzi o cenho. Tive que adiar mais uma reunião devido à porra daquele bilhete. Enfiei as mãos nos bolsos e fiquei em silêncio.

— Você está diferente, quase não te reconheci. — Os lábios dele se esticaram num sorriso.

Eu não lembrava do doutor Arthur Garcia, como sempre digo, não sou obrigado a forçar simpatia. 

— Uma das recepcionistas me mostrou quando você entrou no saguão do hospital.

Dei as costas para o homem compacto e contemplei a bela vista do Corcovado que se descortinava da janela. Vislumbrei a imagem

Yana Shadow

Oi, amores! Deixar uma nota explicativa sobre esse capítulo: RQE é o Registro de Qualificação de Especialização, ou seja, é uma qualificação complementar que é tão ou mais importante que o CRM. Sobre os chifres na réplica da estátua de Moisés de David Michelangelo, Alexander deixou a visão dele sobre a tradução errada de "Keren" que se referia a “chifres”. O termo chifrudo ligado a Moisés foi usado por muitos artistas no Renascimento, assim como Michelangelo que interpretou literalmente para a construção da estátua. O termo original é precisamente “karen” que significa “luz”. Portanto, Moisés tinha dois raios de luz que saíam de sua testa e não chifres. Entretanto, segundo o doutor Bittencourt, Sophie realmente tinha "chifres". Ah, alguém notou que o livro está de capa nova? E aí, gostou? Mais tarde, publicarei mais um capítulo... ('',)

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