Pouco antes de conversar com Arthur Garcia, pedi à minha secretária que não me interrompesse, a não ser que fosse por um motivo grave. Abri a porta e fiz sinal para que o Doutor Garcia entrasse. Indiquei a cadeira que ficava de frente para a minha mesa e franzi o cenho. Tive que adiar mais uma reunião devido à porra daquele bilhete. Enfiei as mãos nos bolsos e fiquei em silêncio.
— Você está diferente, quase não te reconheci. — Os lábios dele se esticaram num sorriso.
Eu não lembrava do doutor Arthur Garcia, como sempre digo, não sou obrigado a forçar simpatia.
— Uma das recepcionistas me mostrou quando você entrou no saguão do hospital.
Dei as costas para o homem compacto e contemplei a bela vista do Corcovado que se descortinava da janela. Vislumbrei a imagem
Oi, amores! Deixar uma nota explicativa sobre esse capítulo: RQE é o Registro de Qualificação de Especialização, ou seja, é uma qualificação complementar que é tão ou mais importante que o CRM. Sobre os chifres na réplica da estátua de Moisés de David Michelangelo, Alexander deixou a visão dele sobre a tradução errada de "Keren" que se referia a “chifres”. O termo chifrudo ligado a Moisés foi usado por muitos artistas no Renascimento, assim como Michelangelo que interpretou literalmente para a construção da estátua. O termo original é precisamente “karen” que significa “luz”. Portanto, Moisés tinha dois raios de luz que saíam de sua testa e não chifres. Entretanto, segundo o doutor Bittencourt, Sophie realmente tinha "chifres". Ah, alguém notou que o livro está de capa nova? E aí, gostou? Mais tarde, publicarei mais um capítulo... ('',)
Eram 9 horas da noite quando estacionei o meu carro em frente a casa de Nicole no subúrbio do Rio. Tirei o cinto e olhei através da janela do carro, a luz da sala ainda estava acesa. Saí do meu automóvel e passei pelo pequeno portão branco com ferrugens. — Nicky! — Tirei os meus óculos e toquei na porta. Passei a tarde toda refletindo sobre o que Jenny disse pouco antes da consulta, por omitir tantas coisas da minha esposa, eu estava sozinho numa casa luxuosa e gigantesca. ― O que faz aqui? ― Os olhos amendoados me avaliavam. ― O Alex está dormindo, está tarde! Ouvi o barulho da televisão e permaneci em pé na porta. Eu ainda usava a mesma roupa. ― Você está bem? ― Tocou no meu braço. ― Entre! <
Eram 7 da manhã quando acordei com o som melodioso da música Sweet Child Of Mine, do Guns N' Roses, que tocava no meu iPhone. Pulei da cama e então rejeitei a ligação. Não demorou muito até que recebi outra mensagem de Josephiné pedindo que eu fosse buscar a minha filha. Olhei para o anjo que dormia serenamente sobre a cama com o lençol bagunçado. Fui direto para o banheiro e entrei embaixo do chuveiro. Um jato de água caiu sobre as minhas costas, fechei os olhos e ensaboei o meu corpo. A noite com Nicole me deixou mais tranquilo, porém, eu ainda estava aflito pela insistência dela em morar naquela casa. Enxuguei meu corpo com a toalha que estava pendurada na porta de acrílico cinza no box do banheiro. Coloquei a calça e vaguei pelo corredor estreito, meus pés descalços tocaram o piso gelado até a cozinha. Abri a porta do armário branco da cozinha pendurado na parede. Tinha dois pacotes de bolachas e a me
No fim de semana, fiz de tudo para evitar brigas, queria que a Nicole se sentisse segura em nossa nova casa. Meu filho ficou animado assim que entrou no quarto e observou o papel de parede. Tinha alguns prédios que remetiam à cidade de Gotham City e formavam uma paisagem. Como sempre, Nicky reclamou, aparentemente, eu estava mimando Alex demais, acredito que sua hostilidade era devido aos hormônios. Após pedir uma pizza, fui até o meu escritório para conversar com o meu advogado. Dei um suspiro pesado, peguei o telefone e liguei para Eliel Klein, queria saber o que poderíamos fazer para colocarmos Joanna atrás das grades. Embora fosse quase 9 horas da noite, ele atendeu bem mais rápido do que eu esperava. Falamos por quase dez minutos, me despedi e encerrei a ligação assim que ouvi as batidas na porta. — Entre! —
Olhei da porta fechada para Nicole. Eu estava pronto para penetrá-la, mas Annie tocou na porta mais uma vez. — Peça para ele aguardar alguns minutos. Afastei-me e ajeitei as minhas calças, Nicole estava me olhando com um ar de decepção, pelo menos ela sabe como eu me sinto quando ela me rejeita. — Você está bem? — indagou-me. — Estou! — Peguei em seus braços e ajudei a descer da mesa. — Tem certeza? Ela chegou mais perto e mostrou um sorriso, senti as mãos dela fechando o zíper da minha calça. Enterrei os dedos nos fios dos meus cabelos e joguei para trás. Estava de pau duro e nervoso com aquela interrupção. Ni
O desespero é algo terrível. Eu não sabia onde Nicky estava, se ela estava com fome ou se estava viva. Aquela situação parecia não ter saída, eu falava sem parar com o delegado Peçanha, amigo e ex-paciente do meu pai, e pedia para ele encontrar a minha esposa. Saí do escritório da minha casa e fui direto para a sala de estar. — Alexander, se acalme! — Senti a mão de Jenny tocar as minhas costas. — Eles estão verificando as câmeras e fazendo o possível para encontrar a Nicole. — E se isso acontecesse com a Lana? — Mexi nos óculos. — Entendo, amigo! — Não, você não entendeu porra nenhuma! — 8, deixei ela voltar para casa sozinha devido à porra daquela reunião, o seu primo não parava de falar. — C
Eram 8 da noite e, até aquele momento, eu não recebi notícias de Nicole. Rosa terminava de dar o depoimento ao delegado Peçanha, às vezes se emocionava e bebia um copo de água. Acho que o delegado foi um pouco rude e isso a assustou bastante. — Faremos o que puder para encontrar essa tal de Joanna Moraes e o seu filho, doutor Bittencourt. — O homem atrás da mesa era firme nas palavras. Olhou para Rosa que mantinha a cabeça baixa. — A senhora está dispensada! Pense antes de omitir coisas tão importantes! Rosa e eu saímos da sala do delegado e rumamos pelo corredor estreito até o local onde Henry conversava com o agente disfarçado que vigiava o local onde deixou o dinheiro do resgate. Ergui os meus olhos e prestei atenção na movimentação estranha. Um dos policiais ofereceu um copo com águ
A minha mente tentava encontrar um jeito de fazer amor embaixo do chuveiro sem que aquele barrigão nos atrapalhasse. ― Quero você, Alexander! ― Nicole umedeceu os lábios. "Caralho, essa boca gostosa está me tentando." — Paciência, meu amor, eu ainda não terminei de te dar banho. O vapor dominava o ambiente ao redor do box quando inclinei a minha cabeça e lambi em volta da auréola do seu seio esquerdo. Minha mão percorria sua coxa até o meio de suas pernas. Estava deliciosamente quente e molhada para mim. Puxei o outro seio entre os meus lábios e os gemidos que saíam de sua boca me deixavam com mais vontade de sentir o gosto da parte molhada que comprimia o meu dedo. Fiquei de j
Na manhã seguinte, eu despertei abruptamente assim que escutei o grito de Nicole. Sentei e esfreguei os olhos. O outro lado da cama estava vazio. Levantei rapidamente e corri até o banheiro, olhei para o cesto do lixo e respirei aliviado assim que observei as peças de roupas sujas que ela usou no dia em que foi sequestrada. Recordar os últimos dois dias em que Nicole e minha filha estiveram em perigo, deixaram os meus músculos tensos. Me enfiei embaixo do chuveiro e tomei um banho rápido. Encarei o panaca com cara de animado enquanto eu fazia a barba. Nunca me vesti tão rápido para o café da manhã como naquele dia, coloquei a calça jeans e uma blusa de linho preta combinando com meus mocassins. Fui direto para o primeiro andar da casa e segui até a cozinha onde Lana e Jenny tomavam café com Nicole. ― Deu algum calmante natural para ele?