Capítulo V

Rodrigo D’Ávila 

Eu estava terminando de me vestir para o evento, e já sentia minhas mãos suarem. Seria minha primeira apresentação em público, e eu estava nervoso pois não sabia o que fazer, porém tirando a parte onde eu me desespero, eu me sentia feliz em saber que iria conhecer vários inscritos que já considero amigos.

Finalizo pondo um pouco do perfume que havia ganhado da minha mãe no último Natal, e dei uma analisada no espelho, eu estava usando uma camisa preta e por cima um moletom da mesma cor com o nome do meu canal estampado atrás, uma calça jeans escura e coturnos. Peguei meu celular e sai do quarto, me deparando com Otávio, que estava de braços cruzados encostado ao lado da porta do quarto onde a Melissa estava hospedada. 

Ele usava um jeans escuro com um moletom branco amarrado na cintura, camiseta da banda Metallica e um tênis all star. Sua expressão era de poucos amigos, e desde que "atropelou" uma moça no parque por culpa da  Elisa, o Otávio não parava de resmungar o quanto estava cansado daquela situação, mas mesmo assim ele não colocava um ponto final no relacionamento com a garota maluca. Revirei os olhos evitando pensar sobre isso hoje, afinal não queria bater novamente naquela tecla quebrada, eu já havia dito ao loiro o que achava daquele namoro. iria perguntá-lo perguntar por Melissa, mas a porta do quarto se abre revelando a ruiva que estava radiante usando um vestido curto, vermelho, com um singelo decote e um sobretudo preto, além de saltos da mesma cor. 

Eu nunca havia olhado para Melissa com alguma intenção que não fosse amizade, ainda mais sabendo que ela tinha um relacionamento sério com um dos meus amigos, porém era impossível negar o quanto ela era linda, e ficava ainda mais quando se arrumava para esse tipo de evento. Ela abriu um sorriso amarelo ao nos ver, e caminhou até nós. 

— Vamos? — Indagou e eu assenti checando a hora no celular, estávamos adiantados uma hora, assim como a produção do evento nos pediu. 

Caminhamos todos em silêncio pelos corredores, e por julgar pela expressão fechada da ruiva algo sério havia acontecido, e eu me pergunto o que poderia ter rolado de tão sério que fez Melissa Marini, perder seu costumeiro sorriso em um dia tão importante. Mas a resposta veio assim que o elevador abriu, pôs sentada em uma poltrona no hall do hotel estava Elisa, rolando o feed do i*******m e batucando as unhas enormes na perna.

Melissa fez questão de passar pela loira como se não a tivesse visto, e eu fiz o mesmo. De início eu até gostava da Elisa, mas logo que notei o modo como ela tratava o Otávio, perdi qualquer resquício de afinidade com a garota. Sem dizer nada, segui Melissa até a frente do hotel, onde uma equipe nos aguardava em frente a uma Van com o logotipo da empresa organizadora do evento. Cumprimentei algumas pessoas e entrei na Van sendo seguido pela ruiva, que havia parado para tirar foto com uma das moças da produção, quando Melissa entrou, a olhei e apontei discretamente para Otávio, que caminhava com Elisa ao seu lado.. 

— Hoje a noite será longa Rodrigo! — Ouvi a ruiva falar irritada pondo um sorriso falso no rosto e suspirei cansado.

Helena Luz

Eu estava tendo um colapso, faltava menos de duas horas para o evento começar e nenhuma roupa servia em mim, e para piorar, o ser humano que eu chamo de amiga estava jogada na minha cama mexendo no celular, e totalmente emburrada por eu tê-la convencido a ir naquele tipo de evento. Frustrada por mais uma roupa não ficar boa o bastante, lancei a peça sob Mariane que resmungou enquanto se sentava na minha cama com cara de poucos amigos.

— Helena, você já provou umas dez roupas e todas estavam ótimas! — Falou cruzando os braços e eu joguei uma mecha cacheada do meu cabelo, a morena fez questão de fazer babyliss nos meus fios loiros-rosados.

— Amiga, eu vou conhecer o Rodrigo D'Ávila, então no mínimo eu tenho que estar apresentável — Falei me virando e caminhando até o closet, mas dessa vez com Mariane atrás. 

Com uma expressão fechada Mariane começou a procurar algo entre as inúmeras roupas que haviam ali, enquanto minha amiga procurava algo para mim, a olho de baixo a cima, ela usava um salto nude, saia cintura alta que iam até metade das suas coxas, e uma camisa azul clara de gola alta e mangas, ela estava maravilhosa, e eu as vezes invejava como minha amiga ficava linda com peças tão simples, enquanto eu, demorava horas escolhendo algo que sequer ficava bom. Mariane virou-se para mim com um vestido branco em mãos e fiz careta ao ver aquele vestido, ele havia sido presente de Luiz e a morena sabia. 

— Você nunca quis usá-lo, não é? — Suspirei ouvindo sua indagação, Mari me entregou o vestido e me deixou sozinha no closet, fiquei olhando para aquele vestido simples de alças finas e me lembrei o que Luiz me disse quando me deu. 

“Você fica linda de branco, mal posso esperar para te ver entrando na igreja com um vestido dessa cor”

Senti um aperto no peito, porém espantei aquela sensação com o melhor sorriso que pude dar naquele momento. Vesti a peça que ficou perfeita em mim, o vestido ia até no meio da minha coxa, e havia caído bem no meu corpo, tendo em vista que ele era justo. Devido ao frio que fazia lá fora, decidi pegar um sobretudo rosa pastel e pus um scarpin branco, já que o evento era em um espaço social e no site frisava que deveríamos usar trajes a rigor. Sai do closet recebendo palminhas de Mariane, que me olhava empolgada. 

— Você está perfeita! — Falou me deixando envergonhada, e eu sorri sem graça enquanto pegava minha bolsa e via a morena pegar seu casaco e já chamar o Uber, já que a mesma estava com preguiça de dirigir. 

No carro Mariane estava entretida aconselhando o motorista que contou toda sua vida para nós duas, enquanto eu acompanhava os posts de fanpages do Rodrigo, muitas garotas estavam indo para o evento na esperança de uma foto com o moreno e isso me preocupava, com tantas pessoas indo no intuito de vê-lo, talvez eu sequer conseguisse o cumprimentar, e então teria ido em vão 

Quando enfim chegamos ao local, estava completamente cheio de gente, busquei Mariane com o olhar e ela sorriu me encorajando, caminhamos e logo fomos convidadas a visitar stands onde divulgavam produtos dos patrocinadores do evento e acabei me deixando ser guiada de stand em stand vendo mini palestras e ganhando diversos brindes legais, mas nada que fossem de meu interesse. 

Vi um pequeno tumulto mais ao lado e várias meninas gritavam e se espremiam enquanto tentavam passar, busquei minha amiga com o olhar e não encontrei. Movida pela curiosidade segui todas aquelas pessoas e fui jogada no meio daquele furacão de garotas eufóricas que se empurravam, meu coração falhou uma batida e um sorriso de orelha a orelha pintou em meus lábios quando vi Rodrigo D'Ávila ao lado de Melissa Marini, tentando passar enquanto várias pessoas tentava chegar até eles e tirar fotos, ou falar com eles. Alguns seguranças do evento barravam a passagem enquanto ambos eram guiados a um salão, onde o real evento VIP começaria, e era para aquele que eu estava ansiosa. 

O encanto cessou quando fui empurrada e cai, o tumulto ao meu redor só crescia conforme mais pessoas via os dois youtubers, minha respiração começou a pesar e senti meu corpo suar frio, busquei forças para levantar no meio de tantas meninas que sequer me ajudaram, apenas faziam mais e mais esforço para chegar no casal como se fossem deuses. Com dificuldades, saí dali e busquei meu celular discando o número de Mariane que sequer atendia. Eu caminhava sentindo que a qualquer momento iria cair, sentei em um banco e respirei fundo enquanto sentia minha visão voltar ao normal, sinto meu celular vibrar e o pego vendo uma mensagem de Mari. 

“Onde você está?” 

Olhei ao redor buscando um ponto de referência mas só via pessoas correndo para ver Rodrigo e Melissa. 

“Perto da multidão” 

Mariane não me respondeu, então apenas encostei minhas costas no banco de madeira e fechei os olhos respirando fundo. 

Mariane Medeiros

Molhei mais uma vez a minha mão com a água fria que saia da torneira, e passei a mão molhada no meu cabelo, tentando remover o resto de chocolate que haviam derrubado em mim, me olhei no espelho e constatei que eu estava um nojo, minha linda camisa de marca já era! 

Não sei onde eu estava com a cabeça quando aceitei vir nesse tipo de evento com a Helena, que por sinal nem está comigo, e nem estava quando esse desastre aconteceu. Mas ela havia me garantido que era um evento VIP, talvez por isso eu tenha aceitado tão facilmente entrar nessa furada. 

— Eu devo ter feito um grande mal para os loiros na vida passada — murmurei enquanto esfregava a mancha com um papel toalha na tentativa falha de limpar aquilo ali — Aquela megera… — joguei o papel toalha no lixo e peguei meu celular tirando uma foto da mancha e mandei para Helena. 

“Não tenho mais condições de ficar aqui Hele, me encontra na saída que nos despedimos” 

Pedi e logo a mensagem foi visualizada e a mesma respondeu com um emoji de polegar, o que eu odeio.  Respirei fundo me olhando no espelho pela milésima vez e sai do banheiro tomando um susto ao ver o rapaz loiro encostado na parede do corredor, mas o ignorei e iniciei a caminhada para fora dali, porém senti meu braço ser levemente puxado para trás. 

— Ainda precisa de algo? — Indaguei tentando controlar a ira em minha voz, e vi o sentimento de culpa nos olhos azuis à minha frente. 

— Sim, quero te pedir desculpas pelo que a Elisa fez — ele apontou para minha camisa e cabelo — você sequer me conhece e passou por tudo aquilo por minha culpa e…

— Tudo bem — O cortei puxando meu braço do seu toque, e percebi que sua expressão ficava cada vez pior — só acho que você deveria conversar com sua namorada sobre o ocorrido, não foi legal o que aconteceu — Fui sincera, mesmo sabendo que não deveria me meter no relacionamento alheio — Ah, e não deveria ser você a me pedir desculpas e sim ela. 

O loiro nada disse, apenas ficou cabisbaixo e perdido em seus próprios pensamentos, e eu definitivamente odiava o estilo de homem que Otávio Marini era. Sai do corredor que levava os banheiros e logo busquei a saída avistando os fios loiros com mechas rosadas da minha amiga, que estava distraída olhando para o pôr do sol, e por um momento me senti mal por ter estragado aquele dia que para ela deveria ser perfeito. 

— Helena — A chamei enquanto abria a câmera do meu celular, e a loira se virou para me olhar e de imediato tirei uma foto, a pegando desprevenida. 

— Não acredito que você está tirando foto! — Ela gritou e correu até mim, porém fui mais rápida bloqueando meu celular e correndo também — Mariane Medeiros, apague essa foto agora — ouvi a loira gritar e via todos na rua nos olhando como se fossemos duas loucas, fiz sinal de paz e paramos numa parada de ônibus.

— Você está vermelha — falei para Helena que revirou os olhos enquanto ofegava 

— Deixa eu ver essa foto — neguei com a cabeça e ela fez bico — Te odeio! — Gritou cruzando os braços e eu suspirei pondo as mãos no bolso do casaco.

— Eu sei — rimos — Não vai voltar para o evento? — Indaguei olhando para o shopping a poucos metros de onde estávamos, e Helena negou.  

— Eu seria uma péssima amiga se te deixasse ir embora sozinha — Falou enlaçando seu braço ao meu, e eu a olhei emocionada — Sem falar que, acho que tenho fobia a muitas pessoas em um só lugar, meio que passei mal quando me aventurei na multidão de pessoas — Ela coçou a testa e eu suspirei — Eu posso ver o Rodrigo pelo computador, na segurança do meu quarto — Riu amarelo, e eu sabia que em partes ela estava mentindo 

— Podemos voltar Hele, eu te acompanho até você tirar um foto com ele — Sugeri e ela negou me puxando para entrar em um ônibus 

— Já disse que está tudo bem Mari, agora vamos embora logo que está frio! — Concordei me sentindo mal  — Inclusive, vamos ver filme e pedir pizza — Helena falou fazendo sinal para o ônibus parar. 

Acompanhei a loira para dentro do veículo e suspirei, por mais que Helena sorrisse, eu sabia que no fundo ela estava triste por deixar o local, e eu até ficaria, se não tivesse tomado um banho de chocolate quente e não estivesse sentindo meu ombro arder, devido a temperatura do líquido. 

[...]

Depois de um bom tempo no banho limpando meu cabelo de todo aquele líquido grudento, me deitei na cama de Helena, enquanto a mesma trazia as pizzas e logo após o refrigerante, Helena deitou e ligou a TV em um filme qualquer na netflix e ficou aguardando eu começar falar, era isso que sempre fazíamos quando precisávamos conversar. O filme não importava, era só um ponto de distração enquanto ambas desabafamos. 

Tomei um gole do refrigerante e me virei para a loira, iniciando a narrar o que aconteceu: 

Horas antes

Helena havia sumido do meu campo de visão e eu estava faminta, o local alugado para o evento era enorme e com toda certeza havia algum lugar parecido com a praça de alimentação, e eu fui a procura da mesma, o que não demorei muito para encontrar, era um local espaçoso com vários quiosques e pequenas lojinhas com lembrancinhas do evento, acabei comprando algumas coisas e por fim parei em um café que pertencia ao espaço, entrei animada, a fim de tomar uma xícara de cappuccino bem quente, afinal estava frio. Fiz o meu pedido e sentei em uma das banquetas no balcão, e enquanto aguardava olhei algumas coisas no celular.

O lugar vago no balcão ao meu lado foi preenchido e ouvi a voz masculina pedir um croissant para a mesa dois, e movida pela curiosidade, olhei para a pessoa que ocupava o espaço, me surpreendendo ao ver Otávio Marini, olhando distraidamente para a vitrine de salgados. Pensei em sair dali e ir para outro lugar, mas não via motivos plausíveis para fugir daquela pessoa, então somente voltei a atenção para o meu celular, porém por pura sacanagem do destino, Otávio se virou e sua expressão de susto foi impagável, e por um momento quis checar meu visual, afinal ele parecia ter visto um fantasma.

— Olá — Ele falou após se recuperar do susto, e eu por dois segundos fiquei na dúvida se o mesmo havia falado comigo, sorri sem graça e acenei murmurando um “oi” tão baixo que creio que o mesmo não ouviu — então, novamente te peço desculpas por aquele dia — falou gesticulando e eu fiquei surpresa por ele ainda pensar nisso, sorri sentindo minhas bochechas ruborizar e neguei com a cabeça enquanto pigarreava.

— Ah tudo bem, ambos estávamos distraídos — Dei de ombros olhando para o meu celular, sem saber o que falar, apenas estava afim de finalizar aquela conversa desconfortável. 

— Sou Otávio Marini, prazer — O loiro se apresentou com um sorriso gentil, e vi a mão grande estendida em minha direção e aceitei, retribuindo o sorriso.

— Mariane Medeiros, igualmente — larguei sua mão e vi a garçonete se aproximar com meu pedido, uma bela xícara de capuccino, abri minha bolsa e peguei o cartão, para pagar a bebida — aqui — entreguei para a moça, mas novamente a mão de Otávio apareceu no meu campo de visão.

— Eu pago — e pela segunda vez no dia Otávio Marini me surpreendeu.

— Não é necessário — Neguei com educação, afinal, nunca que eu aceitaria um estranho pagando algo para mim 

— Por favor, eu insisto — a atendente me olhava com tédio e Otávio insistia, então sorri aceitando e murmurando um “obrigada” ao loiro. 

Me virei pronta para sair e sinto um líquido quente demais descendo pela minha cabeça, e foi inevitável não gritar, afinal aquilo havia ardido. Olho para trás assustada e irritada, e vi a balconista com as mãos sob a boca cobrindo sua surpresa, e uma loira furiosa segurando um copo médio com resquícios de chocolate quente me encarando mortalmente. Naquele momento pareceu que o gato havia comido minha língua, e eu havia voltado ao tempo em que não conseguia falar na frente de estranhos, minha garganta simplesmente travou, vi Otávio Marini correr em direção a mulher que segurava o copo, e o ouvi gritar com ela, e ambos iniciaram uma discussão ali, onde a loira me apontava e chorava. A balconista apareceu ao meu lado me entregando uma toalha e eu agradeci, ainda sem muita reação, sentindo minha pele arder, ouvi a mesma indagar se eu estava bem, porém apenas concordei com um menear de cabeça e me desculpei pelo vexame e sai dali, deixando aquela cena vergonhosa e triste para trás.

Atualmente

— E foi isso que aconteceu amiga — falei por fim e Helena pegou o celular dela e me senti ignorada, e a olhei aborrecida, mas após um minuto ela me virou o celular mostrando o i*******m da louca — Essa é a louca que me jogou chocolate quente — Falei fazendo careta e lembrando de como minha pele estava vermelha, sensível e ardendo — ela não é tão bonita assim pessoalmente — Estalei a língua ao ver as fotos cheias de photoshop.

— Ela é uma aspirante a digital influencer, dizem que só está com o Otávio pela fama da Melissa, a irmã dele que é blogueira e mega famosa, você deve conhecer — Murmurou abrindo o i*******m da garota e eu concordei — Nos sites de fofocas dizem que ela é extremamente possessiva e louca pelo Otávio

— Eles estão certos — Constatei — Ela fez aquela cena toda por que o Otávio pagou um café para mim — falei olhando minhas unhas com puro desinteresse — enfim, mudando de assunto por que não quero ter má indigestão falando sobre ela — Helena riu e eu peguei meu celular mostrando a foto que havia tirado dela mais cedo — posta essa foto que ficou maravilhosa! — Sugeri exibindo a foto e ela se virou para olhar.

— Nossa amiga, concordo — ela olhou surpresa para o aparelho e enviou para o seu próprio celular e encaminhou para o i*******m — qual legenda eu ponho? — Perguntou mordendo a ponta da unha e eu dei de ombros enquanto bebia mais uns goles do meu refrigerante.

— Sei lá, eu sempre copio e colo algo da internet — falei naturalmente e recebi uma almofada na cabeça e a xinguei recebendo outra e a olhei feio — Sei lá, põem só que está feliz consigo mesma e depois bota um emoji de mato, sempre funciona com as blogueiras — Balancei a mão em puro sinal de desdém e ela revirou os olhos se jogando sobre mim. 

— Perfeito! Foto postada — abri meu i*******m para ir curtir e comentar, afinal eu tinha que enaltecer a beleza da minha amiga, mas antes acabei olhando meus stories e havia várias visualizações na foto que eu havia tirado com Helena antes de ir ao evento, dentre elas uma incomum, sai dos stories e nas notificações havia um novo seguidor e lá estava em um belo negrito:

OtávioMarini começou a seguir você.

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