Rebecca está à beira da piscina, conversando animadamente com suas amigas.— Por quanto tempo você precisará usar a tipoia? — Pergunta Rebecca.— Acredito que, no máximo, por duas semanas. Foi apenas uma luxação. Não se preocupe, amiga. — Responde Susan, com um sorriso tranquilizador.— Fui eu quem causou a briga, não foi? — Pergunta, desanimada. — Não me lembro de muita coisa.— Sim, foi você, amiga. Você contou ao seu marido que André te chamou de acompanhante de luxo. — Responde Melissa.— O André é um idiota, mas eu não deveria ter provocado tudo isso! Por minha causa, pessoas se machucaram.— Amiga, não se culpe tanto. Foi apenas um acidente. Ficarei bem, estávamos todos fora de controle devido à bebida. — Diz, confortando-a.— E como ele está?— Luan disse que ele está se recuperando, está com alguns ferimentos. Eles voltaram para Seattle hoje de manhã. Logo essa história será esquecida.— Não, Mel, não será assim. Eu estava no quarto do Alex e vi em seu notebook um arquivo compl
No início da noite, Nicolas está reunido com Magno, Antônio e Peter no escritório do Grupo Shaw. Acabaram de confirmar que Alex comprou realmente as empresas e encerrou os negócios com o Grupo Post O'Donnel.— Como ele ousou fazer isso? Seu neto é muito desequilibrado. Vou matá-lo. Não permitirei que ele brinque comigo. Essa transação terá um impacto negativo para o meu grupo.— Tudo bem, fique calmo. O Grupo Shaw cuidará de tudo, especialmente porque foi um de nós que causou isso. Já acionamos nossa equipe de estratégia, eles estão lidando com toda a situação.— Sei que sim, mas seu neto precisa ser parado! Ele é inconsequente. Não fizemos nada para ele. Por que toda essa retaliação? — Dissimula Magno.— Certamente o problema dele é comigo e não com vocês. Ensinarei ao Alex como os homens se comportam. — Nicolas inicia uma chamada de vídeo no telão da sala com Alex.— Sr. Shaw, boa noite. — Diz Alex ao atender. — Vejo que está em adorável companhia. No que posso ser útil nesse momento
Alex desce para o jantar visivelmente tenso, Rebecca observa-o, mas continua a saborear sua refeição, envolvida nas conversas animadas com suas amigas.— Sra. Baker, você irá para Nova York comigo logo cedo amanhã.— Do que está falando, Alex? De jeito nenhum, eu não posso ir. Tenho minha vida aqui, a faculdade, não posso faltar às aulas. Você mesmo disse que eu não posso perder aulas.— Sem razão aparente, mas agora há uma. Você irá comigo a Nova York. Não estamos negociando isso, e não lhe dei permissão para recusar.— Não sairei daqui, Alex. Já disse, não sou sua propriedade, não abandonarei tudo só porque decidiu assim.— Rebecca, não complique minha vida. E pare de dramatizar. Serão apenas duas semanas, você conseguirá recuperar as aulas. Não que eu precise dar explicações, mas você não ficará aqui, enquanto meus inimigos estiverem por perto, inimigos que você mesma atraiu. Não posso ficar, tenho negócios a tratar em Nova York, e se você ficar, só irá me atrasar, porque terei que
Alex se aproxima do quarto de Rebecca e b**e suavemente na porta, mas não recebe resposta. Insiste com uma segunda batida, mas ela permanece em silêncio.— Rebecca, por favor, abre a porta. Preciso conversar contigo.— Vai embora, Alex. Não quero falar agora. Estou ocupada e nua. Você não pode entrar aqui.— Então, por favor, se vista e desocupe. Entrarei de qualquer forma. Esta manhã você estava nua nos meus braços, por que acha que isso vai me deter?No topo da escada, Melissa e Susan ouvem a conversa e não conseguem evitar suspirar, apreciando o poder que Alex emana.— Você não entrará aqui, Sr. Baker. A porta está trancada. Não me perturbe no meu quarto.— Rebecca, meu dia foi incrivelmente difícil, meu nível de estresse está nas alturas. Então, por favor, não me atormente mais e abra logo essa porta. Se não o fizer em três segundos, vou derrubá-la. — Rebecca decide ceder, consciente de que ele é capaz disso. — Você é uma boa menina, Rebecca. — Ele entra, fechando a porta atrás de
Alex caminha de um lado para o outro com a cabeça baixa, claramente frustrado por estar concordando em fazer o que ela está pedindo. Ele passa a mão pelos cabelos, evidenciando sua irritação.— Certo, então iremos à Nova York, e quando voltarmos, você pode chamá-los aqui, e eu farei o que você quiser. — Alex mal consegue acreditar no que está fazendo. Ele odeia não conseguir dizer não para ela, mesmo quando se trata de coisas absurdas.— Eu não vou, Alex. Apenas aceite que não posso fazê-lo. Tenho compromissos a cumprir, e não posso abandoná-los porque você quer!— Você vai, Rebecca, mesmo que eu tenha que te arrastar até lá. Você entendeu? Pare de agir dessa forma e apenas obedeça. Você já conseguiu tudo o que queria. Você vai comigo. — Ele diz, elevando a voz para ela. — E, agora, não estamos negociando. Estou cansado disso.— E o que quero não importa?— Não importa, se você não consegue se comportar como uma adulta. Será tratada como uma criança e fará o que estou mandando. — Ele d
Ao longo de toda a viagem, Rebecca evita o contato visual com Alex, mantendo distância para evitar qualquer conversa, uma vez que continua chateada. Quando finalmente desembarcam, Alex a conduz até a locadora de veículos para pegar o carro alugado.— Sra. Baker, você gostaria de dirigir? — Questiona, balançando a chave na mão, na tentativa de romper o desconfortável silêncio.— Não estamos na presença de ninguém, então, por favor, me chame de Srta. Jenkins ou apenas Rebecca. Não precisamos manter formalidades aqui. — Responde ela com uma certa aspereza. — Eu realmente não quero dirigir, obrigada. — Sem esperar por uma resposta, ela abre a porta e entra no carro.— Por quanto tempo você vai continuar assim? — Ele pergunta ao entrar no carro.— Assim como?— Deixa para lá. Não acho que seja o momento certo para discutir isso agora. — Diz, ligando o carro e dirigindo em direção ao hotel.Ao chegarem no hotel, Alex retira na recepção os cartões de acesso para a cobertura. Ele tinha consciê
No final da semana, Alex está completamente exausto. Sua carga de trabalho é tão intensa que mal consegue dormir mais do que três horas por noite. Tentar esvaziar a mente se torna uma tarefa frustrante, pois Rebecca continua a ocupar seus pensamentos, e o fato dela ignorá-lo só piora seu estado de espírito. Ele sai do escritório e parte diretamente para o aeroporto, com destino a Boston, onde tem negociações com o grupo Murphy. Ao chegar lá, dirige-se imediatamente a sede do grupo, onde passa várias horas em conversas com Leandro e Paul.— Senhores, agradeço a oportunidade. Espero sinceramente que possamos fechar este negócio. — Expressa Alex, enquanto se levanta.— Estou impressionado, você tornou esta proposta muito atraente. Vamos analisá-la com cuidado. Precisamos considerar os custos associados a essa troca.— Sr. Murphy, se decidirem aceitar, comprometo-me a lidar com a multa junto ao grupo Shaw. Pode encarar isso como um gesto de boas-vindas ao grupo Wealth.— Que generosidade a
Alex retorna para casa, cansado e buscando relaxar. Dirige-se ao chuveiro, deixando a água cair sobre si por um longo período. Ao sair, ele volta ao quarto e se deita na cama, que parece estranhamente ampla, intensificando a sensação de vazio que o assola. Com o celular em mãos, ele toma a decisão de ligar para Rebecca.— Você não perde por esperar. — Diz, rindo ao ver a chamada. Ela se levanta e coloca uma música alta. — Alô. — Atende, quase gritando.— Onde você está? — Pergunta, enquanto se acomoda na cama.— Você pode repetir? Não consigo ouvir, a música está muito alta. — Diz, com um riso contido.— Rebecca, onde você está? — Insiste, irritado.— Sr. Baker, é você? Não estou ouvindo direito! — Provoca, na tentativa de irritá-lo ainda mais. — Eu já vou, só me deixa terminar aqui. — Sussurra, como se estivesse conversando com alguém, aumentando o tom de diversão em sua voz.— Rebecca, não me faça ir para Nova York a essa hora, porra! Onde você está?— Desculpa, não consigo te escuta