Na manhã seguinte, Alex observa atentamente enquanto Rebecca desce as escadas, trajando o mesmo vestido que usava ao chegar a Massachusetts. Ele confere a hora em seu relógio de pulso e ergue uma sobrancelha, intrigado ao vê-la acordar tão cedo.— Você está precisando fazer compras, Sra. Baker.— Bom dia para você também. — Ela responde com um tom mal-humorado.— Você caiu da cama?— Não é o momento mais adequado para me importunar.— Realmente, a fome parece deixar você de mau-humor. — Ele provoca, esboçando um sorriso sarcástico. — Que tal me acompanhar para tomar café?— Não, obrigada. Planejo tomar café na melhor cafeteria que existe, ela fica próxima à faculdade.— Certo, vou com você. Precisamos acertar algumas coisas.— Está bem, podemos acertar essas questões, mas somente depois do meu café.— Como preferir, Sra. Baker.Alex a guia até a porta, pegando a chave do carro que está sobre a mesinha no hall de entrada. Rebecca, num movimento rápido, toma a chave da mão dele.— Vou di
Enquanto retornam para a mansão, Rebecca parece pensativa, enquanto Alex concentra sua atenção no celular, ocupado com várias questões para resolver.— Alex, o que tem em Nova York? — Questiona Rebecca, quebrando o silêncio.— Assuntos profissionais!— Você tinha a intenção de me contar?— Eu estava tentando, mas você está agindo feito uma adolescente. Não é fácil lidar assim. — Rebecca solta uma risada.— Então, você não tem ideia de quando estará de volta?— Desta vez, não. Estimo que demore de duas a quatro semanas. Tenho uma carga de trabalho considerável para dar conta.Rebecca mal consegue esconder sua decepção, já que não planejava ficar sozinha, especialmente no dia do seu aniversário. Com base no tempo que Alex mencionou, é bastante provável que ele não esteja presente na data. No entanto, ela encontra certo conforto ao lembrar que suas aulas começarão no dia seguinte. Enquanto lança um olhar na direção de Alex, sente-se intrigada. Desde a chegada, ele tem se comportado de man
No final da tarde, Rebecca enfim retorna ao lar. Ao vislumbrar a imponência da casa, um suspiro escapa de seus lábios, acompanhado por um vazio profundo que a acomete. Cruzando o hall de entrada, adentra a sala de estar e ali se depara com um homem de elegância marcante, erguido em postura. Seus olhos a percorrem dos pés à cabeça, como se a estivesse julgando silenciosamente.— Boa tarde, Sra. Baker. É um prazer conhecê-la. Sou Ryan Foster, advogado do Sr. Baker. — Ele estende a mão, e Rebecca a aperta com firmeza. — Estou aqui para entregar isso e coletar sua assinatura. São os detalhes bancários da sua conta, bem como os limites tanto da conta quanto dos cartões.— O que é tudo isso? Alex perdeu o juízo? Por que essa quantia exorbitante? — Ela indaga, ao avistar um saldo de 10 milhões de dólares.— São ordens dele, Sra. Baker. Sugiro que discuta diretamente com ele.— Então, você é o advogado dele? Prazer, Sr. Foster. Sou Rebecca Jenkins.— A honra é minha em conhecer a mulher que co
No final da noite, Rebecca encontra-se deitada na cama, imersa em pensamentos. Ela sente uma enorme vontade de compartilhar seu dia com Alex. Pegando o celular, ela tenta ligar para ele várias vezes, mas ele a ignora. Desanimada, Rebecca desiste e logo recebe uma mensagem dele.“Por favor, ligue apenas em caso de emergência, Rebecca. Boa noite, minha esposa.”“É uma emergência, marido. Preciso te contar sobre meu dia, por favor.” — Alex sorri ao ler a mensagem e, mesmo ciente de que a conversa pode distraí-lo, decide ligar para ela.— Então, Sra. Baker, como você está? — Ele diz ao ser atendido. — Conte-me sobre o seu dia.— Estou completamente exausta, porque, como você sabe, hoje precisei acordar muito cedo.— Fiquei surpreso ao te ver acordada. Afinal, minhas lembranças de Seattle são de você sempre reclamando quando tem que acordar cedo.— Parece que estamos no mesmo barco, Alex. Confesso que estou surpresa com você. Estou me perguntando onde foi parar o homem babaca que conheci, s
Ao entrar no carro, Rebecca permanece pensativa, considerando como poderá persuadir Henrique a guardar seu segredo.— Sr. Henrique, é correto dizer que você se importa comigo, não é?— Sim, tenho um afeto por você, como o de um pai para uma filha.— Ótimo, então preciso lhe pedir para guardar um segredo meu, pode ser? Já confiei essa informação à Maria, e ela concordou em manter segredo. Não se trata de algo inadequado, mas suspeito que Alex não verá com bons olhos.— Pode confiar em mim, não vou revelar nada.— Preciso que o senhor me leve até o Grupo Shaw, pois começarei a trabalhar lá hoje. No entanto, estou ciente de que Alex não aprovaria, pois ele espera que eu me concentre nos estudos.— E ele tem razão. Sugiro que você siga esse caminho. — Ele expressa, tentando fazê-la reconsiderar, por saber que quando Alex descobrir, as coisas podem se complicar para ela.— Eu compreendo, mas peço, por favor, que prometa manter isso em segredo, que não vai contar a ninguém.— Pode confiar, S
No dia seguinte, Rebecca está cumprindo todas as suas atividades, ansiosa pela noite que se aproxima. Durante todo o dia, ela fica de olho no celular, esperando receber uma ligação ou mensagem de Alex a parabenizando pelo seu aniversário. Ao chegar em casa, mal consegue esconder sua frustração.— Rebecca, isso chegou para você! — Diz Maria, entregando um pacote a ela.— Obrigada, Maria. — Ela pega o pacote e sobe para o quarto, visivelmente desanimada.Ao adentrar o quarto, ela se acomoda na cama e desembrulha o pacote, revelando um conjunto de joias que faz parte da nova coleção do grupo Shaw. Um sorriso genuíno surge em seu rosto enquanto ela pega o cartão.“Aproveite o seu dia. Feliz aniversário, minha esposa.”Rebecca esboça um leve sorriso ao ler o cartão, mas a decepção por ele não ter ligado ainda a acompanha. Decidida, ela se levanta e se dirige ao banheiro para se preparar. Ao concluir, ela encara seu reflexo no espelho, aprovando sua aparência no longo vestido preto. Ela fina
Alex fica imóvel por alguns segundos, completamente atônito com a reação inesperada dela. Apesar de já ter compartilhado beijos com ela em outras ocasiões, ele simplesmente não conseguia compreender o motivo por trás dessa nova atitude. A frustração começa a tomar conta, mas a determinação de buscar respostas o impulsiona a segui-la.— Srta. Jenkins? — Ele a chama, e no topo da escada, Rebecca para, encarando-o de frente.— O que você quer?— Será que você poderia descer até aqui, por favor?— Não. Cogito ir para o meu quarto.— Peço, por gentileza, Srta. Jenkins. — Ele suplica de maneira cortês, e Rebecca o observa por um momento antes de finalmente ceder. Ela desce os degraus, parando diante dele.— O que você precisa agora? — Ele permanece em silêncio por alguns minutos, refletindo sobre o que dizer. — Então, Sr. Baker, o que você realmente quer?— Peço desculpas, Srta. Jenkins. Garanto que não acontecerá novamente. — Ele diz, fixando o olhar nela. Seu olhar intenso intimida Rebecca
O silêncio permanece pesado entre eles naquele momento. Alex encara seu avô, lutando para conter suas emoções.— Quando o senhor me forçou a começar a trabalhar nesta m*****a empresa aos 12 anos? Eu nunca desejei fazer parte disso, nunca mesmo. O senhor me obrigou, e se hoje sou assim, a culpa é sua e de todos que concordaram com essa ideia insensata de colocar uma criança para trabalhar. Pois, naquela época, era exatamente o que eu era: uma criança. Sua única oportunidade de me destruir foi naquele momento, quando comecei. Deveria tê-lo feito. Desde então, o senhor nunca mais teve a chance de me alcançar. Foram longos anos tendo que suportar o senhor, mas consegui criar meu próprio negócio bem debaixo do seu nariz. Porque naquela época eu o odiei tanto que decidi tirá-lo do poder. Eu jamais serei como vocês, com meus filhos, porque vocês foram péssimos.— Alex, por favor, não nos ofenda e respeite seu avô — diz Ana, com lágrimas escorrendo.— Por favor, explique como você o criou, já