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161 - Seu próprio conto de fadas
Na manhã seguinte, Nicole acorda com um brilho radiante em seus olhos, ansiosa para retomar sua vida profissional com Alex. Voltar a integrar a equipe da Wealth Technologies é o primeiro passo para adentrar o coração do homem que ela ama desde os seus dezoito anos. Desde o instante em que o viu pela primeira vez na universidade, teve a certeza de que nenhum outro homem poderia ocupar aquele lugar especial em seu coração. Somente ele, juntamente com a perspectiva de finalmente conquistá-lo como o homem dos seus sonhos, a fazem flutuar nas nuvens, dando início ao seu próprio conto de fadas. Ao entrar na sala de jantar, Nicole se destaca com seu traje elegante e, ao mesmo tempo, sedutor, capturando imediatamente a atenção de Peter.— Por que toda essa produção? — Pergunta, enquanto a observa com um sorriso surpreso nos lábios.— Peter, nestes quase oito meses que se passaram desde aquela noite, tenho ponderado sobre como me aproximar de Alex e acredite ou não, ele mesmo resolveu o meu dil
162 - Preciso acordar desse pesadelo
O tempo continuou avançando e Alex manteve-se distante de Rebecca, observando-a de longe enquanto criava obstáculos para os negócios de seus amigos. À medida que o mês de agosto chegou, lembranças dolorosas o assombravam. A agressão que Rebecca sofreu estava prestes a completar um ano e a frustração e impotência de Alex só cresciam, pois ele ainda não tinha pistas relevantes sobre o ocorrido. Carregava consigo o peso de não poder compartilhar com a mulher que ama todas as informações que possuía.No tempo que passava com Alex, Nicole constantemente criava jogos de sedução, notando o interesse que ele manifestava ao observá-la, um olhar que ele nunca havia direcionado a ela no passado. Com frequência, ela enviava presentes para si mesma, como flores, chocolates e joias, assinando-os em nome de Peter, na esperança de provocar ciúmes em Alex. Peter sempre a buscava no fim do expediente.— Sr. Baker, segura o elevador para mim, por favor. — Pede Nicole, caminhando apressadamente. Alex sorr
163 - Seu recurso mais eficaz
Após a comemoração do aniversário de Guilherme, todos retomam suas rotinas diárias. À medida que os dias passam, os negócios do grupo de amigos se tornam cada vez mais desafiadores. A frustração de Rebecca cresce, pois o que inicialmente deveria ser uma questão entre Alex e ela se transformou em um dilema que afeta a todos ao redor.— Sabe o que não consigo entender, Susan? — Indaga, deslizando a taça pelos lábios. — Por que ele me pediu para voltar se não tem intenção de manter contato comigo? Eu já perdi a conta de quantas vezes liguei para o escritório da Wealth Technologies, e a resposta é sempre a mesma: “Desculpe, Srta. Jenkins, o Sr. Baker é um homem muito ocupado”, e por aí vai. Estou quase virando uma estátua na porta daquele prédio. — Seu desabafo arranca risadas de Susan.— Rebecca, por que você tem ligado para ele? — Questiona Susan, sua curiosidade visível.— Eu não tenho certeza. Uso como desculpa todos esses problemas nos negócios que estamos enfrentando, mas a verdade é
164 - Um sonho que virou realidade
A porta se abre silenciosamente e Alex entra na casa sem cumprimentar a empregada. Seu coração b**e descompassado a cada passo, ansioso por encontrar a confirmação de seus mais profundos desejos. Ao adentrar a sala de estar, seus olhos se encontram com os de Samantha. O celular dela escapa de suas mãos, causando um estrondo que ecoa no silêncio da sala. Nervosismo e medo se estampam no rosto dela.Alex percorre a sala com o olhar e ao encontrar o que o trouxe até ali, uma avalanche de emoções o inunda. Seu coração b**e tão forte que parece prestes a escapar do peito. Em estado de choque, ele leva as mãos à boca, enquanto lágrimas de felicidade e alívio fluem livremente por seu rosto.Com as pernas trêmulas, resultado da intensidade da emoção e surpresa, ele caminha lentamente em direção aos dois pequenos anjos, sentados no chão sob os cuidados de uma atenta babá. Ajoelhando-se diante deles, Alex envolve seus filhos em um abraço, sentindo que uma parte de seu coração foi restaurada. Ele
165 - Um calmante para meu coração
Ao longo do dia, Alex mergulhou profundamente na companhia dos filhos, emanando alegria e felicidade em cada ação, desde alimentá-los até cuidar da sua higiene e embalá-los para o sono. Cada pequeno gesto desencadeou uma enxurrada de emoções indescritíveis e naqueles preciosos momentos com seus filhos, todas as suas angústias e problemas pareciam desaparecer. Quando os gêmeos finalmente adormeceram, Alex se reúne com André e Samantha na sala de estar para compartilhar um café.— Como a Rebecca lida com tudo isso? — Indaga Alex, enquanto toma assento à mesa.— Ela faz questão de nos visitar com regularidade, pelo menos cinco vezes por semana. Sua rotina é extenuante, por vir direto do trabalho e parte logo cedo. Mudamos para Nova York para facilitar as coisas para ela. Inclusive, não fazia uma hora que ela saiu quando você chegou. — Samantha responde com um sorriso repleto de afeto.— Eu sei, quem você acha que me trouxe até aqui? — Questiona Alex, um leve sorriso iluminando seu rosto.
166 - Seja exclusivamente minha
Na manhã seguinte, ao despertar, Rebecca tomou a decisão de viajar para Nova York e ficar com os gêmeos. Naquele momento, desejava que tudo o que aconteceu fosse um terrível pesadelo e que sua família estivesse reunida novamente, mas essa realidade parecia tão distante e inalcançável.Enquanto isso, Alex aproveitou os momentos em que Rebecca estava com os filhos para reorganizar sua vida. Ele comprou um apartamento próximo à casa de Samantha e André, assegurando que estivesse sempre a um passo dos gêmeos. Após uma semana, ele levou finalmente as crianças para morar consigo e dedicou todo o seu tempo e atenção a elas. Ele sincronizou sua rotina com a de Rebecca, de modo que, quando ela os visitava, os gêmeos estavam na casa de Samantha e André, mantendo as aparências da rotina que ela conhecia. Depois de um mês nessa nova dinâmica, Alex retornou pôr fim a Boston.— Que bom que você voltou, senti muito a sua falta. — Diz Nicole ao entrar no escritório, sorrindo gentilmente para ele.— Es
167 - Uma balança desequilibrada
Após perder Rebecca de vista, Alex luta para conter o desejo de correr atrás dela, de abraçar e beijar a mulher que ainda ocupa um lugar em seu coração, apesar da imensa distância que os separa. Com determinação, ele esvazia de um só gole a dose de uísque que encarava por longos minutos, levanta-se e deixa o restaurante, carregando consigo o peso dos olhares perspicazes de seus amigos, que o observam com preocupação.— Será que ele vai atrás dela? — Sebastian indaga, curioso.— Duvido, Sebastian. Alex não demonstrou interesse nisso nos últimos anos e não vejo motivo para acreditar que fará algo diferente agora. — Responde Richard, sua voz carregada de um pesar sutil.Alex caminha até o estacionamento, seus passos sincronizados com os batimentos acelerados de seu coração, enquanto suas lembranças de Rebecca parecem se materializar diante de seus olhos. As fotos dos gêmeos no celular servem como um vínculo invisível entre eles. Ao se aproximar de seu carro, ergue o olhar, sendo surpreend
168 - Está tentando me enlouquecer
Rebecca dirige sem destino, relembrando cada detalhe do encontro com Alex. Ele tem o dom de deixá-la ainda mais confusa. Quando percebe, seu carro está estacionado em frente ao prédio dele. Um sorriso irônico escapa de seus lábios, consciente de sua própria insanidade por estar ali. Sem qualquer hesitação, ela adentra o prédio e ao chegar à cobertura, caminha de um lado a outro em frente à porta.— Rebecca, ainda dá tempo, você pode ir embora. — Murmura para si mesma. — O que estou fazendo? Meu Deus, estou completamente louca. — Ela se queixa, parando diante da porta, tocando a campainha. Quando Alex finalmente a abre, ela entra, seu corpo se chocando contra o dele.— O que você pensa que está fazendo? — Pergunta ele, surpreso.— Te pergunto o mesmo. — Rebate com raiva. — Você acha que pode fazer isso sempre que quiser e ir embora como se nada tivesse acontecido? Por que diabos você está sempre me confundindo? — Questiona, irritada, observando-o fechar a porta. — Quem você pensa que é?