Cris— Acha que eu vou conseguir passar amanhã?— Claro que vai conseguir meu amor, você está mais do que preparada.— Você acha mesmo?— Acho.— Não sei Cris, estou nervosa demais e se me der um branco? — Me viro de frente para ela e acaricio o seu rosto.— Não vai, Jenny.— Preciso de um incentivo — diz de repente.— Que tipo de incentivo? — Ela se senta na cama e eu faço o mesmo.Jenny começa a ficar vermelha e eu seguro o riso, porque sei que aí vem bomba.— Se eu passar te dou um boquete igualzinho a esse que fiz agora. — Quase engasgo com a proposta absurda da minha esposa. — Mas se eu não conseguir, você faz um em mim. A final, vou ficar estressada e eu vou precisar relaxar.Puta que pariu, que tipo de aposta é essa?— Está falando sério? — Ela desvia o olhar envergonhada.Sério, ela me faz uma pura proposta e me olhando nos olhos e depois fica com vergonha de mim?— Estou.— Você é maluquinha, sabia? — Vou para cima dela e a beijo em seguida....Desperto dos meus devaneios qu
Cris— Preciso ir trabalhar. — Minha esposa diz chamando a minha atenção. Suspiro, fechando a minha calça, depois a camisa e ajeito o meu jaleco. Ela sorrir, caminha para perto de mim e com as pontas dos dedos ajeita os meus cabelos.— Perfeito, Doutor G, agora está pronto para o trabalho de novo. — A beijo demoradamente.— Onde encontrou essa roupa tão…— Aluguel. — Arqueio as sobrancelhas.— Você…— Fetiche é fetiche, e ele precisa ser levado a sério, certo? — Ela pisca um olho para mim. Colo o seu corpo no meu e torno a beijá-la.— Você é maluca, sabe disso, não é?— Também te amo, Doutor Ávila e eu amei o que fizemos aqui!— Também amei e também te amo loucamente! — A levo até a porta, dando de cara com três casais assim que a abro.— Obrigada, Doutor Ávila e até a próxima consulta! — A safada da minha esposa diz, caminhando direto para os elevadores e a minha assistente abaixa a cabeça.— É… próximo, por favor! — peço sem jeito.***Diante do espelho, ajeito a minha gravata borbo
CrisQuatro meses depois...Desde que a encontrei na minha sala de parto de uma forma estabanada, maluca e tropeçando em tudo, e em todos, falando uma besteira atrás da outra senti que ela seria a minha perdição. O meu inferno particular, a minha chance de uma nova vida, de sair do meu lado obscuro e assim foi. Ao longo desses meses, Jenny teve uma mudança radical. Ela passou de uma pessoa totalmente insegura, receosa e estabanada para uma pessoa firme, segura de si e decidida em pouco tempo.Penso enquanto a olho dormindo, simplesmente não me canso de olhá-la. Os seus cabelos espalhados pelos travesseiros, seus olhos estão apertados em um sono profundo, sua barriga agora imensamente redonda está de fora, pois o top que está vestindo não é capaz de cobri-la e um shortinho de seda branco. Parece um anjo e eu juro que tenho vontade de ir lá acordá-la, de beijá-la e de mimá-la pelo tempo que ela me deixar.Puxo a respiração lentamente.São quase duas da manhã e eu não tenho um pingo de s
CrisDo lado de fora encontro o Adam encostado em a parede do corredor e de braços cruzados. Ele os descruza assim que me vir e me estende uma mão, abrindo um largo sorriso.— Parabéns, papai!Sorrio e então me dou conta de que oficialmente eu sou pai. Sou pai de uma menina forte, valente e determinada.— Caramba, eu sou pai! — digo o óbvio.— Você é. — O sorriso de Adam se alarga.— Eu sou pai, porra! — falo mais alto e recebo o seu abraço forte. — Valeu, cara!Minutos depois Alex sai do quarto e me encara séria, me fazendo prender a respiração, mas logo ela sorrir me puxando para os seus braços.— Você fez um excelente trabalho lá dentro, meu amigo! — ralha.É claro que eu fiz!— Como elas estão?— Dormindo. Nicole mamou e logo adormeceu. Amber pôs uma roupinha quentinha nela. Não se preocupe, a sua filha está bem agasalhada.— Eu perdi a primeira mamada da minha filha e a culpa foi sua. — A acuso baixo, porém, com um tom sério. A Doutora arqueia as sobrancelhas bem-feitas e rir ain
JennyThe Pussycat Dolls de Snoopy Dogs se espalha pelo ambiente a meia luz e eu surjo dentro do quarto está iluminado apenas pela luz amarelada do abajur, vestindo um conjunto de minissaia preta, fina e rendada, com uma calcinha minúscula, um sutiã meia taça da mesma cor que ressalta os meus seios, além de um salto alto. E Cris está. bem, ele está sentado no centro da nossa cama e algemado a barra de aço da cabeceira.Sim, por essa travessura ele não esperava.Que graça teria repetir uma dança, sem um atrativo novo? Seus olhos gulosos passeiam pelo meu corpo enquanto rebolo sensualmente pra ele, seguindo o ritmo da música agitada. Deixo as minhas mãos deslizarem por meu corpo, enquanto vou me agachando, lentamente, até quicar três vezes, a dez centímetros do chão. Volto a subir, rebolando e fazendo ondinhas, deixando as minhas mãos deslizarem sem pressa, por minhas pernas, parando propositalmente na minha bunda, me viro de costas pra ele e mexo a bunda provocativa.— Cacete! — Ele ro
Jenny— As malas já estão todas no carro. — O Cris avisa quando seguro a Nicole no meu colo e vou na direção da garagem. Ele a pega nos seus braços e a coloca na sua cadeirinha no banco de trás do carro. Assim que me acomodo no banco do carona, ligo o DVD para deixar a Nick mais à vontade durante o trajeto até o aeroporto. — Pronta para um novo recomeço? — Meu marido indaga, se sentando no banco no motorista.— Ansiosa, na verdade. — Ele liga o motor e logo pegamos o asfalto.Finalmente chegou o dia de irmos morar no Brasil. Nesse meio tempo conseguimos vender nossos apartamentos, carros e moto, e com o dinheiro conseguimos comprar uma casa ampla, arejada e bem iluminada em um bairro nobre, e tranquilo no Rio de Janeiro. O hospital já está pronto desde a metade desse ano, mas não podíamos ir até a Amber, o Adam e eu concluirmos o curso.Estou exausta. Depois de um dia corrido seguido de uma extensa formatura e depois de horas de comemoração, estamos finalmente indo para o aeroporto. O
Dois anos depois...Olho para o céu azul, sem nenhuma nuvem aparente. Alguns pássaros cantam nas árvores, outros estão voando. Sorrio. O lugar é calmo... Transmite muita paz. Eu olho ao meu redor... Estou sozinha... Onde está o Cris e por que não vejo Nicole em lugar nenhum?Ando pelos campos de flores campestres... Há muitas delas por aqui...Onde estou realmente? Não sei o porquê, mas não sinto medo. Não me sinto só, me sinto segura e amada. Continuo andando e andando, não sei por quanto tempo... Mas me parece que não estou chegando a lugar algum. Logo a minha frente há uma árvore frondosa, de uma copa verdejante.Respiro fundo, mas não é o cheiro das flores campestres que invade as minhas narinas, é um cheiro familiar, um perfume conhecido. Contudo, me sento debaixo da árvore e me encostando no tronco grosso e olho os caminhos das flores por onde eu passei. O fim de tarde está chegando, mas a impressão que eu tenho é que a luz e sombra l está tão radiante quanto o sol do meio-dia.
Cris— Pai outra vez, isso é digno de um brinde! — Não seguro um sorriso satisfeito. Portanto, ergo o meu copo no mesmo instante que o meu pai ergue o seu e os copos tilintam em seguida. — E não se esqueça que você será avô outra vez! — resmungo após beber um gole da bebida. Do outro lado do jardim da casa dos meus pais fito o meu avô Dam curtindo os seus bisnetos e contando-lhes histórias que prendem a atenção da garotada. Confesso que eu amava ouvir as suas histórias, era o que me fazia viver enquanto o meu pai morria aos poucos.— E a Alice? — Procuro saber. Ele suspira alto.— Está no quarto de castigo. — Reviro os olhos.— Qual é pai, a Alice já tem vinte anos, ela não é mais uma criança! — reclamo.— Ela ainda é a minha criança, Cris! — rosna. — Não admito que a minha bebê namore um cara de quase quarenta anos! — retruca irritado. Rolo os olhos outra vez.Daniel Ávila é um grande homem, mas esse preconceito dele me irrita.— Lucca Fassini só tem 37, pai e ele é um homem admi