— Ah meu Deus!
Cris exclamou assim que o catamarã começou a aproximar-se da costa da ilha. Após duas horas em mar aberto, onde mais da metade ela passou mal, enjoada. Conseguia ficar em pé e contemplar a beleza do lugar.
Da costa para o resort, foi outra aventura, não havia dentro da ilha outro meio de transporte, se não um trenzinho que era acoplado a um trator e então seguiam, cada um para seu devido lugar, já que cada hotel ou resort da ilha, possuía seu próprio trem.
— Nando eu juro que se ficarmos mais cinco minutos balançando nesse trem, vou jogar você daqui de cima.
— Está louca? – Perguntou rindo.
— Não, estou gravida, cansada, enjoada e agora, toda dolorida. Estou com um pequeno ser dentro da minha barriga, que está se esticando a cada buraco que passamos e levando toda a minha sanidade.
Fernando calo
Ele beijou os lábios da esposa, abaixando-se e beijando sua barriga em seguida, levantou da cama, puxando-a com ele, abraçando-a por trás enquanto os conduzia até o banheiro. Cris sentiu a ereção de Fernando em sua bunda e riu não acreditando.— Não íamos só tomar banho e jantar. – Ela perguntou rindo.— Hum, acho que não amor.Deu um tapa na bunda dela, fazendo-a pular para dentro do box. Aquele banho demorou bem mais do que Cris havia previsto.Estavam vivendo um segunda lua de mel, curtiam cada momento juntos, Fernando não perdia a chance de acariciar a barriga de Cris e conversar com o bebê, estava sempre paparicando a esposa e curtindo tudo o que lhe foi negado anteriormente. O lugar era paradisíaco, lugares lindos, coloridos, deixava cada cantinho, recheado de encanto e magia.— Amor, tenho vontade de ficar aqui para sempre
Enquanto os dias de Nando e Cris, seguiam tranquilos, aproveitando cada segundo do paraíso, curtindo cada minuto juntos. Amélia estava tomando as rédeas de sua vida novamente.Acabou pedindo demissão e administrando a empresa dos amigos com maestria. Já na primeira semana a frente dos negócios, fez a carteira de clientes crescer de forma significativa e suas primeiras festas foram um sucesso, fazendo o nome da empresa, correr livre, entre os socialites da cidade. Marcelo a reivindicou inúmeras vezes, de todas as formas que a tecnologia oferecia, entrou em contato com ela, solicitando seu presença no clube, em nenhuma foi atendido. Precisava estar segura, curada, para então encarar o lugar que lhe deu o maior prazer de sua vida e lhe tirou toda sua paz. Não deixaria de frequentar o Delirium, gostava daquele estilo de vida, adorava o sexo sem regras ou limites, mas encontrou uma certeza, não nasceu par
O céu de São Paulo presenteou o grande evento. Estava lindo, sem uma única nuvem, as estrelas dominavam e a lua abrilhantava a noite. Amélia estava deslumbrante, assim como toda a equipe, ela também iria a fantasia, cedendo ao pedido do seu contratante. O longo vestido branco, moldava os seios e subia em uma única alça trançada pelo ombro esquerdo. Tecido dourado nos detalhes, como se cordas banhada a ouro desse o acabamento final. Os longos cabelos castanhos, desciam em cachos soltos, uma coroa de folhas de louro dourada, ornamentava a cabeça.Chegou com toda a sua equipe, uma hora antes do horário marcado no convite e mesmo tendo passado o dia no lugar, entre idas e vindas, decoração e ordens gritadas pelos quatro cantos, não estava preparada para ver o resultado final. O lugar estava todo decorado em brando e dourado, na entrada, sobre dois pilares, dentro de dois baús, havia
Jorge gesticulava enquanto falava, apontando para as pessoas ao redor deles, que agora não estavam somente nuas, mas tocavam-se com intimidade, proporcionando uma grande orgia a céu aberto. Sobre os grandes futons espalhados pelo jardim, casais perdiam-se em beijos quentes e molhados, enquanto suas mãos deslizavam sobre os corpos nus, buscando encaixes inimagináveis, contorcendo-se de prazer. Em outros, grupos desvendavam-se, buscando o corpo um do outro, sem se importar a quem pertenciam, somente sentiam o que o momento proporcionava, deixando gemidos de prazer ecoar no ar, fazendo o corpo de Amélia arrepiar.Ela queria segurar as pernas, que agora, raspavam uma na outra, em uma tentativa inútil de conter um pouco o desejo que queimava seu corpo, fazendo sua intimidade latejar, pedindo por alívio. Jorge deliciava-se com o que via, o corpo de Amélia deixava claro o seu desejo, os seios rígidos, revelando sob o tec
São Paulo os recebeu com o céu nublado e a tão conhecida garoa, Amélia estava no aeroporto esperando pelo casal de amigos. Assim que os viu, surpreendeu-se com o tamanho da barriga de Cris, foram somente quinze dias, mas ela parecia ter dobrado de tamanho. A amiga andou em direção a ela e mesmo com o corpo bronzeado e os dias de descanso total, ainda conseguia levar sob os olhos uma leve mancha arroxeada. — Nando não te deixou dormiu não? – Amélia questionou assim que envolveu Cris em um abraço. — Quase isso. – Ela riu – Mas estou sentindo que irei explodir a qualquer momento e não tem ideia do cansaço que sinto. — Posso imaginar amiga, levar some
Fernando estava impaciente em casa há mais de duas horas e não tinha notícias de Cris. Resolveu tudo o que precisa ser resolvido na rua, deixando todas as coordenadas para que Amélia e a equipe desenvolvesse uma boa proposta para o próximo cliente, voltou correndo a tempo de almoçar com a esposa. Já estava passando das três da tarde e nenhuma notícias dela ainda. Após a quinta tentativa ligando para o celular, ouviu o toque melódico vindo do andar de cima da casa, subiu correndo ainda com a ligação em andamento, encontrando o aparelho jogado sobre a cama.— Lia, estou preocupado, ela não faz essas coisas. – Dizia aflito ao telefone para a amiga.— Estou indo para aí.Amélia chegou mais rápido do que poderia ser possível, conhecia muito bem a amiga e sabia que sumir não era do seu feitio. Assim que o grande port&ati
Cris sentiu a primeira dor forte, começou em suas costas, irradiando para a barriga, não conseguia mais ficar sentada, passou a andar pelo quarto, massageando a barriga, puxando o ar com força, sentindo o suor escorrer em seu rosto. Estava apavorada, a cólica parecia aumentar mais a cada minuto, endurecendo sua barriga, travando suas pernas, obrigando-a se apoiar nos moveis.Ouviu um barulho, em seguida a maçaneta virou e a porta se abriu, revelando o rosto de Daniel. A princípio ele a encarou desconfiado, mas correu em direção a Cris em seguida, amparando-a, ajudando a sentar-se em uma poltrona no canto do quarto próximo a ela.— Você está sem cor alguma, o que houve? – Perguntou realmente preocupado.Cris não conseguia responder, o medo que sentia, calou sua voz. Daniel respirou fundo, levando a mão aos cabelos, puxando os fios para trás com mais for&cc
Estavam vivendo o ápice da felicidade. Cris acreditou que nenhum outro dia, seria tão feliz e completo, como foi o dia de seu casamento, quando enfim se viu pertencente a alguém e em um encaixe tão perfeito, que parecia irreal. Mas no quarto daquela maternidade, com o amor da sua vida sentado ao seu lado, tendo nos braços um pequeno pacote cor de rosa, então entendeu, tudo fez sentido, toda a dor foi esquecida e nada mais teria sentido, sem aquelas duas pessoas em sua vida.— Está chorando amor. – Ele disse, limpando a lagrima no rosto dela.— Estou... Mas é de felicidade.— Bom dia família linda! – Amélia falava alto e sorridente, passando pela porta.Após o nascimento da pequena, Amélia se responsabilizou em colocar todas as coisas em seu devido lugar. Trazendo para o hospital a mala do bebê e de Cris, todas as lembrancinhas e decora&c