Quando os nossos corpos e a nossa respiração ficam mais controlados, o Júlio me faz deitar novamente. Ainda com o seu corpo sobre o meu, começa a acariciar o meu rosto sem tirar os seus olhos azuis dos meus.
— Você é tão linda. — sussurra — Tão doce. Vou te amar até o fim dos meus dias, meu amor.
— E eu vou te amar até depois da minha morte. — acaricio o seu rosto também — Meu lindo moreno!
Ele sorri e me dá um beijo casto.
— Venha! Vamos nos banhar!
O Júlio se levanta e ajuda-me a levantar, prendo o meu cabelo com um dos laços que prendiam a minha trança para não molhar, entramos na banheira, o meu maridinho lindo sentando atrás de mim. Começa a passar uma bucha no meu corpo. Interessante! Será que a vida de casado é sempre assim ou será que terá muitos problemas? Começo a lembrar-me do bruxo Lucas e da sua traição.
Acredito que um casamento só é bom quando os parceiros se respeitam e se amam, caso contrário, vão acontecer coisas do tipo que aconteceram com a Monyck. Sinto um pouco de compaixão por ela, pois, pela sua reação ao ver o bruxo, creio que sofreu muito e ainda sofre por ele. A minha amiga não merecia! Ninguém merece ser traído pelo ser que ama, mesmo sendo uma bruxa! Será que é por isso que ela deixou a guerra e veio para cá?
Agora, será que a primeira noite de amor de um casal é sempre boa assim? Se não me falha a memória, a Bianca disse que a primeira vez dela não foi legal, diferentemente do que aconteceu com a Alessandra. Pensando mais sobre isso, o Júlio fez tudo como se já tivesse feito antes, mas ele disse que nunca namorou. Tenho que tirar essa dúvida! Vou aproveitar agora, pois, já que estou de costas para ele, não ficarei com vergonha se ficar me encarando.
— Posso fazer uma pergunta, Júlio? — pego a bucha da mão dele, começo a esfregar as minhas pernas para tentar disfarçar o meu nervosismo.
— Claro! — pega uma garrafinha que estava sobre a mesa, próxima da banheira, começa a jogar o líquido na água, deixando-a mais perfumada.
— Ah… Você disse que nunca tinha namorado, é verdade?
— Sim.
— Então… Você… Nunca fez amor antes? — sinto as minhas bochechas queimarem. Droga! Será que mesmo ele não olhando para mim, vou ficar com vergonha?!
— Não.
— Então… — engulo em seco, o meu rosto parece brasa viva — Como você aprendeu a fazer?
— Ah… Por que essa pergunta?
— Por nada! Só… Simples curiosidade.
— Bom… Posso dizer que vi alguns filmes e… Também conversei com o Gus e o Fer.
— O quê? Como assim conversou com o Gustavo e o Fernando? — viro-me na banheira ficando de frente para ele e assim encarar o seu rosto.
— Você sabe… — desvia o seu olhar do meu, começar a retirar umas pétalas de flores da água — Eles têm mais experiência do que eu, então, nada melhor do que falar com os melhores amigos sobre esse assunto.
— Mas vocês ficaram especulando sobre as intimidades da Bianca e da Alessandra! Isso não se faz, Júlio! Então, posso esperar que irá fazer o mesmo comigo?!
— Não é bem assim, minha vida! — volta o seu olhar para mim — Não fica brava! Foi exclusivamente em caráter educacional! Queria que a sua primeira vez fosse especial! — Se aproxima de mim, acaricia o meu rosto por alguns segundos e completa — Queria que você gostasse e que, acima de tudo, ficasse satisfeita!
— Mesmo assim! Isso não se fala pra ninguém! Se bem que… — começo a lembrar-me da conversa que eu e as meninas tivemos no navio e a Bianca disse que a primeira vez dela não foi legal.
— Se bem que… O quê?
— A Bianca fez um breve comentário que a primeira vez dela não foi legal, diferentemente da Alessandra. — O Júlio dá uma gargalhada e sinto as minhas bochechas queimarem mais ainda — Qual é a graça?
— Eu já imaginava que a Bianca faria um comentário assim, então, acredito que eles estão quites agora. Não tem como não conversar certas coisas com os melhores amigos, aposto qualquer coisa que você desejar que a Bianca irá te perguntar algo amanhã!
— Mas eu não vou dizer nada. Não é da conta dela o que acontece com a gente.
— Mesmo assim, ela vai perguntar e vai insistir, então, o que pensa em dizer pra ela?
— Já disse que não vou dizer nada! — jogo um pouco de água nele, assustando-o, começo a rir.
— Aaaa… Você quer guerra, minha esquentadinha! — Ele começa a jogar água em mim também.
Começamos a brincar com a água, molhando bastante o chão, envolta da banheira. Subitamente, no meio da brincadeira, lembro-me de algo.
— O que foi? De repente ficou tão séria!
— O que aconteceu entre você e o anjo rabugento antes do casamento? Eu vi vocês discutindo e ele quase te atacou.
— Infelizmente não posso falar, Sara. — fecha completamente a cara.
— Por quê?
— O Zarphiruus colocou um feitiço em mim pra não dizer nada a você. Eu sinto muito! — Se aproxima de mim e acaricia o meu rosto novamente — Juro pra você que eu queria te falar, mas o velho cumpriu um pedido do meu pai colocando esse feitiço em mim.
— Eu não entendo! — dou um soco na água de raiva — Por que eles não falam logo o que estão escondendo de mim? Por que esse mistério todo?
— O Gabriel não me falou os detalhes, mas é algo muito sério e só ele pode te falar. Acredito que se o anjo rabugento, como você diz, resolver algum dia te contar, vai entender melhor tudo que está acontecendo. — Ele me abraça com força — Agora, por favor, esqueça isso.
Com um pouco de dificuldade, esqueci o assunto da discussão entre o anjo rabugento e o meu moreno. Não tive nem como ficar refletindo muito sobre isso, pois as carícias de amor do meu maridinho lindo é algo que me faz esquecer qualquer coisa.Tivemos uma noite incrível, pelo menos para mim foi maravilhosa, mas acredito que para ele também foi, pois, está com uma cara estranhamente feliz. Só agora, após acordar, é que percebo que as nossas bolsas de viagem já estavam aqui, próximas da entrada da casa ninho. Acredito que não percebi na hora que entramos devido ao meu nervosismo.Rapidamente nos arrumamos, guardo o meu vestido e todos os enfeites na minha bolsa, descemos a grande árvore com o Júlio seguindo na minha frente
Depois de nos alimentarmos, me aproximo do anjo rabugento e do Nyrun.— Pronta para voar comigo, fedelha? — questiona ao levantar uma sobrancelha, mas não parece estar com raiva.— Será que nunca vai me chamar pelo meu nome, anjo rabugento? — reviro os olhos para ele.— Para mim, sempre será uma fedelha de boca suja. — diz abrindo um meio sorriso.— Então, você sempre será o anjo rabugento pra mim. — digo sem conter o meu sorriso, fazendo-o suspirar profundamente e desfazer o seu sorriso.— A
Estou num campo com pequenas elevações de terra totalmente cobertos com uma vegetação rasteira e flores, muitas flores de todos os tamanhos e cores. Além disso, há várias árvores por todo o lugar, mas não como uma floresta densa, elas são mais espaçadas. Uma brisa suave e temperada beija o meu rosto e faz balançar suavemente o meu cabelo solto.Olho para os meus pés e… Estão descalços, pisando a grama verde e levemente úmida. Estou usando um vestido branco na altura dos joelhos, de um tecido fino e esvoaçante, com mangas até a altura dos cotovelos.Olho para cima e vejo um sol amarelado num céu azul lindo e sem qualquer vestígio de nuvens. Começo a caminhar lentamente, subindo o morro mais próximo de mim, quando chego ao final, vejo um vasto jardim com um r
Volto o meu olhar para o possuidor da Acrux, ele está petrificado no lugar, parece que está observando a cena a sua frente, encaro a sua espada que está levantada no ar, porém, imóvel. Eu já vi essa Acrux! Onde foi que eu a vi?Tento me aproximar dele, porém ele vira de costas para mim por um instante, depois volta a observar a cena da minha velha agonizando, tirando o capuz e… Não! Você não! O Gabriel tentou matar a minha mãe? Mãe! Grito a plenos pulmões voltando a minha atenção para ela, mas o susto me desperta, fazendo-me sentar no saco de dormir.Ofego, puxando o ar com força para os meus pulmões, a dor no meu peito é forte demais. O Gabriel tentou matar a minha mãe! É isso que ele tem escondido de mim por todo esse
Os guerreiros-folha atacam e se protegem dos demônios usando as suas armas, além de fazer crescer plantas, perfurando alguns dos malvados bruxos que se aproximam deles.Alguns demônios se aproximam de mim e do Júlio que está com a sua lâmina em riste, porém ainda sem atacar ninguém, acredito que está com medo de deixar-me sozinha.— Rylo! Tire a Sara daqui! Agora! — O Gabriel grita, olhando para o meu irmãozão após fazer dois demônios virarem cinzas.O Rylo, que está atacando um bruxo com os seus raios verde-esmeralda, olha para nós, então corre na nossa direção com um escudo na mesma cor dos seus raios ao redor do seu corpo.
Olho para as minhas mãos, percebo que a minha áurea vermelha não desapareceu. Droga! O que está acontecendo? Sinto as mãos do meu moreno me tocando pelas costas, ele me abraça.— O que foi, meu amor? — O Júlio me ajuda a sentar-me melhor.— Dor… E sede… — isso está ficando insuportável.— Minha filha, por que não está se alimentando? — O estranho guerreiro murmura, acariciando o meu rosto.— Filha? — levanto as sobrancelhas.— Tecnicamente ele é seu pai. — declara apontando para o Gabriel atrás dele — Mas você tem o meu sang
Seguimos atrás da Lilith, eu na frente, o Gabriel e o Isalryon até tentam me deixar atrás deles, mas não deixo. Percebo que ninguém guardou as lâminas. Devem estar preocupados. Eu poderia liberar a minha Acrux, mas acho melhor não para tentar acalmar eles. Vai dar tudo certo, gente! Queria dizer, mas, na verdade, nem mesmo eu tenho toda essa confiança. Noto que o Samael não está mais na frente do portão. Aonde será que ele foi? Será que é para trazer a minha mãe? Conforme nos aproximamos vou tendo a certeza de que o lugar é imenso. Muitas criaturas devem morar aqui! Por isso que o Lucas disse que não viu onde a minha mãe está. São quatro torres muito altas e várias outras um pouco menores, coladas a três prédios de uns dez andares. Será que vamos ter que subir muitas escadas? Percebo que quando já estamos bem perto, quatro anjos negros pousam e entram na construção, logo em seguida os três, que estavam voando sobre nós, pousam e ficam nos obser
O Samael usa a sua lâmina negra contra o Gabriel e outra contra o Isalryon. Os meus pais lutam muito bem, mas parece que o anjo negro tem vantagem sobre os dois, pois ele não lutou lá fora, ficou apenas observando se não me falha a memória.Percebo que o Noluckin faz sinal de querer ir até os três guerreiros, provavelmente para ajudar os meus pais, porém, ao tentar pegar a sua Unucky ela queima a sua mão e ele desiste.Enquanto os três lutam, a Morgana joga os seus raios na direção do Zarphiruus, da Shirley, do Lucas e do meu irmão. Rapidamente eles se defendem e contra-atacam, mas eles já estão bastante cansados devido à luta no exterior do castelo.Lembro que a Morgana e a Lilith não lutaram na batalha anterior, apenas observaram e deram ordens, por isso a bruxa dos infernos tem vantagem sobre os meus amigos, apesar dela estar lu