Capítulo 4

Nênaly

Foi uma noite perfeita!

Eu não havia me divertido tanto assim faz tempo… Nós fomos em todos os brinquedos possíveis do parque, jogamos em alguns e até ganhamos um ursinho, Cadu era bom nesses jogos e conseguimos ganhar um ursinho, que ele me deu, como lembrança do dia legal que tivemos.

Foi tão legal, depois de nos divertimos muito fomos comer algo, e comemos como se não houvesse amanhã, comemos muito! Nossa, o Cadu era tão legal, tão divertido, eu me senti tão bem com ele, ele me fez rir o tempo todo, definitivamente eu amei essa noite… mas já estava tarde e estava na hora de voltar pra casa.

Voltamos ao estacionamento e pegamos sua moto para irmos embora… passei o meu endereço pra ele e fomos.

Chegando ao meu condomínio ele estacionou e descemos da moto tirando os capacetes.

– Foi incrível Cadu… obrigada! Eu disse.

– Que nada… eu também gostei muito, a tempos não me divertia assim… disse ele.

– Eu também não… eu disse e ele ficou me olhando por um tempo, eu me senti envergonhada.

– Então… disse ele um pouco sem jeito… eu já vou.

– Está bem… eu disse… vá com cuidado e me ligue quando você chegar em casa.

– Ok, eu ligo… até mais… disse ele se despedindo com um beijo em meu rosto.

– Até Cadu… eu sorri e entrei em meu condomínio.

Fiquei observando ele ir embora e depois fui para casa.

– Onde estava? Pergunta minha mãe assim que entro em casa.

– Sai com um amigo… eu disse.

– E esse urso, foi ele que lhe deu?

– Isso? Não… que dizer… Mais ou menos, nós ganhamos juntos nos joguinhos do Parque.

– Foram ao parque? Nossa, que legal… disse ela… e quem é esse amigo? Eu conheço?

– Ainda não…

– Mas já gostei dele, te fez ficar bem melhor… disse ela.

– Fez sim, ele é muito legal… acredita que ele tem um irmão gêmeo? Eu disse.

– Jura? Nossa que coisa… e você conheceu o irmão dele também?

– Não, ele mora em outro país…

– Hum… legal… parece que você gostou mesmo desse amigo não é? Qual o nome dele?

– É Ricardo, mas o apelido é Cadu… gostei sim, o conheci na praia e aí ficamos amigos.

– Que bom filha… bom, eu estava esperando você chegar pra poder ir dormir… disse ela.

– Agora pode ir… eu disse e subimos juntas pros nossos quartos.

Tomei um banho e pus o meu pijama, estava indo me deitar quando meu celular vibrou, era Cadu.

– Já chegou? Perguntei atendendo.

– Sim… e você já estava indo dormir?

– Sim… obrigada pela noite, foi demais!

– Por nada… amanhã eu vou surfar pela manhã, quer ir até lá?

– Hum… sim, eu vou… eu disse.

– Ok, te vejo lá… boa noite Nena.

– Boa noite anjo! Eu disse e imaginei o seu sorriso ao ouvir me dizer isso.

Desliguei e me deitei para dormir… essa amizade estava mesmo me fazendo bem, foi muito bom conhecer o Cadu, ele era de verdade um anjo, essa noite com ele me fez esquecer de tudo e me divertir muito, rir de tudo, me desligar completamente do mundo… com certeza ele era o meu anjo, que veio pra me ajudar a superar tudo que havia acontecido comigo.

Manhã de domingo - Ricardo

Mal consegui dormir depois da noite de ontem… eu fiquei pensando quase que a noite toda em como Nena prendeu a minha atenção a ela… eu estava me apaixonando? Talvez sim… alguma coisa dentro de mim só queria estar com ela, fazer ela ficar bem, fazê-la sorrir, desde o primeiro dia que a vi eu pensei assim… sem falar que ela é linda demais e qualquer cara poderia se apaixonar por tanta beleza… respirei fundo passando as mãos pelo rosto… eu não sei o que vou fazer se for realmente isso, pelo que vejo ela não está nem um pouco interessada em algo mais do que amizade comigo… e eu vou ser apenas o “anjo protetor” porque é assim que ela está me vendo, como um amigo, um anjo, que protege e cuida… bom, eu quero ser esse anjo sim, mas também posso ser o amor que ela precisa, não sei, bom, não sei de mais nada, é melhor nem ficar pensando muito e deixar as coisas acontecerem.

Me levantei rápido e coloquei minha roupa de surfar, depois fui tomar café.

– Oi Mãe! Eu disse lhe dando um beijo.

– Oi filho… não lhe vi chegar ontem… disse ela.

– Pois é, cheguei tarde… eu disse me sentando a mesa e me servindo.

– A Babi veio te procurar ontem.

– E ela disse o que queria?

– Não… só queria falar com você…

– Hum… depois falo com ela… eu disse.

– E Henrique, ligou pra você?

– Não mãe, nem pra você?

– Não… disse ela triste.

– Mãe, não fica assim… não gosto de te ver triste.

– Não ligue filho, eu já acostumei… disse ela.

– Eu vou surfar, quer ir me ver? Perguntei.

– Não querido, eu tenho um compromisso… disse ela.

– Ok… até mais tarde… digo me levantando e saindo.

Desço até a garagem do prédio e pego a minha prancha, depois sai e atravesso as ruas até a praia… Coloco a prancha sob a areia e começo a me preparar pra entrar na água.

– Hei, Cadu… disse Babi vindo até mim.

– Oi Babi… digo.

– Te procurei ontem, mas sua mãe disse que você havia saído e não sabia pra onde.

– É… eu… sai um pouco.

– Hum… disse ela desconfiada.

– Vou cair no mar, volto já... eu disse pegando minha prancha e saí correndo para o mar.

Peguei algumas ondas, e no intervalo delas eu olhava para a areia esperando que Nena estivesse lá, mas ela não apareceu… sai da água e voltei pra areia.

– Cadu, acabei de receber um SMS do Júnior, ele vai dar uma festa na casa dele hoje.

– Hum, legal…

– Você vai? Perguntou ela.

– Sim, se ele mandou o SMS pra mim eu vou.

– Vou ver se a Luana e a Gabi vão também, se elas forem eu vou, não quero ficar lá sozinha… ela dizia.

Mas eu confesso, mal estava prestando a atenção, eu estava pensando mesmo era na Nena, porque será que ele não veio? O que aconteceu? Será que eu estava sendo chato a chamando pra fazer algo a toda hora? Acho que sim, nós mal nos conhecemos e eu já estava sufocando ela, que burro Cadu, deveria dar espaço a garota.

– Babi, eu tenho que ir… eu disse me levantando.

– Se for a festa nos vemos lá… disse ela.

– Beleza… até… eu disse indo em direção de casa.

Fique mesmo um pouco triste, pensando no porquê dela não ter vindo, bom, deve ter acontecido algo, só espero que não seja nada ruim… quem sabe ela tenha me mandado uma mensagem ou me ligado, e eu não vi pois o celular ficou em casa… Fui o mais rápido possível pra casa, guardei a prancha na garagem e subi para meu apartamento, estava entrando e minha mãe estava saindo.

– Onde vai mãe? Pergunto.

– No clube, vou almoçar lá… disse ela.

– Ata, beleza, vai lá… eu disse me despedindo dela e entrei em casa.

Fui até o quarto e peguei meu celular, haviam algumas ligações da Nena, claro, ela queria me avisar porque não apareceu… havia uma mensagem também, então li.

Mensagem

Cadu, perdoe-me mas não posso ir a praia hoje, não estou me sentindo bem.

Desculpe, beijo!

Ela estava se sentindo mal… que pena… resolvi ligar e saber mais… segundos depois ela atendeu.

– Oi nena… eu disse… vi sua mensagem, está mal?

– Oi Cadu… sim, um pouco, estive com febre essa noite e muita dor no estômago, com certeza não deveria ter comido tanto no parque ontem… disse ela.

–Sinto muito Nena, você deve ter tido uma indigestão ou coisa assim… eu disse.

– Pois é, mas eu vou ficar bem, minha mãe ligou pro médico e ele me passou uns remédios.

– Ah sim… você… se importa se eu for lhe ver?

– Não, tudo bem, se quiser vir… disse ela.

– Nessas horas é bom ter um anjo por perto… eu disse e imaginei o seu sorriso do outro lado.

– É verdade… disse ela.

– Então, estou indo, até já.

– Até já… disse ela e eu desliguei.

...

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