Não demorou muito e eu cheguei a festa… entrei e o pessoal da faculdade estava lá… logo que cheguei Júnior que estava no bar de sua casa veio até mim.
– Enfim mano… disse ele me cumprimentando.
– Lembrando que só vim por chantagem… eu já ia dormir, estava casado… eu disse.
– Me fala dessa garota, quem é ela? Onde a conheceu? Por ter prendido a sua atenção deve ser uma gata e tanto.
– Ah, depois eu te falo sobre isso… eu disse… tenho uma bomba pra te falar antes.
– Vamos beber alguma coisa, mas vai falando… disse ele e fomos até o bar.
– Henrique, ele está voltando, chega amanhã… eu disse pegando uma bebida.
– Que? Sério mesmo? O que deu nele?
– Não faço idéia… com certeza ele está vindo por algo da empresa, não porque está com saudades.
– Odeio concorda, mas é verdade… disse ele.
– Já vi que essas férias não serão nada fácil com o “bom humor” do Henrique lá em casa.
– Não queria estar na sua pele meu amigo… disse ele.
– Nem eu, mas… fazer o que, ele é meu irmão e gêmeo, não tenho nem pra onde correr.
– Mudando de assunto… e a Babi, como está com ela?
– Ah mano… eu acho que não vamos mais voltar… eu gosto dela sabe, mas… acho que não é mais a mesma coisa.
– Entendo… pow, é complicado, ela ainda gosta de você, estávamos conversando e ela me disse que está mal e tals porque vocês estão separados.
– Eu sei, mas…
– Já entendi tudo… disse ele… essa garota nova, ela te chamou a atenção não foi?
– Bom… mais ou menos isso… eu disse e ele riu.
– Sabia mano… te conheço, mas… a Babi também conhece, então é melhor você abrir logo o jogo com ela.
– Pois é, é melhor… mas tipo, não tá rolando nada entre mim e a menina, mas eu me senti atraído por ela.
– Hum, entendi… mas é sempre melhor esclarecer as coisas mano.
– Verdade, eu vou conversar com a Babi assim que puder.
Curti um pouco a festa com a galera, mas não voltei para casa tarde, pois amanhã o dia vai ser corrido e a noite vai ser tensa com a volta do Henrique… e eu estava casado, então fui embora, Babi veio comigo e fomos conversando até em casa sobre as férias que estavam se aproximando.
Chegando nós pegamos o elevador e subimos, o andar dela chegou e eu saí pra acompanhá-la até a porta.
– Obrigada pela companhia… disse ela.
– Por nada… eu disse.
– Cadu… eu… sinto sua falta… disse ela chegando mais perto.
– Babi… eu preciso conversar com você, mas hoje não.
– Já tomou a decisão? Porque eu sim, e eu não quero ficar sem você Cadu… disse ela.
– Calma… vamos conversar… mas não agora.
– Está bem, como você quiser… disse ela.
– Até mais Babi… eu disse e lhe dei um beijo na bochecha.
Peguei o elevador novamente e subi pro meu andar.
Manhã de segunda-feira - Nênaly
Acordei bem melhor, já podia me levantar e ir a faculdade, estávamos nas provas finais e eu não podia faltar… então me arrumei e depois desci, Helô havia me mandado uma mensagem dizendo que estava me esperando lá embaixo pra tomar café, com certeza ela quer saber sobre o Cadu, haviam várias mensagens dela perguntando sobre ele e dizendo que viu ele saindo daqui de casa.
– Bom dia… eu disse entrando na cozinha.
– Bom dia filha, está bem?
– Sim mãe, tô melhor.
– Claro que está, depois da visita de ontem… disse Helô e Leandro ficou sério.
– Quem veio aqui ontem? Perguntou ele e Helô me olhou assustada.
– Um amigo… eu disse me sentando.
– Que amigo Nênaly? Perguntou ele.
– Um amigo Leandro, você não conhece, ele é um novo amigo… eu disse.
– Deixe sua irmã Leandro… disse minha mãe.
– Acaso a senhora conhece ele mãe? Perguntou ele.
– Conheci ontem e é um rapaz muito gentil e educado, sem falar que é bem bonito heim filha… disse ela sorrindo e eu morri de vergonha.
– É um “anjinho loiro” não é tia? Disse Helô.
– Parem! Eu disse e olhei pra duas as repreendendo.
– Se é que posso dar a minha opinião Nênaly, só digo pra tomar cuidado, lembre do que aconteceu com Fernando… disse ele e eu fiquei séria… mas que droga, porque ele tinha que lembrar disso? Já não me passava pela mente isso, mas agora… eu lembrei de tudo.
– Ele não é igual ao Fernando, e somos apenas amigos, e ele é um amigo muito bom… eu disse firme.
– Se você diz… disse ele se levantando e saindo.
– Desculpe amiga… disse Helô.
– Tudo bem… Leandro é assim, você sabe… eu disse.
– Anda meninas, tomem logo café, vão se atrasar… disse minha mãe.
– Vamos Helô… eu disse pegando uma maçã e me levantando.
– Mas você vai me contar tudo no caminho heim… disse ela.
– Contar o que?
– Tudo que vocês ficaram fazendo ontem… eu o vi saindo e até falei com ele, ele é um fofo… disse ela.
– Aí meu Deus… tá bom, vamos logo… eu disse, nós despedimos de minha mãe e saímos.
As provas foram difíceis na faculdade, mas nós sobrevivemos.
Quando saímos de lá fomos ao shopping dar uma volta, e eu aproveitei pra contar pra Helô tudo que Cadu e eu fizemos ontem, ela não parava de perguntar, meu Deus.
– Amiga, eu acho que ele te algum interesse em você… disse ela.
– Será? Eu disse pensativa… ele só me pareceu querer ajudar, como um amigo mesmo sabe.
– Não sei não… mas, se ele tiver ele vai demonstrar, mas e você, o que sente quando está com ele?
– Bom… eu me sinto bem, eu fico feliz, ele é como se fosse um anjo mesmo sabe, te traz paz e segurança, sei lá, eu não sei exatamente o que sinto, é um misto, mas não quero me envolver com ninguém agora, você sabe, depois do que aconteceu comigo.
– Amiga eu acho que não vale a pena você parar a sua vida por causa do sem vergonha do Fernando que não soube te valorizar.
– Eu tô insegura amiga, não sei se posso confiar assim em alguém, tenho medo.
– Pois já viu que o seu anjinho é um fofo, se enxergar ele de outra maneira, vai começar a sentir outras coisas por ele… disse ela.
– Não sei se quero ver isso agora Helô, é muito cedo.
– Vai ficar esperando a vida toda? Pelo amor de Deus Nena, depois não diz que eu não avisei heim… disse ela.
– Você fala isso, mas está na mesma, não tenta mais nada com o Leandro.
– Você é que pensa, estou tendo várias idéias aqui querida, ele vai ficar caidinho por mim, vai ver só… disse ela e eu ri.
– Aí amiga, você e suas idéias geniais.
– Se não der certo, não me chamo Heloísa.
– Devo começar a procurar outro nome pra você? Perguntei rindo.
– Não, claro que não, vai dar certo amiga, você verá… disse ela.
...
Noite de Segunda-Feira - Ricardo.Depois do dia longo de trabalho e faculdade eu cheguei em casa morto, mas também ansioso, porque será que Henrique voltou, o que ele pretendia com essa volta? Saudades ele não estava sentindo, tenho certeza, mas eu iria dizer isso perto da minha mãe, ela está tão feliz, mas eu sei que não é por isso.Minha mãe estava na cozinha fazendo o jantar, então fui pro meu quarto e tomei um banho, me vesti e deitei um pouco pra descansar antes que o Henrique chegasse.Peguei meu celular e fiquei olhando as mensagens e ligações… senti a enorme vontade de ligar pra Nena, pra contar sobre a volta do meu irmão e claro, saber como ela estava, se estava melhor, como foi o seu dia… mas será que devo ligar? Bom… porque não né? Disquei seu número e esperei.– Oi Cadu… disse ela atendendo.– Oi Nena… eu disse… como está? Melhor?
Ficamos caminhando pela praia e conversando, e na maioria do tempo eu fiquei pensando no que Helô havia me falado… se eu parasse um pouquinho e olhasse diferente pro Cadu, eu veria o quanto ele era lindo, o quanto ele chamava a atenção de qualquer garota por onde ele passava, e eu percebi isso hoje, ele era sim um cara perfeito, que qualquer menina gostaria de ter… será que depois do que ela me falou, eu consigo não pensar dessa forma? Não sei… me despertou o interesse, mas mesmo assim eu tenho medo de me magoar de novo.– O que foi Nena? Você parece distante… disse ele.– Hã? Eu? Não, eu tava pensando uma bobagem aqui, nada de mais… eu disse envergonhada.– Sabe Nena… eu acho que você ainda não me disse porque estava mal naquele dia na praia… disse ele e eu fiquei em silêncio… – Por acaso foi um relacionamento que não deu certo? Perguntou ele e eu arregalei os olhos pensando, como ele sabia?– É… foi isso… eu
Manhã de sábado - RicardoA noite ontem não podia ter sido melhor… o que eu mais queria aconteceu, Nena e eu ficamos, eu finalmente disse a ela tudo que eu tava sentindo, a princípio ela ficou medo, mas no fim acabou cedendo e me beijou, claro que não neguei, era o que eu queria, agora eu não sei o que vai acontecer, porque não falamos nada ontem a noite, apenas ficamos aproveitando o momento… sei que ela está insegura e com medo, pelo que aconteceu, e falando nisso, eu não podia acreditar que o Fernando havia feito aquilo com ela, logo ele que me parecia um cara bacana, realmente não conhecemos as pessoas, as aparências enganam… vai ser difícil ela confiar em alguém assim rapidamente, mas com o tempo isso vai passar, e em mim ela pode confiar eu jamais faria algo assim, ainda mais com ela que é uma menina maravilhosa.– Filho! Diz minha mãe batendo a porta.
As lágrimas já brotavam em meu olhos, eu não conseguia parar de olhar aquilo… Helô percebeu e também viu o que eu estava vendo…– Não posso acreditar… disse ela.Mas eu não consegui dizer nada, apenas me levantei e saí dali correndo, eu não queria ver aquilo, era demais pra mim, eu me senti a pessoa mais idiota do mundo, a mais boba, a mais tonta, como eu pude acreditar no que ele me disse? Aquele papinho de anjo e tudo mais… eu sou um ingênua isso sim, muito ingênua, muito idiota, eu estava com uma raiva imensa de mim mesma… a tristeza novamente tomou conta do meu coração, eu novamente fui passada pra trás… como eu deixei isso acontecer de novo?Helô me chamava, mas eu não dava ouvidos, eu saí dali e corri pela praia na direção oposta onde eles estavam… eu só queria sumir dali, não lembrar que vi aquilo.Eu estava chorando e de cabeça baixa, nem percebi que bati de frente com alguém que estava saindo do mar.<
RicardoDepois que saímos da lanchonete, levei Nena em casa e depois voltei para a minha.Chegando minha mãe estava preparando o almoço, então fui tomar um banho pra tirar o sal e a areia do corpo e depois voltei pra cozinha onde estava minha mãe.– Mãe, quer alguma ajuda? Perguntei.– Não querido… disse ela… mas, me conta, quando vou conhecer a menina que ganhou seu coração?– Em breve mãe… ainda é cedo sabe, mas eu vejo que essa relação vai se firmar, eu sinto, senti isso hoje na praia, com uma situação que aconteceu, só me deu mais certeza de que ela também está começando a sentir o que eu já sinto por ela... eu disse.– Hum, que lindo filho… mas, o que foi que aconteceu?– Ela viu o Henrique com uma garota, não sei quem era pois não vi, e pensou que fosse eu… imagina, ela ficou mal, eu pude ver nos seus olhos
Noite de sábado - NênalyEstava tudo pronto pro Luau que Helô estava organizando na praia, já havíamos terminados os últimos detalhes então fomos pra casa pra nos arrumar e depois ir pra lá.Depois de muito insistir eu convenci o Leandro a ir no Luau, eu disse que a galera da faculdade estaria lá e ele até que se animou, mal sabe ele que Helô quer fisga-lo nesse luau, e com um pouquinho de sorte ela consegue, assim espero, quero muito ver meu irmão e minha melhor amiga juntos.Enfim… preciso me aprontar, também vou encontrar o Cadu e quero estar bem bonita, nós estamos nos dando super bem e cada minuto eu quero estar com ele, acho que estou começando a gostar dele, isso pode ser bom, mas também pode ser ruim… mas, por enquanto não quero pensar n
RicardoAcordei bem cedo hoje, pois queria tudo pronto pra quando Nênaly chegasse, ela viria almoçar aqui em casa hoje e eu queria que fosse tudo perfeito.Me levantei rápido, tomei um banho pra acordar e fui pra cozinha vê se não estava faltando nada pro almoço.– O que está fazendo de pé tão cedo filho? Perguntou minha mãe.– Quero ter certeza de que não vai faltar nada é que tudo está em ordem quando a Nênaly chegar mãe… eu disse.– Nênaly? Então esse é o nome da sua “amiga” nova né? Disse ela sorrindo.– Sim… ela tem um nome lindo não é?
Sentamos em minha cama e eu comecei a contar tudo que Nena precisava saber sobre Babi e sobre Henrique, eu estava muito nervoso com medo da reação dela depois que soubesse que Babi e eu fomos namorados e que supostamente ela estava se unindo ao meu irmão pra tentar me fazer ficar mal diante dela.– Cadu, você foi muito honesto me contando tudo isso, eu fico muito feliz, não precisa se preocupar, eu entendi tudo e também, o que você teve com Bárbara ficou no passado não é mesmo?– Sim, com certeza sim… eu… estou gostando mesmo de você Nena… eu disse pegando nas mãos dela.– Eu também estou Cadu… ela sorriu um pouco sem jeito.– Uma coisa você pode ter certeza, eu serei sempre sincero contigo… eu disse.– Eu sei que sim… ela sorriu… eu também serei.– Bom, agora que já conversamos eu estou muito mais tranquilo… digo.– Olha… você tem um violão… diz ela mudando de a