— Como me achou aqui? — Skyler pergunta, já sentindo a garganta fechar em completo nervoso. — Meu amor... eu... — Vai embora! — ela tenta fechar a porta, mas Stephen coloca o pé para impedi-la. — Stephen... — Eu só quero conversar! Você me deve isso. Stephen força a porta para dentro e Skyler tropeça nos próprios pés. Uma vez dentro da casa, ele coloca as mãos nos bolsos e encara tudo. Skyler anda de costas, tentando se afastar o máximo que consegue de seu marido. — Eu não te devo nada. — diz, baixo. — Nós estamos casados há mais de dez anos. Brigas são normais, meu amor. Não podemos simplesmente acabar com tudo, por nada. — Nada? Stephen ergue a mão e Skyler fecha o olho assustada. Ela espera um tapa ou algo do tipo, mas ele apenas toca em seu braço. — Não precisa ter medo de mim. — ele diz, alisando o braço da mulher apavorada. — Eu só quero você e nossa vida de volta. Preciso disso. Skyler puxa o braço sutilmente e caminha para o outro lado da sala. Porém, a ca
Quando Haley chegou à noite, ansiosa para mostrar o que havia comprado para sua irmã, ela encontrou a mesma no sofá, como se algo muito ruim tivesse acontecido. Skyler encarava a enorme TV, que estava desligada, sem piscar e com o olhar vago. Ela tenta disfarçar para Haley, dizendo que era apenas cansaço. Não convenceu a mais nova, mas a excitação de ver a irmã abrir o presente, fez com que ela esquecesse daquilo bem rápido. Quando Skyler viu que era um aparelho celular de última geração, ela apenas se perguntou o porquê de não ter sido presenteada mais cedo. Teria a poupado de muitos estresses com Stephen, com apenas uma ligação para alguém. Obviamente que ela não falou nada com a irmã e apenas a agradeceu pelo presente, dizendo que iria se deitar pois estava muito cansada. Haley até tentou fazer com que ela ficasse, para lhe ensinar a mexer no aparelho, enquanto comiam pipoca e viam algum filme, mas a mulher mais velha estava doida para deitar sua cabeça no travesseiro e fazer
— Guy! Alex se levanta, assim que vê o enorme jogador bater em sua porta. Os dois apertam as mãos e se abraçam rapidamente. — Se eu soubesse que já tinha chego, teria ido te recepcionar. — Acabei de chegar e vim direto até você. Guy caminha diretamente até o frigobar e retira uma cerveja dali. Sentindo-se em casa, como sempre, ele a abre e dá um generoso gole. — Já fazia um tempo desde a sua última visita. — Alex comenta, indo até o sofá. — O que devo a honra dessa visita? Saudade da minha culinária? — Depois de comer besteira em cada país, devido a uma partida diferente, é sempre bom estar em casa e comer algo caseiro. — Guy emite um barulho que parece uma risada e se junta a Alex no sofá. — Mas não é por esse motivo que vim aqui. — Então me conta. — Vou fazer uma festa para comemorar o ano novo e quero a sua equipe, no comando do buffet. — Olha amigo, eu aprecio que goste da nossa comida, mas nós não oferecemos serviço de buffet. — E não consegue abrir uma exceção
Quando deu meia noite e Alex resolveu que era hora de fechar, todos estranharam. Era mais do que comum, aquele restaurante virar uma espécie de balada, após a meia noite. — Não estou me sentindo muito bem. — ele diz. — Quando os últimos clientes forem embora, pode fechar tudo e irem também. Ele já não se sentia bem desde que Guy o tinha pedido, para fazer com que Skyler fosse dele antes da virada do ano. E a ideia de vê-la nos braços de outro, o deixava extremamente enjoado. Mesmo que ele não tivesse coragem para chegar nela e contar o que estava passando em sua mente. E coração. Ignorando o fato de Guy ainda estar por ali, Alex vai para o seu escritório, querendo pensar em algo para escapar daquela m*****a festa, que pode melhorar tanto a visibilidade do restaurante, com pessoas do alto escalão. Não muito longe dali, Skyler conferia no computador quantas reservas não compareceram. Ela ouve um burburinho e olha para trás, encontrando o homem que quase havia a derrubado, replet
Alex não conseguia pensar em nada, para evitar participar da festa de Guy. Todas as opções que lhe passavam pela cabeça eram absurdas demais ou não faziam o menor sentido. Sua cabeça fervilhou desde o momento em que lhe foi feita a proposta, até sua chegada em casa. Foi aí que ele percebeu que Skyler estava tomando conta de cada centímetro de seu pensamento, já que ele devia ter ido para o apartamento, não para a casa que dividia com Irina. A gigantesca casa estava quieta e escura. Sem acender uma luz sequer e cansado demais para dirigir até outro lugar, Alex sobe as escadas e vai em direção ao quarto de hóspedes. Ao passar diante do seu antigo quarto, o fato da porta estar completamente escancarada e com tudo aceso, chamou sua atenção. Irina odiava a luz na hora que ia dormir e nunca esquecia de fechar a porta. Curioso com aquilo, Alex adentra o ambiente, olhando toda a calmaria em volta. — Iri? — chama, indo até a porta também aberta, do banheiro. — Irina, está em casa? O b
Dias se passaram desde que Skyler decidira que iria provar para si mesma, que não estava tendo pensamentos amorosos com seu chefe. Os sexuais tudo bem, já que ele era de um enorme sexy appeal, mas amorosos? Não! Todas as vezes que Alex tentava uma aproximação a mais, fosse para falar algo do trabalho ou realmente puxar um assunto diferente com Skyler, a mesma desconversava e se agarrava a Ully, para fugir daquilo. Ela até conseguia fugir dele no trabalho, mas em sua mente era impossível. Muitas das vezes ela o estava encarando de longe, sem perceber que o estava fazendo. Então era nessa hora que Ully, sua nova melhor amiga, entrava. Ela já havia sacado há dias que algo rolava entre aqueles dois. Fosse a química absurda que explodia de seus olhos, quando se encaravam frente a frente, ou a maneira que um olhava para o outro à espreita. Ully estava determinada a fazer Skyler esquecer o drama da sua vida e enfrentar algo novo. Mesmo que seu passado estivesse lhe perseguindo dentro de
Quando a campainha toca, Alex entra em um pequeno desespero. Ele encara sua imagem diante do imenso espelho do closet, perguntando-se se tudo não estava exagerado demais. O barulho da campainha surge mais uma vez e só então ele lembra, que tinha pedido para os cozinheiros não se preocuparem com a porta, pois ele iria recepcionar seus convidados. Então mais do que depressa, ele desce as escadas, rumo a entrada. Seu tio Charles e a mãe de suas convidadas, estavam sentados na sala, conversando como se fossem amigos há diversos anos. Alex nunca tinha visto Charles se entrosar tanto com alguém. Ele abre a porta e observa as duas mulheres à sua frente. Elas estavam com sacolas de presente e uma enorme travessa. Alex até tentou não engolir Skyler com os olhos, mas ela estava maravilhosa naquele vestido vermelho. E embora ela fosse uma mulher de quase trinta anos, seu rosto era doce e angelical. — Olá! — Haley sorri e abraça Alex de qualquer jeito. – Feliz natal, grandão. — Feliz n
No momento em que os lábios de ambos se chocaram, foi como se tudo em volta havia parado. As luzes natalinas pararam de piscar, o grande relógio parou em onze e cinquenta e sete. Para Skyler, não existe presente melhor do que aquele beijo. Seus lábios pareciam ter o encaixe perfeito. Em toda sua vida, nada fez tanto sentido, como aquilo. Alexsander sabia que beijar Skyler ia ser incrível, mas não como estava sendo. Seu estômago borbulhava, como se fosse a primeira vez que beijava na vida. Estava sendo melhor do que havia sido, nos diversos pensamentos que teve sobre aquilo. Eles não pareciam capazes de se largar. Uma mão de Alex estava no rosto de Skyler e a outra apertava levemente sua cintura. As dela, seguravam a parede. Seu pavor era Alex largá-la e acabar indo de encontro ao chão. Segundos antes do relógio tocar, indicando ser meia noite, Haley desce e acaba por atrapalhar os dois beijoqueiros. — Eita! — ela murmura, junto com o barulho do relógio. Alex e Skyler se afa