— Vamos nos sentar aqui, você está com fome?Ele se sentou na ponta do colchão e abriu uma tigela retangular contendo frutas fatiadas artesanalmente desenhadas. Na mesma mesinha tinha um balde de gelo, com uma garrafa de frisante rosê.— Digamos que eu comeria...Me sentei ao seu lado.— Não sabia que o CEO tão imponente e sério fosse tão romântico.Brinco, arrancando-lhe um sorriso.— Você ainda não viu nada.Disse mordendo um morango.— O que eu faço com você, Linda?Sorriu descarado, trazendo o morango até minha boca. Mordi um pedaço e o vejo ofegante com meus lábios tocando a ponta dos seus dedos. Maurice ergue um pouco mais a mão e acaricia meu rosto, fazendo-me fechar os olhos ao desejar seu toque.Meu delicioso Ferri me puxa para mais perto e quando percebo, sou sugada em um beijo avassalador, tão necessitado como se minha alma fosse sair por meus lábios. Deixo as uvas caírem da minha mão e mergulho meus dedos em seus cabelos macios e perfumados.O beijo vai nos levando à uma l
— Amor, é? — Sim, e é só meu, nunca se esqueça. — Gostei disso! Sabe Melinda, nos últimos cinco anos, você é a segunda melhor coisa que aconteceu em minha vida, perdendo apenas para a Sophia. Suas palavras preencheram meu coração. — Obrigada Maurice. — Pelo quê? — Por me falar que sou importante, pois é recíproco. Estou completamente apaixonada por você e morrendo de medo de te perder, de acordar desse sonho! — Isso não vai acontecer, Linda. Você é minha e eu sou seu, nunca se esqueça disso. Melinda? Ele me encara com um pequeno sorriso tímido. — Diga. Senti meu rosto enrubescer. — Você quer namorar comigo? Se aceitar, você precisa vir morar aqui no flat, não quero minha namorada desconfortável por aí, longe de mim e correndo riscos. Sua voz era uma súplica.Fiquei boquiaberta, sem conseguir processar o que acabo de ouvir e levo alguns segundos pensando. Me esqueci completamente como se respira, meu coração não poderia pedir mais nada. Senti a felicidade golpear meu peito
— Melinda, são só cinco dias.Tentou me persuadir segurando meu braço, mas me afastei dele, pois não queria seu toque naquele momento. — Melinda me ouça, venha aqui para eu explicar melhor.O segui mesmo não querendo e me sentei na espreguiçadeira. Maurice se vestiu com sua cueca boxer preta e sentou-se ao meu lado.— Tem um minuto para me convencer, Maurice.Falei decidida.— Sabe aquela cena que você viu em meu escritório?Meneei a cabeça em sinal positivo.— O fato ocorrido foi porque Bárbara me roubou grandes quantias de dinheiro das três contas que temos, inclusive da reserva da nossa empresa. Eu descobri em tempo, conseguindo estornar os milhões que ela roubou para as contas da empresa.— Milhões?Pisquei ao perguntar.— Sim, milhões. Ela surtou e descontou tudo em mim, usando o fato de eu ter dormido fora para camuflar sua raiva por eu ter descoberto o roubo.Suspirou suprimindo sua indignação. — E sabe quem a ajudou? Meu irmão, Dalton Ferri, amante da minha esposa Revelou c
O sentimento frívolo causado pela saudade prevaleceu nos meus péssimos dias e noites de insônia, pois a distância me maltratava. Queria ouvir sua voz rouca sussurrando qualquer coisa retórica no meu ouvido só para ter a certeza de que tudo não passou de um sonho.Três dias sem Maurice e Sophia pareciam uma eternidade, a saudade apertava tanto que machucava. Meu namorado fez três chamadas de vídeo, porém não foram suficientes. Vê-lo através da tela do celular não substituía sua presença, pois tudo que eu pensava era em nós dois naquelas loucuras e desejos quando estávamos juntos.Maurice me pediu para continuar dormindo no flat enquanto viajava. Ele achava que onde eu morava não era seguro, que a qualquer momento alguém podia entrar e me fazer algo ruim, porém sua ausência naquele ambiente me fazia sentir solidão. Quando ele chegasse não nos veríamos, eu estaria em São Carlos, prometi que visitaria meus pais, afinal eu também estava morrendo de saudades da minha família: Breno, meu irm
— Nada demais, só que às vezes duvido que Maurice esteja realmente querendo algo sério comigo.Escondo o que aconteceu só para ela não me encher de perguntas.— Tem certeza que é só isso?Perguntou estreitando os olhos com as mãos na cintura.— Sim. – Forço um sorriso. – Vamos logo que não posso voltar tarde, amanhã terei um longo dia.Saímos do apartamento muito bem vestidas para curtir a noite, mas eu não parava de pensar no evento de algumas horas antes, tentava a todo custo digerir o que vi, no entanto, foi em vão. O trajeto era curto e em poucos minutos paramos em frente ao prédio onde morava Rafael.Rapidamente passamos pelo porteiro, o mesmo não nos barrou, pois o primo da Carla havia avisado que hoje receberia alguns amigos.Entramos no elevador com destino ao décimo e último andar e quando a porta se abriu já ouvíamos um barulho de música abafado vindo de dentro. Os inquilinos e vizinhos não ligavam para as festinhas do primo da minha amiga, pois todos deviam estar presentes
Bom, pelo menos minha amiga teria uma noite maravilhosa. Me despedi dela e saí do prédio frustrada. Enquanto esperava o táxi chegar, eu verifiquei meu celular e encontrei três chamadas perdidas de Maurice. Eu fiquei tão assustada e com a cabeça a mil que acabei desligando sem dar uma explicação para ele. Retornei à chamada e dessa vez era eu quem devia uma explicação.— Oi Maurice.Ele atendeu e notei sua expressão amena. Não era uma cara ruim, mas também não era boa, ele estava simplesmente olhando para a tela do celular.— Me desculpa pelo primo da Carla, ele é assim atrevido, mas já dei um basta nas brincadeiras sem graça e de péssimo gosto que ele costuma fazer.Maurice continuou apenas me analisando, sem demonstrar um pingo de compaixão. Ele estava sentado na cama com o celular encostado em algo, seus cotovelos estavam apoiados nas coxas e as mãos cruzadas coladas em seus lábios, cobrindo a visão que mais amo: sua linda, gostosa e sedutora boca carnuda, uma tentação por sinal,
Algumas horas de viagem e já passávamos pela estrada de terra, meus pais amavam a vida em contato com a natureza e finalmente paramos em frente a porteira e meu velho estava lá me aguardando. Ele abriu a porteira sorridente e entramos de carro na linda chácara, a visão era magnífica, um campo verde lindamente acompanhado por várias laranjeiras entre outras frutíferas. Paramos em frente à casa grande feita de madeira, rodeada de varanda e um jardim enorme à sua volta.Desço do carro contente, fecho meus olhos inalando o cheiro do paraíso, quando os abro, dou de cara com minha mãe e meu irmão me aguardando, pela expressão parecem tão felizes quanto eu. O motorista desce em seguida para abrir o baú e meu irmão vem para ajudá-lo, meu pai vem logo atrás cavalgando sobre o trovão, nome que eu escolhi para seu cavalo.— Maninho.Corro para abraçá-lo, eu e meu irmão tínhamos nossas briguinhas, mas nos amávamos.— Oi maninha, que saudade!Ele me abraçou apertado tirando-me do chão, em seguid
Eu tinha me arrependido de falar tudo aquilo, não por pena do meu ex-namorado e sim pelos meus pais, eles ficaram decepcionados demais. Tentei fazer meu irmão parar de bater no Alex depois de alguns socos no rosto, mas meu pai mandava eu ficar na minha. — Me solta, Breno! Socorro! Alex implorava enquanto era arrastado pela blusa. Seguíamos os dois saindo para os fundos da casa. — Bom almoço para você, meu amigo. Meu irmão lançou Alex dentro do chiqueiro dos porcos. Por Deus, eu não consegui me segurar. Gargalhei vendo o rosto do meu ex todo sujo de lama, mas parei de rir quando vi nos olhos do meu irmão que a fúria ainda prevalecia. Fiquei preocupada quando vi que Breno ia entrar no chiqueiro para bater mais no Alex, corri para segurá-lo quando senti meu pai me puxando pelo casaco. — O que significa isso, Melinda? Fausto acabou tirando meu casaco e expondo minhas tatuagens. Senti um medo tão grande que minhas pernas amoleceram e minha voz sumiu. Dona Maria me olha