O sentimento frívolo causado pela saudade prevaleceu nos meus péssimos dias e noites de insônia, pois a distância me maltratava. Queria ouvir sua voz rouca sussurrando qualquer coisa retórica no meu ouvido só para ter a certeza de que tudo não passou de um sonho.Três dias sem Maurice e Sophia pareciam uma eternidade, a saudade apertava tanto que machucava. Meu namorado fez três chamadas de vídeo, porém não foram suficientes. Vê-lo através da tela do celular não substituía sua presença, pois tudo que eu pensava era em nós dois naquelas loucuras e desejos quando estávamos juntos.Maurice me pediu para continuar dormindo no flat enquanto viajava. Ele achava que onde eu morava não era seguro, que a qualquer momento alguém podia entrar e me fazer algo ruim, porém sua ausência naquele ambiente me fazia sentir solidão. Quando ele chegasse não nos veríamos, eu estaria em São Carlos, prometi que visitaria meus pais, afinal eu também estava morrendo de saudades da minha família: Breno, meu irm
— Nada demais, só que às vezes duvido que Maurice esteja realmente querendo algo sério comigo.Escondo o que aconteceu só para ela não me encher de perguntas.— Tem certeza que é só isso?Perguntou estreitando os olhos com as mãos na cintura.— Sim. – Forço um sorriso. – Vamos logo que não posso voltar tarde, amanhã terei um longo dia.Saímos do apartamento muito bem vestidas para curtir a noite, mas eu não parava de pensar no evento de algumas horas antes, tentava a todo custo digerir o que vi, no entanto, foi em vão. O trajeto era curto e em poucos minutos paramos em frente ao prédio onde morava Rafael.Rapidamente passamos pelo porteiro, o mesmo não nos barrou, pois o primo da Carla havia avisado que hoje receberia alguns amigos.Entramos no elevador com destino ao décimo e último andar e quando a porta se abriu já ouvíamos um barulho de música abafado vindo de dentro. Os inquilinos e vizinhos não ligavam para as festinhas do primo da minha amiga, pois todos deviam estar presentes
Bom, pelo menos minha amiga teria uma noite maravilhosa. Me despedi dela e saí do prédio frustrada. Enquanto esperava o táxi chegar, eu verifiquei meu celular e encontrei três chamadas perdidas de Maurice. Eu fiquei tão assustada e com a cabeça a mil que acabei desligando sem dar uma explicação para ele. Retornei à chamada e dessa vez era eu quem devia uma explicação.— Oi Maurice.Ele atendeu e notei sua expressão amena. Não era uma cara ruim, mas também não era boa, ele estava simplesmente olhando para a tela do celular.— Me desculpa pelo primo da Carla, ele é assim atrevido, mas já dei um basta nas brincadeiras sem graça e de péssimo gosto que ele costuma fazer.Maurice continuou apenas me analisando, sem demonstrar um pingo de compaixão. Ele estava sentado na cama com o celular encostado em algo, seus cotovelos estavam apoiados nas coxas e as mãos cruzadas coladas em seus lábios, cobrindo a visão que mais amo: sua linda, gostosa e sedutora boca carnuda, uma tentação por sinal,
Algumas horas de viagem e já passávamos pela estrada de terra, meus pais amavam a vida em contato com a natureza e finalmente paramos em frente a porteira e meu velho estava lá me aguardando. Ele abriu a porteira sorridente e entramos de carro na linda chácara, a visão era magnífica, um campo verde lindamente acompanhado por várias laranjeiras entre outras frutíferas. Paramos em frente à casa grande feita de madeira, rodeada de varanda e um jardim enorme à sua volta.Desço do carro contente, fecho meus olhos inalando o cheiro do paraíso, quando os abro, dou de cara com minha mãe e meu irmão me aguardando, pela expressão parecem tão felizes quanto eu. O motorista desce em seguida para abrir o baú e meu irmão vem para ajudá-lo, meu pai vem logo atrás cavalgando sobre o trovão, nome que eu escolhi para seu cavalo.— Maninho.Corro para abraçá-lo, eu e meu irmão tínhamos nossas briguinhas, mas nos amávamos.— Oi maninha, que saudade!Ele me abraçou apertado tirando-me do chão, em seguid
Eu tinha me arrependido de falar tudo aquilo, não por pena do meu ex-namorado e sim pelos meus pais, eles ficaram decepcionados demais. Tentei fazer meu irmão parar de bater no Alex depois de alguns socos no rosto, mas meu pai mandava eu ficar na minha. — Me solta, Breno! Socorro! Alex implorava enquanto era arrastado pela blusa. Seguíamos os dois saindo para os fundos da casa. — Bom almoço para você, meu amigo. Meu irmão lançou Alex dentro do chiqueiro dos porcos. Por Deus, eu não consegui me segurar. Gargalhei vendo o rosto do meu ex todo sujo de lama, mas parei de rir quando vi nos olhos do meu irmão que a fúria ainda prevalecia. Fiquei preocupada quando vi que Breno ia entrar no chiqueiro para bater mais no Alex, corri para segurá-lo quando senti meu pai me puxando pelo casaco. — O que significa isso, Melinda? Fausto acabou tirando meu casaco e expondo minhas tatuagens. Senti um medo tão grande que minhas pernas amoleceram e minha voz sumiu. Dona Maria me olha
Acordei com o galo cantando bem cedo, bocejei apertando minhas pálpebras, recusando-me a abrir meus olhos, a claridade do sol adentrando meu quarto pelas frestas das madeiras. Maurice chegaria de viagem naquele mesmo dia e não via a hora de encontrá-lo, estava com meu coração apertado de tanta saudade!Levanto-me e depois de um banho me vesti para ajudar minha mãe na cozinha, peguei meu celular para mostrar minhas fotos do desfile para ela e me surpreendi com duas chamadas perdidas do Maurice, meu coração imediatamente acelerou. Corro para a porteira onde o sinal de celular pegava melhor, subi na madeira e me sentei retornando à ligação para o meu namorado.— Oi Linda, que saudade da minha morena.— Também estou morrendo de saudades do meu namorado, chegou bem?— Sim, te liguei duas vezes, mas o sinal por aí é ruim mesmo.— Nem me fale, estou sentada na porteira para falar com você.Levantei o celular para Maurice ver onde eu estava.— Como?Maurice gargalhou e eu acabei rindo também.
Senti meu corpo pegar fogo ao vê-lo assim, admirando-me com seus olhos cheios de luxúria, falando palavras maravilhosas que deixavam claro seu sentimento e sua admiração por mim, mostrando-me o quanto me desejava. Seu membro estava duro dentro do tecido do moletom, deixando-me com ainda mais vontade de senti-lo me preenchendo, de me sentir completa, sensação que só tinha quando estava sendo tomada por ele.— Então pegue tudo que é seu Maurice.Disse para ele animadamente, vendo-o lutando para manter o equilíbrio.— Exclusivamente minha, Linda?— Sim, exclusivamente sua.— Vire-se de costas Melinda, me deixe aproveitar tudo que é meu.Nervosa, obedeci ao meu namorado e me virei per mitindo que ele degustasse de cada parte do meu corpo, de uma forma calma e deliciosa.Fiquei deitada de bruços com ele ainda de joelhos e suas pernas me prendendo. Senti meu estômago revirar, não havia escapatória e depois do que faríamos duvidava muito que me sobrasse forças para conseguir trabalhar no out
Meu ventre se contraiu e meu namorado explodiu juntamente comigo em um orgasmo tão magnífico que a sensação era do meu corpo estar levitando sem obedecer a nenhuma lei da gravidade e sem que eu tivesse nenhum comando sobre ele.— Quero mais, quero tudo que você puder me proporcionar Maurice.Ele deitou-se de costas para a cama e eu deitei em seu peito, ouvindo nossas respirações desconcertadas.— Você terá Linda, quero tudo de você também.Maurice depositou um beijo em minha boca e se levantou enquanto eu contemplava aquele ser exalando masculinidade pós-sexo bem ali na minha frente. Fui pega de surpresa, ele sorriu ao me flagrar comendo-o com os olhos.— Que safada essa minha namorada, não? Venha tomar um banho comigo.— Seu sorriso me deixa embriagada, quero mais uma dose de você.Falei deixando claro que eu ainda não tinha saciado minha fome.Ele estendeu a mão para mim e eu o puxei de volta para a cama, dessa vez Maurice ficou de barriga para cima e eu deitei sobre seu corpo. Noss