Leo saiu do escritório e foi atrás de Dom. - Eu preciso dos lençóis que você mantém. - Para que você quer lençóis sujos? - Maysa se recusa a fazer o DNA. - Mas tem mais de dois anos, não deve servir para nada. - Engano seu, poderia ter vinte anos e ainda seria útil. - Vou lá no apartamento pegar. - Ótimo. Leve direto para Maysa, ela já tem meu sangue coletado. Após a saída de Dom, Anna, que não disse nada, o olhava com receio - Porque não recusou o teste Leo? - Eu sinto muito amor, sei que é desconfortável para você. Mas, se ela for minha filha, eu quero saber.- Estou com tanto medo, e se depois de tantos anos, ela conseguir nos separar?- Sem chances. Querida, aconteça o que acontecer, não vamos deixar isso interferir em nossas vidas.- Aquela mulher é tão venenosa. Por muito menos ele atacou Dominic. Agora que perdeu tudo, está mais motivada.- Não se preocupe com isso. Eu vou dar um jeito definitivo para que ela nos deixe em paz.Desde que soube que Linda poderia ser su
- Vamos aguardar o DNA amanhã. Talvez seja uma jogada de Cláudia. E se Linda estiver envolvida? Não podemos descartar essa possibilidade. - Eu creio que não. Acho que realmente fomos injustos com ela. Tenho certeza que não sabia de nada. Dom estava mudo de surpresa. Nunca viu uma armação tão maldosa. - Não podemos deixar essa mulher impune papai. Você vai mesmo fazer um acordo com ela? - Em parte sim. Dei minha palavra. Agora Anna ficou muito chateada com ele. - Como pode fazer acordo com essa cobra venenosa? Eu sabia que deveria ter ido com você. - A mamãe está certa! Você está preocupado em manter sua palavra, mas ela não tem moral e se fosse o contrário, com certeza não seria fiel a sua palavra. Dom bufou irritado. - Não se preocupe. Ela não vai ficar sem punição, vou encontrar um jeito de lidar com Cláudia adequadamente Quando Dom teve acesso a gravação que seu pai fez, ficou furioso com a frieza de Cláudia. - Essa mulher é uma psicopata. Como pode ser tão fr
Com a assinatura de um documento de confidencialidade, o advogado retornou ao pupilo. - Meritíssimo, com a comprovação da paternidade e a falta de aprovação do meu cliente, peço que inclua nesse processo o crime de estupro induzido por drogas. O grito indignado de Cláudia soou até os corredores do fórum. - Leo, seu canalha! Você vai me pagar caro por isso! - Se comporta Sra Meireles! Ou vou acrescentar desacato a sua pena. - Meritíssimo, a Sra Meireles fez um acordo com o Sr Peluso. O juiz virou para Leo e perguntou um tanto sem jeito. Afinal, mesmo ele um juiz, não iria querer ofender um renomado cidadão com Peluso. - Sim. Como pode ver no vídeo que foi exibido. Mas vou cumprir parte do acordo. Alguma coisa ela tem que pagar por tantos danos que causou. Claudia gelou. Ela já sofreu as consequências de enfrentar Leo, sabia o quanto ele era implacável. A vinte anos atrás, como castigo sua família foi a falência da noite para o dia. E ele nem teve conhecimento de que ela
Olhando para o homem a sua frente, seus sentimentos eram confusos. - Eu não te culpo Sr Peluso. Eu mesma daria qualquer coisa para ter qualquer outra pessoa como mãe. Mal convivi com ela e o estrago foi grande. - Eu sinto muito Linda. Claudia não era normal desde jovem. Seus pais a criaram acreditando que poderia ter o que quisesse. Inclusive as pessoas. Ela nunca deu valor a nada e não respeitava ninguém, mas o que fez com você não tem perdão. Linda nada disse. Se enrolou mais sobre si mesma, como para se proteger. - Eu vou cuidar de você de agora em diante. Não terá mais problemas como esse, vou te proteger. - Não quero nada disso. Por favor, quero ficar sozinha.Linda estava muito confusa e ressentida, independente de quem ela fosse filha, ela era um ser humano. - Sou seu pai Linda! Vou dar o melhor para te compensar. - Eu não quero um pai, eu não quero sua proteção. Quero que todos vocês me deixem em paz. Com a agitação dela, Dom que estava no corredor entrou rápi
Quando Dom viu as ligações da noite anterior do hospital, seu coração disparou. Será que aconteceu alguma coisa com Linda? Imediatamente ligou de volta, já saindo do quarto disposto a ir até lá. - Bom dia! Vocês tentaram me contactar ontem a noite? - Sim. O Sr pediu para avisar qualquer mudança da paciente que o Sr Internou. - Sim, o que houve? - Ela saiu ontem a noite. - Como assim saiu? - Chamou o médico e pediu alta. - E vocês deram assim mesmo? - A paciente estava bem, teria alta essa manhã. O Dr Normam tentou fazer ela esperar, mas ela disse que sairia de qualquer jeito e até ameaçou chamar a polícia. Como não conseguimos falar com o senhor, não tivemos outra alternativa. Dom desligou o telefone mal humorado. - O que aconteceu? - Linda saiu do hospital ontem a noite. - Aconteceu alguma coisa mais? - Não, o hospital tentou me ligar. Não conseguiram falar comigo. Anna deu um tapa nas costas dele. - Eu te avisei para não ficar enchendo a cara. Se não
De frente para a casa, eles olham em volta. O lugar precisava de uma reforma urgente, a pintura desbotada e as portas gastas de madeira, deixava claro que ali moravam pessoas de baixa renda. Dom não chamou, abriu o pequeno portão e foi direto bater à porta. Um Sr em torno dos cinquenta anos atendeu. - Boa tarde! Eu preciso falar com a Linda. Olhando para as pessoas à sua frente, George Johnson soube que eram os sogros da filha. Linda chegou muito abatida e não escondeu nenhum detalhe dos pais. Sua mãe, Maryland Johnson estava acamada e foi duro ouvir todo calvário que passou sua amada filha adotiva. Seu humor piorou e ela se sentiu deprimida, se culpando. Se não houvessem deixado Linda para trás, nada disso teria acontecido. - Aguardem um momento. Entrou na casa e quando voltou com Linda eles já estavam na pequena sala. O lugar era simples, mas muito limpo e organizado. Linda os olhou sem muita expressão no rosto. Impossível saber o que sentia ou pensava. - Linda,
Linda que já está em Marselha a alguns dias, agora sai todos os dias em busca de um emprego. Quando encontrou seus pais, descobriu que a mãe estava gravemente doente. Um câncer foi descoberto em estágio bem avançado e por esse motivo, não tiveram como ajudar ela nos últimos três anos. Também não quiseram deixar Linda preocupada e por isso não entraram em contato Vieram para Marselha, porque seu pai herdou uma prioridade e no final, acabou vendendo para cuidar de Maryland e se manter. O sonho de uma vida melhor na Europa, acabou antes mesmo de começar. Definitivamente, ela não iria usar o pouco que seus pais tinham. No dia seguinte, após deixar alguns currículos, foi se encontrar com Anna em um café na área central. No café, Anna já aguardava. Vestida de maneira elegante, sua figura não passava despercebida. A diferença entre as duas era gritante. Linda vestia calças largas e camiseta simples, longe da fama e qualidade das roupas que tinha até a pouco tempo. Mas isso não a
No decorrer de mais de um ano, Dom foi a Marselha por várias vezes e Linda não o aceitou. Então, ele reduziu o assédio e vai menos ao seu encontro. Porém, os homens de Hudd sempre dão o relatório de tudo que acontece. Para Linda não houve negociação. Apesar dos protestos e pedidos de desculpas de Dom e Leo, ela não cedeu. Dominic não queria retornar para Boston. Leo e Anna tiveram dificuldades em convencê-lo. - Não adianta Dom. Já fizemos de tudo, infelizmente Linda está muito ferida e não podemos tirar a razão dela. - Eu vou ficar aqui e cuidar dela, papai. - Eu preciso de você na empresa Dom. Você não pode ficar aqui permanente. Depois de muitas discussões, ele acabou voltando para casa. Linda havia se empregado em uma escola e não tinha tempo para ele. Todas as tentativas de se aproximar dela foram em vão, ela não cedeu e parecia não se importar com ele. Não se podia negar que estava seguindo em frente de cabeça erguida. Havia quase seis meses que Linda estava em Ma