Tudo o que me restou era aquela sala de tortura e a de treinamento. Eu conseguia me distrair ajudando com algumas coisas do casamento que aconteceria assim que Marco voltasse, mas não era suficiente, não importava o quanto eu me cansasse durante o dia, a noite meu sono parecia não chegar.— Já está com calos nas mãos? — a voz de Frank soou atrás de mim e eu me virei bem a tempo de vê-lo entrado na sala de treinamento.— Talvez. — murmurei, sentindo meu punho doer de tantas batidas repetidas contra o saco de areia. — Mas é tudo o que eu tenho já que os soldados estavam me evitando.— Eles estão com medo da sua… brutalidade. Estão dizendo por aí que você matou três dos bastardos no dia que Marco viajou.— Isso não tem nada ver com eles, eu não os machucaria assim. — respondi voltando a focar nos socos, mas Frank apareceu na minha frente e segurou o saco de areia que pendia do teto.— Você quebrou dois dedos socando um dos vermes e não parou. — ele fez questão de me lembrar.— O doutor c
Foram as quatro semanas mais longas da minha vida, eu teria voltado antes se os confrontos lá não estivessem tão intensos, os japoneses estavam se aliando ao cartel rival, querendo ver se conseguiriam tomar o México ou parte do território de Mendoza, toda aquela confusão estava adiando a entrega da nossa droga e não podíamos deixar que continuasse por mais nenhum dia. Mas quando as notícias sobre Angela chegavam eu queria deixar aquele lugar no mesmo instante, tudo o que eu ouvia me dava a certeza de que ela estava se perdendo em sua própria dor e se tornando algo que nem mesmo ela entendia.Porém, agora eu estava de volta e isso ia ser resolvido!Assim que entrei em casa e a procurei com os olhos, percebi o quanto estava sentindo sua falta mais do que qualquer coisa. Segui o som das conversas que vinham da sala de jantar e assim que parei na entrada, meus olhos encontraram com ela, sentada à cabeceira da mesa, comendo com um curativo na testa que não estava ali quando saí.— Irmão, a
Meu sangue ferveu com a desconfiança dela, aquilo estava fora de controle. Minha Angel jamais duvidaria da minha palavra como naquele momento, eu sabia que ela tinha suas inseguranças, especialmente depois do sequestro, mas trazer uma garota de outro país apenas para confirmar se eu estava falando a verdade era insano.O celular foi virado para a mulher com a arma e ela tremeu quando se curvou para analisar a imagem. Bufei, inconformado com aquela cena, havia imaginado como seria meu retorno para casa e nenhum deles aquele cenário doentio acontecia.— Nós fomos contratadas pelo senhor Mendoza… para entreter os convidados, mas quando eu sentei no colo… ele esperou terminar o que estava dizendo antes de pedir que eu saísse. — ela respondeu aos tropeços a todo instante olhando da arma para Angela. — Não sabia que ele era casado, senhora.— Não será por muito tempo se tudo continuar assim. — Angel falou, colocando a arma novamente na mesa e acenou para o soldado. — Pode levá-la de volta p
Meu corpo todo entrou em uma onda de desejo e tensão com a constatação de que era ela ali, minha mulher que eu estava beijando depois de mais de um mês sem poder tocá-la.Joguei a outra arma sobre a mesa e agarrei sua cintura, puxando-a contra mim, precisando urgentemente de mais dela, tudo o que ela quisesse me dar eu estaria aceitando, porque ficar sem ela, sem poder sequer estar ao seu lado, tinha sido meu inferno pessoal.— Vamos antes que sejamos nós a tomar um tiro. — ouvi Nero brincar enquanto os passos ecoavam à nossa volta se distanciando.Então eu seguirei em sua bunda, afundando meus dedos contra a carne mesmo sobre o tecido e a coloquei sobre a mesa. Um gemido escapou dos seus lábios e suas mãos agarraram meu terno e tentando se livrar dele de maneira desesperada.A ajudei a arrancar o terno e a camisa em segundo antes de puxá-la pela cintura, subindo os dedos por suas costas até encontrar o zíper do macacão. Meus lábios deixaram os dela apenas para arrancar suas roupas, ar
Eu não conseguia acreditar que tinha conseguido, tinha enfrentado o pânico e o medo que senti quando ele me tocou. A sensação de ser tocada por Marco, me sentir desejada e amada por ele foi tão mais potente do que o medo que tinha se instalado dentro de mim.A cada palavra que ele falava de afirmação, cada vez que me chamava de sua diabinha, um apelido que só ele conhecia, Marco conseguia me trazer de volta para a realidade, me tirando dos meus pesadelos e das lembranças dolorosas.— Pensei que nunca fosse conseguir sentir prazer de novo. — murmurei com ele ainda sobre mim, deitados sobre a mesa da sala de jantar, nus, como se nada mais importasse. — Achei que não fosse aguentar ser tocada por você novamente.— Eu não desistiria, não importa quanto tempo levasse, eu estaria bem aqui, esperando a primeira oportunidade que tivesse de estar ao seu lado. — Marco beijou meu ombro e ergueu o tronco. — Não menti quando disse que nosso casamento seria para sempre, não existe nenhuma outra mul
Despertei com uma sacudida que me fez abrir os olhos rapidamente, esperando o pior. Mas o corpo pequeno junto ao meu voltou a se sacudir e, antes que minha mente enevoada pelo sono processasse o que estava acontecendo, o grito dela ecoou no quarto, congelando meu corpo.Eu tinha escutado muitas vezes o grito macabro que parecia vir de sua alma, rasgando seu interior. Mas todas às vezes que ouvi foram de longe, do lado de fora do seu quarto no hospital ou do meu quarto. Era a primeira vez que o ouvia do meu lado.— Angel? Acorde, amor. — Chamei já acendendo o abajur e agarrando seus ombros. — Acorde, vamos, Angela! É só um pesadelo! — O grito dela ecoou novamente e eu puxei seu corpo para meus braços, finalmente vendo seus olhos se abrirem, arregalados com verdadeiro pavor. — Foi um pesadelo, já acabou. Você está na nossa casa, nos meus braços, ninguém pode te tocar aqui!Seus olhos correram de um lado para o outro como se ela estivesse assimilando onde realmente estava e então suas un
Meus planos indo até ali não eram aquele com toda certeza, eu queria apenas gastar todas as minhas energias até conseguir voltar para a cama. Mas Marco havia acabado de mudar meus planos.Sem se importar com o sangue, a sujeira, meu pesadelo, ou a brutalidade de tudo ali, ele me pegou nos braços e me deu um orgasmo, parecendo ensandecido por ciúmes e possessividade. E eu tinha adorado aquilo.— Agora é minha vez! — me encaixei em seu colo, abrindo o robe e encontrando seu pau duro como pedra, pronto para mim. Apoiei os pés no chão e encaixei seu pau em minha entrada, descendo lentamente. — Hummmm…— Porra, sim! — ele rosnou acertando um tapa em minha bunda que me fez saltar em cima dele, engolindo mais do seu pau. — Cavalga no seu homem, diabinha.Não precisei de outro pedido antes de colocar as mãos em seus ombros e começar a subir e descer. Seu membro me preenchia com perfeição, cada vez que eu descia sentia que podia morrer ao ser empalada por ele, mas quando subia eu sentia o quão
Eu observei de longe Angela terminar de se vestir em nosso closet, colocando o vestido que modelava seu corpo com perfeição. Ela havia finalmente ganhado peso novamente, as noites estavam mais tranquilas, mas sempre que ela acordava com pesadelos, eu estava ali e, quando não estava, ela sabia exatamente onde me encontrar para me fazer cumprir com o prometido, sempre a faria esquecer chamando meu nome.Havia sido dois meses conturbados com as reviravoltas, o pai de Filippo desaparecendo, os japoneses atacando e entrando no território da Cosa Nostra, dificultando a nossa tomada de territórios. Nada estava certo ainda, mas tínhamos enfim encontrado uma semana de calmaria para fazer o casamento de Nero com Svetlana.Os russos já estavam ficando impaciente com a espera, principalmente com suas tropas nos ajudando na tomada de território. Mas tudo estaria resolvido em algumas horas.— Tudo certo, Angel? — perguntei vendo ela respirar fundo na frente do espelho.— Eu já disse que você pode d