Marco estava sério, eu quase podia sentir toda a raiva que ele sentia de mim naquele instante. Como se vê-lo socar um homem até deformar seu rosto, não fosse o bastante para me fazer fazer entender sua raiva.Ele parecia uma fera selvagem solta depois de muito tempo e a cada soco ele parecia ainda mais feroz, pronto para destruir tudo a sua volta. Cada vez que o punho dele acertava o rosto do homem que havia me tocado, uma onda de prazer sombrio me atingia, preenchendo meu peito e em fazendo sentir satisfeita.Eu não esperava que Marco iria me arrastar para longe de lá sem me dirigir uma palavra sequer, apenas me puxou e me soltou em seu escritório dentro da boate, parecendo envolto de seus próprios pensamentos, como é e eu fosse tolerar aquilo.— Eu sei disso e estava apavorada com tudo, mas eu precisava saber como era ser uma garota comum. — falei tentando fazer com que ele entendesse os meus motivos.Deslizei meus dedos na mão dele, querendo sentir seu calor, sentir o toque dele de
Meu. Inferno. Pessoal! Era isso o que Angela era, podia ter um rosto que me fazia chamá-la de anjo, mas era uma diaba enviada para fazer o próprio demônio se ajoelhar e era o que estava fazendo comigo.Provar aquela boceta doce me deixou necessitado por mais. Ver aquelas dobras brilhando com a excitação e o quanto ela ficava ainda mais sensível a cada toque dos meus dedos me deixou ainda mais duro.E quando finalmente senti sua excitação em minha língua eu achei que poderia explodir ali, ouvir seus gemidos, sentir seu gosto e ver as suas reações, me levaram muito perto de explodir em minhas calças.— Ainda não acabei com você! — exclamei segurando firme em sua bunda, com seu corpo em meu colo, suas pernas envolvendo meu quadril.Apenas um tecido me impedia de sentir o calor de sua boceta contra o meu pau. Mas isso não me impediu de apertar sua bunda ainda mais e esfregá-la contra mim para frente e para trás.— Marco... — ela arfou segurando as lapelas da minha camisa começando a tirar
Enquanto o carro nos levava de volta para casa eu só conseguia pensar em quantas loucura havia acontecido naquela noite. Em todos os perigos que corri e no quão estúpida eu fui, ser imprudente daquela forma não fazia parte da minha vida. Mas me esfregar nua em cima de um homem também não fazia meu estilo, ainda sim havia acontecido aquela noite.Eu olhei de relance para o homem ao meu lado, que parecia concentrado no celular, e senti meu rosto queimar com as lembranças do que fizemos, mesmo que seus dedos descessem e subissem acariciando meu braço de forma distraída.Marco estava causando um efeito em mim que eu não esperava, todas as minhas ações ao redor dele iam contra tudo o que eu fui ensinada, eu agia como uma pessoa completamente diferente.Me virei para a janela, precisando me concentrar em algo que não fosse meu comportamento perto dele, pois isso levaria meus pensamentos a minha família e eu não queria imaginar o que estaria acontecendo com todos e muito menos o que meu pai
— Me mostre o verdadeiro Marco.Pobre criança boba não tinha ideia do que estava pedindo, ela não queria conhecer o verdadeiro Marco, no dia que isso acontecesse Angela fugiria de mim como o diabo foge da cruz.Mas enquanto ela me pediu para revelar o motivo da minha cicatriz, eu me esforçava para manter as lembranças daquela noite escondidas.Cada minuto do inferno que vivi ameaçava vir a tona e o toque dela estava fazendo um ótimo trabalho me distraindo, justo quando eu precisava de toda a concentração para não deixar aflorar todo ódio, nojo e tristeza do pior momento da minha vida.— Porque não me deixa entrar? — ela perguntou baixinho, sua respiração quente batendo contra a minha enquanto os olhos castanhos esquadrinhavam meu rosto.— Porque é onde eu guardo meus demônios, e alguém como você não deveria entrar em um lugar assim, nunca. — fui sincero e novamente agarrei seu pulso, querendo impedir que me tocassem, já era horrível ter que pensar naquelas coisas quando ela estava ao
Eu soube que ainda havia algo que Marco estava escondendo de mim, mas eu não ia forçá-lo a revelar tudo em uma noite, principalmente depois de ver o quanto aquilo o afetava.Nunca pensei que veria um mafioso tenso a ponto de ranger os dentes ao contar sobre uma lembrança de quando era criança. Ele me surpreendeu contando aqui e principalmente sobre a perda da mãe. Jamais pensaria que o Demônio da Camorra sentia tanto a morte de alguém, mesmo que próximo a ele.Aque era um lado que meu pai jamais deixaria transparecer, ou talvez ele apenas não tivesse um coração. Coisa que Marco me mostrou que tem.Dormir tão confortável sobre o peito dele foi mais uma coisa que me surpreendeu naquela noite. Seu braço envolveu meu corpo e eu podia ouvir as batidas calmas do coração dele me embalando até adormecer.— Não adianta ficar de olhos fechados fingindo dormir, não vai se livrar do treinamento hoje. — ele murmurou contra o topo da minha cabeça, me fazendo sorrir.— Não estou querendo fugir. — me
Angela se manteve estranhamente quieta ao meu lado, não perguntando nada sobre o que estávamos prestes a fazer. Acreditei que estivesse nervosa, então apenas aproveitei aquele tempo para analisei mais uma vez a nossa oferta para o carregamento dos mexicanos.Perder aquela meia tonelada havia me atrasado além do que imaginei e precisávamos de produto além do que o nosso fornecedor poderia nos entregar agora.O cartão tinham o segundo melhor produto do mercado e eu sabia que poderia acabar ganhando mais inimigos por isso, mas não podia parar meus negócios e esperar, especialmente com Mancini na minha cola.— Você está bem? — questionei assim que o carro parou e todos começaram a conferir suas armas.— Estou ótima. — foi tudo o que ela disse, sem manter os olhos em mim, desviando como se não me conhecesse há semanas e como se as últimas horas não tivessem acontecido.— Nunca fizemos acordo com eles, não sabemos o que pode acontecer então quero que fique com isso. — entreguei minha Glock
Eu me concentrei na situação que se desenrolava a minha frente, eu queria entender como funcionava seus acordos e quem eram os seus aliados. Mas meus pensamentos voltaram para as palavras de Frank.Quem poderia ser a mulher por quem ele foi apaixonado? Que mexeu com sua cabeça a ponto de perturbá-lo como eu faço?Marco me encontrou no momento em que eu o encarava, como se seu corpo fosse me dar a respostas para minhas perguntas. Eu estava sendo tola, uma completa boba me preocupando com isso.Desviei o olhar e me afastei, precisando pensar longe daqueles olhos inquisidores. Mas mesmo me afastando a voz dele chegava até a mim, a voz grossa e potente ecoava no galpão chegando até onde eu estava.Eu passei os olhos em algumas caixas e outros objetos que só podiam ser ilegais para ocupar aquelas prateleiras. Aquele seria o futuro ao lado de Marco, segredos, ilegalidade e sem conseguir me afastar da presença dele.— Está perdida, linda? — eu não tinha notado o homem a minha frente até esta
Foi duro ter que dizer a Angela o que o próprio pai havia me garantido, importar tão pouco assim para alguém que deveria lhe proteger deve ser horrível, eu nunca saberia como é isso, meu pai pode não ter sido perfeito, mas minha mãe deu a vida por mim literalmente.— Então ele vai me matar apenas para não te dar o gostinho de vencer. Deveria ter imaginado isso. — dava para sentir a tristeza na voz dela ao dizer aquilo. Meu pequeno anjo deixou os ombros caírem e baixou a cabeça encarando as próprias mãos.— Ainda temos uma chance, vamos conseguir sair daqui! — afirmei mesmo que não acreditasse nisso. O helicóptero poderia demorar a chegar e se os soldados de Mancini chegassem antes não sobreviveriamos.Mendoza se curvou sobre o primo e o pegou pelos ombros, começando a puxá-lo para longe dali.— O que está fazendo? — ouvi meu irmão questioná-lo enquanto o seguia de perto. — Vai usar o morto de escudo agora?— Não, mas vou deixá-lo pendurado do lado de fora como um aviso aos desgraçados