Conrad M O R G A N – Narrando ♔ Ver Aria adormecida era o meu paraíso. Estávamos deitados juntos e enquanto eu afanava os cabelos dela, me questionava sobre como ficamos assim. Se me perguntassem a alguns meses atrás, sobre eu querer ter um relacionamento pelo qual me consumiria de tal forma; eu negaria até a morte. Agora, a única coisa que me dá medo é o fato de algum dia acordar e saber que Aria não me pertence mais. — Jamais! – Resmunguei. E enquanto eu estava naqueles devaneios, Aria se moveu na cama, virando-se para mim. Ela estava tão tranquila; parecia que mais nenhum problema a afligia. Me aproximei dela para a dar um beijo e assim que estávamos tão perto, meu telefone tocou. Respirei fundo, caminhando até a mesa para o buscar, vendo o nome de Pierre na tela. — O que houve? – Perguntei direto, depois de deslizar o polegar sobre a tela do eletrônico. — Conrad, ela fugiu! – Disse Pierre, me fazendo cerrar os dentes. — O que você disse? – Perguntei, só para ter a certe
Aria S W A N – Narrando ♕Dois dias depois...Acordei notando que já havia amanhecido e ao passar a mão sobre a cama, mais uma vez me vi sozinha.De repente, ouvi um barulho de porta batendo; me levantei rapidamente e me apressei para ir ver quem era. — Conrad? - Chamei me aproximando e então, mais uma vez vi que não passava de uma alucinação.Me abati e respirei fundo, mostrando minha tristeza.Naquele instante, senti o medo me tomar, a final, eu tinha péssimas memórias sobre aquele lugar e ainda carregava o medo de que ele pudesse desaparecer novamente.Não teve outro jeito; peguei meu celular para ligar para ele, ouvindo em seguida as notificações sobre o número estar fora de aérea.Era sempre assim, a dois dias diretos.— Certo Aria , não surta! -Falei para mim mesma, respirando fundo, enquanto andava de um lado para o outro.E depois de um tempo de espera, resolvi me vestir e ir para a empresa; melhor do que ficar presa naquele lugar pensando bobagens.Me arrumei e sai do apartam
Conrad M O R G A N – Narrando ♔Noite Anterior...Eu estava prestes a sair depois de uma discussão com Ellen. Era muito cansativo ter aquela mesma conversa todas as vezes que nos encontrávamos.Não era mais segredo de que eu sou loucamente apaixonado por Aria. Por que ela não percebe isso?Dei de costas para Ellen, ouvindo-a gritar de forma histérica em seguida, para tomar a minha atenção.— Se você der mais um passo, eu tiro a vida dessa criança, já que é a única coisa que te importa! - Disse ela, me fazendo virar para ela apressado e a encarar.Ellen parecia já ter tudo arquitetado, já que estava segurando uma velha tesoura prateada nas mãos, mantendo a ponta fincada na barriga.— Ellen solte isso! - Pedi estendendo a mão para ela, tentando evitar que ela cometesse uma loucura.Ela pressionou a ponta com mais força em sua barriga, fazendo com que um pouco de sangue escorresse do lugar.— Ellen! - Chamei a vendo fazer menção de apertar mais. Não tive escolhas, a não ser entrar no jog
Aria S W A N – Narrando ♛Voltamos a acertar os pontos sobre a empresa.Depois do que Bryan fez, Conrad quase nunca olhava para mim, mas dava para se notar o quanto ele estava bravo com a situação, já que ele era muito expressivo e não parava de demonstrar repulsa ao ouvir a minha voz.— Então, que tal o baile ser de máscaras? Acho que vai instigar bastante a curiosidade das pessoas em participar. – Disse Ellen, sugestiva, arrancando um sorriso de Bryan.— Eu gostei da ideia. Também abre várias possibilidades para interação. – Respondeu Bryan, me olhando no mesmo instante.— E você, senhor Morgan, o que acha? – Perguntou Gutierrez, encarando Conrad, que no mesmo instante travou o maxilar e o encarou.— Eu não opino. Não irei participar! – Disse ele, fazendo menção de se levantar, mas logo teve o braço segurado por Ellen.— Querido, espere, já estamos terminando! – Disse ela, em forma de cochicho, me olhando de soslaio. Conrad me encarou e respirou de forma pesada, voltando para o lug
Conrad M O R G A N – Narrando ♔Naquele instante, pude sentir a ira e o cansaço através das expressões de Aria.E quando ela fez menção de me dar as costas, a puxei pela nuca, aproximando-a de mim.— Essa é a questão! Você não é qualquer uma e continua carregando um filho meu. Por isso, essas suas brincadeiras são inaceitáveis. Eu não vou aceitar que um qualquer crie meu filho, ainda mais por capricho, fui bem claro? - Perguntei, forçando-a a me olhar.Aria sorriu de forma irônica e então, se aproximou mais de mim, ficando bem próxima.— Então, termine tudo com ela! Ou o seu filho passará a chamar Bryan de pai!— Você está ficando louca? - Perguntei entre dentes, aproximando-a de mim. — Se algum dia, ele ou qualquer outro tocar em vocês, eu os mato!Quando falei aquilo, Aria sorriu de escárnio, tirando o resto da paciência que eu tinha. A apertei ainda mais, deixando-a bem perto.Eu pode4ria sentir o hálito quente dela, tocando o meu rosto e pude ver o quanto aquela tensão mexia cono
Aria S W A N – Narrando ♛Sai de lá em passos firmes, caminhando até a calçada para pedir um táxi. E assim que eu estava prestes a entrar no carro, senti meu braço direito ser segurado. E ao me virar para olhar, fui surpreendida por Bryan.— Deixa que eu te levo! – Disse ele, com uma voz tranquila.Eu respirei fundo e assenti com a cabeça, desistindo de entrar no carro para segui-lo. Fomos juntos até o estacionamento do lugar, porém em silêncio.Bryan tirou o controle de dentro do bolso da calça e destravou as portas, se aproximando para abrir para mim, mas eu o impedi.— Não há necessidade! – Falei, puxando a maçaneta e entrando em seguida.Ele entrou logo após e se ajeitou no banco, respirando fundo.— Aria, nós...- Antes que ele terminasse de falar, o interrompi.— O que f
Conrad M O R G A N – Narrando ♔ Eu havia visto Bryan e Aria indo juntos ao estacionamento. Confesso que, aquilo me causou uma enorme raiva. Como ela podia agir daquela forma, quando na verdade eu contava com que ela acreditasse em mim? – Pensei , sabendo no fundo do meu tamanho egoísmo. Eu nunca disse que não era, certo? Chamei um táxi e fui para casa. Eu não tinha motivos que me segurassem em Young City até o baile de caridade da empresa. Geralmente, realizamos essas festas duas vezes ao ano, para ajudarmos com a divulgação do nome e também para nós envolver com boas ações. Eu nunca gostei de participar disso antes, mas por que sinto que esse ano será interessante? Depois de uma hora agonizando dentro daquele carro, finalmente cheguei em casa e a primeira coisa que fiz, foi ir ate a biblioteca para pegar o meu capacete reserva. Abri a porta apressado, encontrando meus Dobermanns deitados perto da lareira. Assim que me viram, os dois vieram até mim apressados e então, me abai
Conrad M O R G A N – Continuando ♔Naquele instante, senti uma grande repulsa de mim mesmo. O que eu estava pensando, por deixar parecer que havia a dado uma chance?Por instinto, a empurrei com aspereza na intenção de afasta-la e logo em seguida, recebi um olhar de reprovação.—Conrad...—Enlouqueceu? – Perguntei, me levantando apressado e então, fui andando até a moto para tentar a colocar de pé.—O que está fazendo? Não vê que está machucado? – Disse Deborah, vindo atrás de mim.—E daí? – Perguntei, levantando a moto, verificando se não havia nenhuma peça quebrada que a dificultaria de ligar, mesmo vendo o estrago que havia ficado visivelmente.—Vamos ao médico. Me deixe cuidar de você! – quando ouvi Deborah dizer aquilo, apoiei a moto e voltei até ela, mostrando a falta da minha paciência.—Chega! Você não entende mesmo o que está acontecendo, não é? – Perguntei a encarando com os olhos afiados. — Não se aproxime mais.Eu não gosto de você dessa forma!Assim que falei, dei de costa