Conrad M O R G A N – Narrando ♔Noite Anterior...Eu estava prestes a sair depois de uma discussão com Ellen. Era muito cansativo ter aquela mesma conversa todas as vezes que nos encontrávamos.Não era mais segredo de que eu sou loucamente apaixonado por Aria. Por que ela não percebe isso?Dei de costas para Ellen, ouvindo-a gritar de forma histérica em seguida, para tomar a minha atenção.— Se você der mais um passo, eu tiro a vida dessa criança, já que é a única coisa que te importa! - Disse ela, me fazendo virar para ela apressado e a encarar.Ellen parecia já ter tudo arquitetado, já que estava segurando uma velha tesoura prateada nas mãos, mantendo a ponta fincada na barriga.— Ellen solte isso! - Pedi estendendo a mão para ela, tentando evitar que ela cometesse uma loucura.Ela pressionou a ponta com mais força em sua barriga, fazendo com que um pouco de sangue escorresse do lugar.— Ellen! - Chamei a vendo fazer menção de apertar mais. Não tive escolhas, a não ser entrar no jog
Aria S W A N – Narrando ♛Voltamos a acertar os pontos sobre a empresa.Depois do que Bryan fez, Conrad quase nunca olhava para mim, mas dava para se notar o quanto ele estava bravo com a situação, já que ele era muito expressivo e não parava de demonstrar repulsa ao ouvir a minha voz.— Então, que tal o baile ser de máscaras? Acho que vai instigar bastante a curiosidade das pessoas em participar. – Disse Ellen, sugestiva, arrancando um sorriso de Bryan.— Eu gostei da ideia. Também abre várias possibilidades para interação. – Respondeu Bryan, me olhando no mesmo instante.— E você, senhor Morgan, o que acha? – Perguntou Gutierrez, encarando Conrad, que no mesmo instante travou o maxilar e o encarou.— Eu não opino. Não irei participar! – Disse ele, fazendo menção de se levantar, mas logo teve o braço segurado por Ellen.— Querido, espere, já estamos terminando! – Disse ela, em forma de cochicho, me olhando de soslaio. Conrad me encarou e respirou de forma pesada, voltando para o lug
Conrad M O R G A N – Narrando ♔Naquele instante, pude sentir a ira e o cansaço através das expressões de Aria.E quando ela fez menção de me dar as costas, a puxei pela nuca, aproximando-a de mim.— Essa é a questão! Você não é qualquer uma e continua carregando um filho meu. Por isso, essas suas brincadeiras são inaceitáveis. Eu não vou aceitar que um qualquer crie meu filho, ainda mais por capricho, fui bem claro? - Perguntei, forçando-a a me olhar.Aria sorriu de forma irônica e então, se aproximou mais de mim, ficando bem próxima.— Então, termine tudo com ela! Ou o seu filho passará a chamar Bryan de pai!— Você está ficando louca? - Perguntei entre dentes, aproximando-a de mim. — Se algum dia, ele ou qualquer outro tocar em vocês, eu os mato!Quando falei aquilo, Aria sorriu de escárnio, tirando o resto da paciência que eu tinha. A apertei ainda mais, deixando-a bem perto.Eu pode4ria sentir o hálito quente dela, tocando o meu rosto e pude ver o quanto aquela tensão mexia cono
Aria S W A N – Narrando ♛Sai de lá em passos firmes, caminhando até a calçada para pedir um táxi. E assim que eu estava prestes a entrar no carro, senti meu braço direito ser segurado. E ao me virar para olhar, fui surpreendida por Bryan.— Deixa que eu te levo! – Disse ele, com uma voz tranquila.Eu respirei fundo e assenti com a cabeça, desistindo de entrar no carro para segui-lo. Fomos juntos até o estacionamento do lugar, porém em silêncio.Bryan tirou o controle de dentro do bolso da calça e destravou as portas, se aproximando para abrir para mim, mas eu o impedi.— Não há necessidade! – Falei, puxando a maçaneta e entrando em seguida.Ele entrou logo após e se ajeitou no banco, respirando fundo.— Aria, nós...- Antes que ele terminasse de falar, o interrompi.— O que f
Conrad M O R G A N – Narrando ♔ Eu havia visto Bryan e Aria indo juntos ao estacionamento. Confesso que, aquilo me causou uma enorme raiva. Como ela podia agir daquela forma, quando na verdade eu contava com que ela acreditasse em mim? – Pensei , sabendo no fundo do meu tamanho egoísmo. Eu nunca disse que não era, certo? Chamei um táxi e fui para casa. Eu não tinha motivos que me segurassem em Young City até o baile de caridade da empresa. Geralmente, realizamos essas festas duas vezes ao ano, para ajudarmos com a divulgação do nome e também para nós envolver com boas ações. Eu nunca gostei de participar disso antes, mas por que sinto que esse ano será interessante? Depois de uma hora agonizando dentro daquele carro, finalmente cheguei em casa e a primeira coisa que fiz, foi ir ate a biblioteca para pegar o meu capacete reserva. Abri a porta apressado, encontrando meus Dobermanns deitados perto da lareira. Assim que me viram, os dois vieram até mim apressados e então, me abai
Conrad M O R G A N – Continuando ♔Naquele instante, senti uma grande repulsa de mim mesmo. O que eu estava pensando, por deixar parecer que havia a dado uma chance?Por instinto, a empurrei com aspereza na intenção de afasta-la e logo em seguida, recebi um olhar de reprovação.—Conrad...—Enlouqueceu? – Perguntei, me levantando apressado e então, fui andando até a moto para tentar a colocar de pé.—O que está fazendo? Não vê que está machucado? – Disse Deborah, vindo atrás de mim.—E daí? – Perguntei, levantando a moto, verificando se não havia nenhuma peça quebrada que a dificultaria de ligar, mesmo vendo o estrago que havia ficado visivelmente.—Vamos ao médico. Me deixe cuidar de você! – quando ouvi Deborah dizer aquilo, apoiei a moto e voltei até ela, mostrando a falta da minha paciência.—Chega! Você não entende mesmo o que está acontecendo, não é? – Perguntei a encarando com os olhos afiados. — Não se aproxime mais.Eu não gosto de você dessa forma!Assim que falei, dei de costa
Aria S W A N – Narrando ♛Assim que Conrad saiu, senti meu coração se despedaçar. Eu havia ido atrás dele porque no fundo, não queria o tratar daquela forma, mas ao ver que ele estava todo machucado e a moto dele com partes quebradas, já imaginei onde ele havia ido se consolar.—Eu sou uma idiota! – Resmunguei, voltando para o apartamento. E antes que eu passasse pela porta de entrada do prédio, ouvi alguém me chamar.—Aria! – Falou a voz doce de Alex, me fazendo sorrir. Me virei para a olhar, esperando que ela se aproximasse.—Por que só chegou agora? – Perguntei a vendo me exibir um pacote.—Você disse que estava vindo para casa, então decidi comprar comida. Trouxe o seu preferido, abóbora com carne. – Disse ela, me abraçando e seguindo comigo para dentro.Entramos no elevador e então, a abracei forte, ouvindo ela resmungar.—Ai, o que foi?—Senti sua falta! – Falei com a voz abafada, tendo meus cabelos afanados.—Ah minha criança, não está sendo nada fácil, não é mesmo? que vontade
Conrad M O R G A N – Narrando ♔ Uma semana depois... Havia chegado a tão esperada noite do baile. E confesso que, eu nem fazia questão de ir; se não fosse pelos acionistas presentes. Ainda bem que havia aquela droga de máscara desfarçar a minha cara de insatisfação. Caminhei até o garçom que estava servindo as bebidas e quando estendio a mão para pegar a taça, ouvi a voz de Ellen me repreendendo. — Querido, já é a sua sexta taça. Não deveria dar um tempo? - Perguntou ela com um tom de voz meloso, exibindo um sorriso. Respirei fundo e peguei a taça, me virando para ela em seguida. — Tenha a certeza de que se fosse algo mais forte, eu estaria fazendo o mesmo agora! - Falei entre dentes, levando a bebida aos lábios. Naquele instante, Ellen sorriu de forma fingida, mas sem nenhum brilho. — Eu espero que se comporte essa noite! Estou cansada dos seus jogos de rebeldia! - Disse ela com autoridade, como se fosse minha mãe. Sorri para ela, mas com puro desdém e então, me reti