Ethan,Alguns dias antes...Assim que deixamos o Dante em casa, seguimos para o mesmo ponto de partida para encontrar a Marina. Passo pelo carro todo furado, quer agora está cercado de policia e curiosos. Sigo reto, olhando alguns ruas que talvez a Ketlyn poderia ter entrado, mas o talvez me faz recuar e seguir sempre reto. A chegar no aeroporto, passo olhando todos os carros, tentando encontrar algum preto todo escuro, eles podem ter embarcado para outra cidade. Meu pai e eu descemos, e procuro na recepção pelo nome da Marina e da Ketlyn, mas elas não estiverem aqui. Voltando para o carro, e eu começo a entrar nas ruas que eu tinha visto antes, mas nada, nada além de trombar com o carro do meu tio vindo na mão contrária. Paramos o carro um do lado do outro, e eu sinto o meu corpo sendo esmagado só ver que no banco de trás do carro dele está vazio.— Perdi elas, mas vou para casa, vou puxar pelas câmeras da cidade.— Vou continuar procurando, tio, me liga quando descobrir a localiza
Ethan,Tomei o rebite e esperei. No começo, parecia que nada ia acontecer, só aquele gosto amargo escorrendo pela garganta. Mas aí... veio...Veio com tudo.O cansaço? Sumiu. Como se alguém tivesse apertado um botão dentro de mim e desligado qualquer vontade de dormir. Meu olho abriu no talo, igual farol alto no escuro. O coração bateu mais rápido, a cabeça ficou acesa, elétrica, como se eu tivesse plugado numa tomada de alta tensão.Tudo ficou mais nítido, como se o mundo tivesse dado um zoom. O som dos passarinhos, o vento batendo, até o tic do relógio que está no meu braço...tudo tava ali, martelando na minha cabeça — Agora vamos, temos muitos lugares para ir. — Ele joga a chave do carro para que eu vá dirigindo, e assim que eu ligo o carro, o motor parece que está na minha cabeça, do barulho alto que fez. — É normal essa sensação estranha no começo, fazia muito isso quando precisava trabalhar 24hs para o seu pai.— Eu estou... diferente. — minha perna começa a balançar sozinha, mi
Ethan,Ela fica me olhando sem falar nada, da um passo para frente e eu dou um passo para trás. Ela franze a sobrancelha, como se não tivesse entendendo nada.— Vai, some de novo como da outra vez, evapora logo que eu não vou cair nessa mentir mais.— Do que está falando? — Sua voz parece real, então, começo a bater na minha cabeça, para voltar a realidade. — Ethan, para, sou eu. — Ela segura nos meus braços, e eu posso sentir o seu toque, da outra vez quando eu fui toca-la, ela sumiu.— É você mesmo? — Sem acreditar puxo ele para um abraço bem apertado, e posso sentir ela. Fecho os meus olhos, e coloco o meu rosto em seu pescoço, para sentir o seu perfume. A aperto mais forte e ela resmunga que não está conseguindo respirar.Ouço o barulho da porta batendo, e abro os meus olhos, vendo o pai da Ketlyn descendo do banco do motorista.— Vamos sair daqui, não é seguro ficar na rua. — Ele fala se aproximando mais de nós.— Você só entrou aqui porque está com a Marina, ela tem permissão pa
Ethan,Ela fecha os olhos e dorme como um anjo. Já eu, que tomei o remédio antes de sair de casa, fico ligando sem conseguir dormir. Por um lado é bom, pois é assim, posso matar toda minha saudade dela enquanto ela dorme. E ela não vai sair da cama antes que eu acorde.Passo a mão pelos seus cabelos, pelo seus braços, sentindo que ela realmente está aqui. Ainda não estou acreditando que o inferno acabou, mas acabou, e eu vou poder viver novamente em paz. Bom, ainda tenho uma cobra para enjaular, mas isso, pode esperar até amanhã.(...)Ela abre os olhos bem devagar, e se vira para olhar para mim. Seu Sorrio torna o meu dia melhor, como um arco íris depois de dias chuvosos.— Bom dia, meu marido.— Bom dia minha mulher, dormiu bem? — Ela concorda com a cabeça, e me abraça. Dante acorda no choro e ela sorri, me dá um selinho, e se levanta com ele. Cada um faz a sua higiene, mas cuidamos do Dante juntos. Descemos para tomar o café da manhã, e o pai da Ketlyn ainda está aqui.— O que aco
Marina,Ter voltado para casa foi um sonho, mas ver o estado do Ethan me deixou preocupada. Seus olhos fundos com olheiras mostra que ele não dormir esses dias que eu tive fora. Ao descobrir que foi por uma droga, me apavora mais ainda. Espero que ele não fique dependente dela, ou vamos perder tempo, em vez de nós amar, teremos que procurar ajuda.Quando eu desperto pela manhã, ele está com os olhos abertos, coisa rara de se ver, já que Ethan adora dormir e sempre é o último acordar. Preciso falar com o Edson para saber quanto tempo dura os efeitos. Ante só almoço, chamo o Edson para o canto, e começo a fazer perguntas para ele. — Ele vai voltar a ser normal quando? Quanto tempo demora para o efeito do insônia passar? Essa droga vicia? — Ele tampa a minha boca na última palavra, e manda eu ficar quieta.— Ele nem deveria ter te contado, mas não deixa James e Amélia saberem disso, ou vão me expulsar daqui de novo.— Porque deu para ele então?— Ele não ia dormir, seu que ia ficar se a
Ethan,Fico louco com tudo que ela falou, agora mesmo que devemos ir embora. Não sei se Sidney seria um lugar seguro, pois com certeza ela já sabe onde é a nossa casa. — Levanta, pega o Dante, suas coisas e vamos embora daqui.— Vamos para casa?— Não... Vamos... — Não quero colocar pânico nela. —Vamos fazer uma viagem nos três, tipo uma lua de mel que não tivemos, ok? — Ela concorda com a cabeça e se levanta. Mando ela arrumar as malas que eu vou falar com os meus pais e o meu tio, quem sabe todos vão com agente. Saio do quarto, e dou de cara com o meu tio saindo da cozinha, para variar, mastigando alguma coisa. — Está melhor, Ethan?— Não, tio, eu não estou. Marina me disse que a Alissa fugiu da cadeia, temos que ir embora agora mesmo dessa casa... Desse país.— Você ainda está muito acelerado, não foi nada disso que aconteceu. Mas vem comigo, vou te contar um segredo que ninguém poderá ouvir. — Ele sai e eu vou acompanhando ele até o lado de fora da cama, mas, ele vai até a casa
Ethan,Volto para o quarto e Marina já está com as malas prontas. Sorrio para ela, e pego em sua mão e nos sentamos novamente na cama.— O que foi, não temos que ir correndo?— Meu tio falou que elas não podem mais entrar aqui no condomínio, ainda mais depois que os caras entrarem aqui atirando. Ele é um juiz, a segurança redobrou, então, até amanhã estaremos salvos. — Se elas não machucarem você só Dante, eu já fico feliz. — Abraço ela bem forte. Aí meu Deus, eu não mereço tanto. — Então vamos dormi... Se você me prometer que não vai hibernar como um urso. — Eu prometo. Não tomei mais o rebite, não preciso mais dele com você aqui comigo. — Deito nos dois na cama, e mesmo querendo muito matar a saudade dela e do seu corpo, vou esperar ela tomar a iniciativa, para me mostrar que também me quer. Porém, ela acaba dormindo logo. Acho que eu não era o único que não dormia quando ela estava longe.(...)Acordamos cedo, e minha mente esta duvida entre ir com ela nessas férias, ou ficar com
Marina,Me tranco no banheiro e começo a chorar, não é possível que ele não tenha visto o quanto elas são perigosas. Será que ele esqueceu do que fizeram com o carro do pai dele? Ele ficar aqui, sendo alvo delas também, qual a chance dele sobreviver?— Marina, abre a porta. Olha, eu faço isso por você, pelo Dante e por mim também. — Giro a chave e a abro. — Não chora, não gosto de te ver assim.— E eu não quero está lá no Havaí e receber uma ligação que você está morto. Não quero voltar pra Califórnia e encontrar você dentro de um caixão, e não quero ir pra Sidney sozinha com um filho nos braços e outro na barriga. Não vê que isso pode acontecer, que pode me deixar sozinha, Ethan?— Eu não vou deixar. Não vamos caçar elas... — Ele para de falar por um tempo mas solta um suspiro e continua. — Elas estão em um lugar presas, meu tio pediu segredo, mas eu não quero que você fique pensando que eu vou morrer. Vou dar só uma lição na sua irmã e mãe, e vou voando para os seus braços, meu amor