A dupla saia do prédio em um total silencio, até porque ela mesma não tinha nem uma forma de puxar algum assunto naquele momento, o que poderia dizer? Perguntaria o que tinha acabado de ocorrer em seu quarto? Não tinha essa coragem então o silencio era o melhor remédio, os dois iam em direção ao estacionamento para pegar o carro, Catherine se sentava no banco do carona pondo o cinto de segurança, encostava a cabeça no vidro do carro e ficava olhando para fora em quanto Miguel começava a dirigir, ela conhecia o caminho que ele estava fazendo muito bem, havia uma padaria muito boa a cerca de cinco quadras do escritório cujo ele muitas vezes vinha com o café na mão pela manhã, não havia vaga na padaria, obrigando Miguel a estacionar bem na porta de uma forma totalmente problemática, mas como de acordo com ele era rápido, ela ficaria no carro para caso algu&eacut
Catherine adentrava em sua sala pondo a mochila no mesmo lugar de sempre, se sentava em sua cadeira e colocava o telefone em cima da mesa, de súbito a tela piscava, quando ela via era um recado de Miguel. “Cinema para hoje depois do café com a senhora Julieta?” ela então meneava a cabeça e apenas respondia um “Marcado”, colocava o telefone novamente em cima da mesa e suspirava, eles haviam se beijado de uma forma que ela não beijava ninguém a muito tempo, se André não tivesse surgido sem sombra de dúvidas eles não estariam no escritório a àquela hora ainda, saíram da sua casa e ele estava sério, do nada a convida para um cinema, não conseguia entender se ele era maluco ou não, mas esse beijo ela não podia dizer que havia sido um sonho, esse ela tinha completa certeza que tinha ocorrido e tinha que admitir que queria mais daquilo, porem teria de esperar, o trabalho a chamava. Ela passou o restante do dia trabalhando nos casos que possuía, acabava por nem mesmo se atenta
Já em casa de barriga cheia e vestida de pijama ficava deitada na quase completa escuridão de seu quarto, sendo a única luz a de seu celular em quanto ela conversava com seus pais em uma vídeo chamada, ela contava sobre a noite em que teve de atender um cliente, sua mãe parecia nervosa com aquilo mas seu pai se mostrou incrivelmente animado, ele era o maior incentivador dela fazer de tudo um pouco para ter certeza do ramo que gostaria de seguir, contava das decisões que ela e Miguel tomava e até mesmo contou sobre o rapaz ter dormido em sua casa se justificando por causa da distância entra a casa dele para o trabalho, neste momento o pai fechava um pouco a cara mas a mãe ria com a situação. — Que bom então que deixamos um colchão de ar aí, se não ele teria de dormir com voc&ecir
O trabalho tinha de continuar, o grupo permanecia na sala de reuniões adiantando seus casos, compartilhando opiniões e armando situações hipotéticas que poderiam acabar se metendo, por baixo da mesa de forma bem discreta Miguel sempre arrumava uma forma de encostar em Catherine, fosse por esfregar sua perna na dela ou apertar sua coxa quando ela dava mole, situação que esporadicamente a fazia dar um salto na cadeira ou olhar torto para ele, parecia que depois da conversa que tiveram mais cedo ele tinha se soltado e agora estava dando investidas ainda mais intensas. Estava se aproximando a hora da dupla ir ao encontro da senhora Julieta, portanto começavam a arrumar suas coisas, por sorte os casos de Catherine ou estavam resolvidos ou estavam aguardando decisão do juiz, portanto ela não teria nem um trabalho para casa, poderia deixar suas pastar na sala, ela então se levantava já se despedindo dos rapazes, ela queria antes de sair passar no banheiro para retocar a maqu
Um caso delicado envolvendo a senhora Julieta, ela tinha feito tudo pelo filho, mas infelizmente ele havia seguido um caminho horrível, Catherine prestava mais atenção nas emoções apresentadas pela mulher do que no lugar incrivelmente luxuoso em si, mas não deixava de reparar que Miguel estava certo, se ela fosse muito simples sem sombra de dúvidas se sentiria fora do padrão, por sorte seu sobretudo deu um ar muito elegante e escondeu o fato de que só utilizava uma camisa de botão por baixo. A reunião chegava a seu fim as cinco da tarde, Miguel logo informava ao escritório para que marcassem tanto a saída dele quanto a de Catherine, os dois estavam finalmente livres, assim que entravam no carro ficavam alguns minutos em silencio, não pela situação dos dois pois isso aparentemen
A sala de cinema realmente era um luxo, as cadeiras eram separadas dando espaço para as pessoas poderem transitar com maior comodidade, as cadeiras realmente pareciam uma cama de tão grande que eram, olhando a sala podia imaginar o quão caro deveria ser assistir sempre na sala luxo, Miguel havia pego um lugar muito bom, os dos caminhavam na sala quase totalmente vazia até suas poltronas, quando ela se sentava chegava a fechar os olhos de tão confortável que era, tinha que admitir que a ideia havia sido maravilhosa, quando ela olhava para o lado seu acompanhante estava soltando os cabelos, as vezes era estranho ver aquela quantidade de cabelo no rosto de uma pessoa mas nele ficava encantador, os dois começavam a se arrumar nas cadeiras, posicionando seus refrigerantes no porta copos e levantando a divisória que havia entre as duas cadeiras, quando dava por si já havia se aninhado a ele, o braço dele a contornava e
A agua quente percorria todo seu corpo, um turbilhão de informações passavam em sua cabeça, ela não conseguia realmente acreditar que estava em um motel com seu chefe e cada segundo que passava estavam mais perto de transar, nunca negaria que estava levemente nervosa com tudo aqui, sentia até mesmo seu estomago embrulhar com toda aquela pressão, não era a primeira vez que ia para a cama com alguém ou coisa do tipo, muito pelo contrário, havia começado a vida sexual com dezesseis anos, sabia bem o que era para fazer, mas a vergonha vinha, não era como se não quisesse fazer aquilo, muito pelo contrário, desejava que Miguel passasse as mãos pelo seu corpo todo, portanto com esse pensamento saia do banho, pegava uma toalha enrolando em seu corpo e abrindo a porta do banheiro, quando olhava para a cama estava lá aquele belo homem deitado apenas de cueca coçando sua barba
Nove hora da manhã, Miguel e Catherine estavam sentados á mesa tomando uma xicara de café com alguns pães, haviam pedido café da manhã, já haviam dado sua transa matinal, tomado um relaxante banho e estavam completamente vestidos e aproveitavam o momento para conversar trivialidades da vida e como seria o final de semana de ambos. — Quando chegar em casa eu vou sair novamente – Comentou ela suspirando. — Porque? Pensei que ia dormir – Comentou ele. — Tenho que ir ao mercado. — Vai de noite depois do trabalho, eu ge
Na segunda feira seu cronograma era o mesmo, acordar, se arrumar e sair para o trabalho, do lado de fora ocorria uma tempestade, parecia que o mundo iria cair e até mesmo suas janelas balançavam, André quando tocava na campainha estava com um guarda-chuva enorme nas mãos, não teria coragem de deixar sua amiga ir a pé para o trabalho ainda mais naquela chuva, eles corriam pela calçada até chegar no estacionamento e agradeciam aos céus por ser coberto, o caminho que demoraria naturalmente cinco minutos de carro demorava quase vinte de tantos carros na rua. Mesmo tendo apenas de correr do carro para o saguão acabava se molhando um pouco, ainda bem que estava de casaco por cima da camisa social, ela não era a única, o saguão haviam algumas pessoas bem molhadas, outras pondo seus guarda chuvas em sacol