ALYCIA
Uma semana depois...Caminho apressadamente até a entrada do prédio onde trabalho, para variar estou atrasada mais uma vez, tem sido assim praticamente todos os dias depois daquela noite há uma semana atrás, em que Josh esteve em minha casa e eu baixei um pouco a guarda para ele. Naquela noite, eu e ele dormimos abraçados no sofá, após passar horas aninhados nos braços um do outro. Josh havia trazido o meu jantar e me fez comer toda a comida, apesar dos meus protestos, porém depois ele comeu comigo quando argumentei que não conseguiria comer toda a comida que ele me trouxe sozinha.
Então, todos dias, pela manhã, ele vem até minha
JOSH Estou vivendo em uma bolha de felicidade desde o dia em que pude ouvir os batimentos cardíacos do meu filho. Meu filho! Porra, toda vez em que pronuncio essas duas palavras mágicas, meu peito se expande com um sentimento tão maravilhoso, tão magnífico que me faz querer buscar a lua e colocar aos pés da mulher que me deu as duas coisas mais importantes da minha vida: o amor e uma família. A minha família. Eu seria capaz de tudo por eles, Alycia e meu filho. Os dois se tornaram a minha razão de viver e muito mais, p
ALYCIA Eu não quero pensar sobre o que está acontecendo entre mim e Josh. Não depois de toda a emoção que passei ao lado dele, na sala de exames, quando nós dois ouvimos pela primeira vez o coração do nosso filho. Ao relembrar a cena meus olhos marejam novamente, com a emoção transbordando do fundo do meu ser. Ainda é surpreendente saber que dentro da minha barriga tem um serzinho que é dependente de mim para viver, principalmente agora que está em meu ventre. Sei que de agora em diante tenho que redobrar mais ainda os cuidados com minha saúde, pois mais do que nunca tenho que priorizar a vida e
JOSH Sinto no exato momento em que o corpo de Alycia se retesa e ela tenta escapar do meu agarre, mas não permito que ela saia dos meus braços ou que simplesmente tente fugir de mim, como fazia antes. -Não fuja de mim, amor. –Ergo o tronco para olhá-la melhor. -Eu tenho que ir para casa, Josh. Estou com fome, não comi nada desde o almoço. -Eu te levo para jantar, o que me diz? –Convido. -Acho melhor não. –Ela levanta e sai andando pela sala a procu
ALYCIA Não posso negar que estou cedendo... Josh está conseguindo baixar uma a uma todas as minhas defesas e desde a noite que fizemos amor em meu escritório, não consigo mais me negar a ele nem muito menos rechaçá-lo como antes. Parece que meu corpo traidor não me pertence mais e é só ele me tocar ou acariciar que todo raciocínio desaparece da minha mente então só me entrego, sem pensar em nada. Muitas vezes, após nossos momentos de loucura e tesão, me recrimino por ser fraca e não conseguir tirá-lo da minha vida de vez, mas aí vem Josh novamente, me tocando e sussurrando palavras de amor ao pé do ouvido
JOSH Não! Não! Porra! Como pude ser tão estúpido e cair na armadilha da louca da Kelly? Como?! Tentando abotoar a camisa, manchada de café, que a doida varrida derrubou sobre mim, passo as mãos desesperadamente pelos cabelos ao sair no corredor, meio vestido e todo desalinhado, mas pouco me importando o que os outros possam pensar. -Josh, amor, volta aqui! –Escuto ao longe o chamado da mulher odiosa, que ainda se encontra em minha sala, apesar de eu tê-la expul
ALYCIA As portas do elevador se abrem em meu andar e, ao sair dele, me deparo com a figura de Josh recostado sobre a porta do meu apartamento, dormindo todo torto, sentado no chão frio com a cabeça encostada na porta. Passado o susto do impacto da visão, caminho até a porta com a chave em mãos, coloco-a na fechadura, pouco me importando com o corpo tapando a entrada da minha casa. Mas com minha aproximação e o barulho da chave, Josh acorda, ao perceber que sou eu, levanta-se rapidamente e me toma em seus braços em um rompante, mas me esquivo do seu abraço imediatamente. -Aly! Gra&cce
JOSH -Deus! Não acredito que estou vivendo no inferno novamente! –Seguro a cabeça entre as mãos, totalmente desesperado. Não sei como fui tão estúpido ao ponto de cair numa armadilha tão infantil e idiota! Como?! Exasperado, levanto da mesa bruscamente, fazendo com que a cadeira caia em um baque violento sobre o chão, derrubo tudo que se encontra sobre a mesa com uma fúria incontrolável. Grito de raiva, raiva de mim mesmo por ter sido tão estúpido e burro ao não perceber a armadilha em que caí e,
ALYCIA Caminho apressadamente até a porta do meu apartamento depois de receber a mensagem do sr. Smith, informando que já estava lá embaixo, na frente do prédio, me aguardando. Confesso que minha coragem, a mesma que tinha ontem ao aceitar o pedido de jantar de Harry, esvaiu-se e eu quase liguei para ele no intuito de cancelar o compromisso, mas não fiz porque se não me permitir conhecer novas pessoas e continuar como antes, uma boboca eternamente apaixonada, jamais conseguirei seguir em frente. Então, caprichei no visual e, decidida, pego minha bolsa, chaves de casa e saio porta a fora, com a intenção de me divertir e ter um pouco de distração.&nb