ALYCIA
Não posso negar que estou cedendo...Josh está conseguindo baixar uma a uma todas as minhas defesas e desde a noite que fizemos amor em meu escritório, não consigo mais me negar a ele nem muito menos rechaçá-lo como antes. Parece que meu corpo traidor não me pertence mais e é só ele me tocar ou acariciar que todo raciocínio desaparece da minha mente então só me entrego, sem pensar em nada.
Muitas vezes, após nossos momentos de loucura e tesão, me recrimino por ser fraca e não conseguir tirá-lo da minha vida de vez, mas aí vem Josh novamente, me tocando e sussurrando palavras de amor ao pé do ouvido
JOSH Não! Não! Porra! Como pude ser tão estúpido e cair na armadilha da louca da Kelly? Como?! Tentando abotoar a camisa, manchada de café, que a doida varrida derrubou sobre mim, passo as mãos desesperadamente pelos cabelos ao sair no corredor, meio vestido e todo desalinhado, mas pouco me importando o que os outros possam pensar. -Josh, amor, volta aqui! –Escuto ao longe o chamado da mulher odiosa, que ainda se encontra em minha sala, apesar de eu tê-la expul
ALYCIA As portas do elevador se abrem em meu andar e, ao sair dele, me deparo com a figura de Josh recostado sobre a porta do meu apartamento, dormindo todo torto, sentado no chão frio com a cabeça encostada na porta. Passado o susto do impacto da visão, caminho até a porta com a chave em mãos, coloco-a na fechadura, pouco me importando com o corpo tapando a entrada da minha casa. Mas com minha aproximação e o barulho da chave, Josh acorda, ao perceber que sou eu, levanta-se rapidamente e me toma em seus braços em um rompante, mas me esquivo do seu abraço imediatamente. -Aly! Gra&cce
JOSH -Deus! Não acredito que estou vivendo no inferno novamente! –Seguro a cabeça entre as mãos, totalmente desesperado. Não sei como fui tão estúpido ao ponto de cair numa armadilha tão infantil e idiota! Como?! Exasperado, levanto da mesa bruscamente, fazendo com que a cadeira caia em um baque violento sobre o chão, derrubo tudo que se encontra sobre a mesa com uma fúria incontrolável. Grito de raiva, raiva de mim mesmo por ter sido tão estúpido e burro ao não perceber a armadilha em que caí e,
ALYCIA Caminho apressadamente até a porta do meu apartamento depois de receber a mensagem do sr. Smith, informando que já estava lá embaixo, na frente do prédio, me aguardando. Confesso que minha coragem, a mesma que tinha ontem ao aceitar o pedido de jantar de Harry, esvaiu-se e eu quase liguei para ele no intuito de cancelar o compromisso, mas não fiz porque se não me permitir conhecer novas pessoas e continuar como antes, uma boboca eternamente apaixonada, jamais conseguirei seguir em frente. Então, caprichei no visual e, decidida, pego minha bolsa, chaves de casa e saio porta a fora, com a intenção de me divertir e ter um pouco de distração.&nb
JOSH Será que alguém pode morrer de tanto sofrer? A resposta para essa pergunta eu não tenho, mas a certeza de que morrerei de tanto beber, com toda certeza, eu tenho, pois se continuar bebendo da forma que estou bebendo, sei que a morte será o meu destino, sem dúvida nenhuma. Mas, apesar de ter esta certeza, saber disso não me faz querer parar, ao contrário, me faz querer beber e beber mais e mais a cada dia, pois foi a única maneira que encontrei para esquecer toda a dor que trago dentro do peito. Já não me importa mais nada, nem o escritório nem minha reputação como advogado,ou nome da família e tudo q
ALYCIA Esfrego os olhos e espreguiço-me na cama, sem coragem nenhuma de levantar para mais um dia de trabalho. Com a mente ainda um pouco sonolenta, deixo meus pensamentos vagarem para um tempo, quando ainda achava que meu mundo era cor de rosa e o amor era o sentimento mais lindo que existe. Lembro que há alguns meses adorava as manhãs, quando dormia todas as noites nos braços de Josh, plena e saciada, as manhãs eram sempre regadas a muito carinho e muito, muito sexo, pois segundo ele, fazer amor de manhã era o que aplacava um pouco o desejo de me tomar em qualquer lugar que estivéssemos durante o dia.
JOSH -Mais que droga! –Xingo ao ser acordado com o barulho ensurdecedor da campainha. Não acredito que minha mãe veio me encher o saco mais uma vez, não pode ser possível. Levanto e vou abrir a porta xingando até a terceira geração da pessoa insistente que está fazendo com que minha cabeça quase exploda de tanta dor por causa da ressaca que estou. -Tenho que mandar desativar essa maldita campainha. –Praguejo em voz alta. Abro a porta com um supetão.
ALYCIA Os dias têm passado de forma mais alegre ultimamente, também não poderia deixar de ser diferente, pois Amber já está comigo, trabalhando e morando, provisoriamente já que, segundo ela, não daria certo nós duas morarmos juntas, pois agora estou com crush novo na área e então necessito de privacidade. Tentei argumentar com ela várias vezes, dizendo que não tinha razão de ser isso e que Harry e eu não estávamos nesse patamar ainda, na verdade não sei se algum dia iríamos chegar a esse nível de intimidade, não por ele, é claro, mas por mim, pois não consigo me soltar intimamente quando estamos juntos, primeiro por estar grávida, segundo pela lembrança constante de Josh persistir em me atormentar.