JOSH
-Deus! Não acredito que estou vivendo no inferno novamente! –Seguro a cabeça entre as mãos, totalmente desesperado.
Não sei como fui tão estúpido ao ponto de cair numa armadilha tão infantil e idiota! Como?!
Exasperado, levanto da mesa bruscamente, fazendo com que a cadeira caia em um baque violento sobre o chão, derrubo tudo que se encontra sobre a mesa com uma fúria incontrolável.
Grito de raiva, raiva de mim mesmo por ter sido tão estúpido e burro ao não perceber a armadilha em que caí e,
ALYCIA Caminho apressadamente até a porta do meu apartamento depois de receber a mensagem do sr. Smith, informando que já estava lá embaixo, na frente do prédio, me aguardando. Confesso que minha coragem, a mesma que tinha ontem ao aceitar o pedido de jantar de Harry, esvaiu-se e eu quase liguei para ele no intuito de cancelar o compromisso, mas não fiz porque se não me permitir conhecer novas pessoas e continuar como antes, uma boboca eternamente apaixonada, jamais conseguirei seguir em frente. Então, caprichei no visual e, decidida, pego minha bolsa, chaves de casa e saio porta a fora, com a intenção de me divertir e ter um pouco de distração.&nb
JOSH Será que alguém pode morrer de tanto sofrer? A resposta para essa pergunta eu não tenho, mas a certeza de que morrerei de tanto beber, com toda certeza, eu tenho, pois se continuar bebendo da forma que estou bebendo, sei que a morte será o meu destino, sem dúvida nenhuma. Mas, apesar de ter esta certeza, saber disso não me faz querer parar, ao contrário, me faz querer beber e beber mais e mais a cada dia, pois foi a única maneira que encontrei para esquecer toda a dor que trago dentro do peito. Já não me importa mais nada, nem o escritório nem minha reputação como advogado,ou nome da família e tudo q
ALYCIA Esfrego os olhos e espreguiço-me na cama, sem coragem nenhuma de levantar para mais um dia de trabalho. Com a mente ainda um pouco sonolenta, deixo meus pensamentos vagarem para um tempo, quando ainda achava que meu mundo era cor de rosa e o amor era o sentimento mais lindo que existe. Lembro que há alguns meses adorava as manhãs, quando dormia todas as noites nos braços de Josh, plena e saciada, as manhãs eram sempre regadas a muito carinho e muito, muito sexo, pois segundo ele, fazer amor de manhã era o que aplacava um pouco o desejo de me tomar em qualquer lugar que estivéssemos durante o dia.
JOSH -Mais que droga! –Xingo ao ser acordado com o barulho ensurdecedor da campainha. Não acredito que minha mãe veio me encher o saco mais uma vez, não pode ser possível. Levanto e vou abrir a porta xingando até a terceira geração da pessoa insistente que está fazendo com que minha cabeça quase exploda de tanta dor por causa da ressaca que estou. -Tenho que mandar desativar essa maldita campainha. –Praguejo em voz alta. Abro a porta com um supetão.
ALYCIA Os dias têm passado de forma mais alegre ultimamente, também não poderia deixar de ser diferente, pois Amber já está comigo, trabalhando e morando, provisoriamente já que, segundo ela, não daria certo nós duas morarmos juntas, pois agora estou com crush novo na área e então necessito de privacidade. Tentei argumentar com ela várias vezes, dizendo que não tinha razão de ser isso e que Harry e eu não estávamos nesse patamar ainda, na verdade não sei se algum dia iríamos chegar a esse nível de intimidade, não por ele, é claro, mas por mim, pois não consigo me soltar intimamente quando estamos juntos, primeiro por estar grávida, segundo pela lembrança constante de Josh persistir em me atormentar.
MELISSA KENT A incompetência é algo que me deixa extremamente irritada, porque não consigo compreender como é que uma pessoa pode ser tão burra ao ponto de receber uma tarefa e não a executar como se deve. Não é complicado. É só ouvir e fazer como tem que ser, simples assim. Mas parece que estou cercada de idiotas aonde quer que eu vá. Penso enquanto beberico meu chá inglês. Olho na direção da mulher loira andando nervosamente pela sala enquanto fala sem parar, Kelly Spancer é uma mulher bonita, milionária, totalmente mimada pelo
JOSH Caminhando pelas ruas de Capitol Hill, bairro onde moro, pensando em tudo o que aconteceu em minha vida dentro de meses e do quanto a culpa pelo que fiz com Alycia me consome mais a cada dia, me deparo com uma fachada de uma grande casa imponente, na qual possuía um cartaz em seu muro que lia-se: “Estamos precisando de voluntários”. Já tinha observado essa casa outras vezes, e o cartaz também, mas nunca tive coragem para parar e tomar alguma atitude. Fiquei olhando aquele cartaz e a casa por alguns minutos até resolver seguir em frente e fazer o que meu instinto me pedia para fazer no momento, que era entrar na grande casa e tentar ser alguém melhor. E foi com esse intuito que entrei e fui recebido por uma simp&aacu
ALYCIA O dia está maravilhoso, com um céu lindo e a brisa suave soprando em meu rosto, observo, ao sair do meu prédio, direto para a rua. Hoje é dia de dar aula às crianças do orfanato. Encontrei esse orfanato perto da minha casa, por acaso. Um dia estava caminhando, meio sem rumo pelo bairro, com a alma e coração em frangalhos, então passei em frente a uma casa grande com uma placa na frente com o nome orfanato. Mas o que mais me chamou a atenção foi um pequeno cartaz ao lado da porta indicando que precisavam de voluntários, não pensei duas vezes e entrei na enorme casa. Conversei bastante com uma freira que era a responsável pelo estabelecimento e me propus a ajudar no que pudesse. Ela me dis