Eu estou te olhando pelo vidro
Não sei quanto tempo se passou
Deus, isso parece ser pra sempre
Mas ninguém nunca te diz que pra sempre
Se parece com nossa casa, sentado sozinho dentro de sua cabeça
Já perdi a conta de quanto tempo faz desde que a minha Julieta entrou em depressão.
Certo, ela nunca foi minha oficialmente, mas mentalmente eu já a beijei tantas vezes que já me sinto como seu noivo. Talvez eu não devesse me apegar tanto á ela, um dia ela se cansará de mim. Um dia todos se cansam de mim.
Peguei os croissants na padaria, paguei e fui pra casa dela.
Porque eu estou te olhando pela janela
Não sei quanto tempo se passou
Todos pensam que isso é para sempre
Mas ninguém nunca te diz que será para sempre
Como em casa, sentado totalmente sozinho em sua mente
Bati duas vezes na porta e fui receb
Segurei-me para não gritar expulsando ele do quarto, nem eu mesma sabia que tinha tanto autocontrole:– Oi – ele disse.– Oi – respondi.– Vi o que aconteceu com o avião da sua mãe. Sinto muito.– Como você viu?– Jornal.– Você não assiste jornal.– Apareceu em todos os jornais da internet, foi impossível não ver.Agora que ele disse isso parei pra pensar melhor. No avião devia ter no mínimo 200 pessoas, o que aconteceu com elas? Será que precisavam de transfusões? Será que estavam engessadas em uma cama de hospital? Será que saíram com vida?Balancei a cabeça tentando fazer os pensamentos caírem dela e o
Minhas reações ao ser beijada por meu irmão/primo foram da total surpresa a total descrença em menos de cinco segundos. Ele me amava? Que espécie de idiota me ama? Eu sou o tipo de pessoa que ninguém ama. Sou o tipo de pessoa que não merece ser amada e sim odiada.Ele se afastou me olhando com total surpresa, acho que era um espelho da minha própria expressão facial.Afinal, que raios de Esparta aconteceu aqui ?Minha respiração estava acelerada não sei se por causa do beijo ou da surpresa, acho que por causa dos dois.– M-Me desculpe – disse meu irmão/primo sem jeito.– T-Tudo bem, eu acho... – disse sem graça sentindo meu rosto esquentar rapidamente.– Eu não devia ter feito isso – escondeu o rosto entre as mãos – Não devia te meter nos meus erros, nos meus pecados. Por que? Por qu
Fiquei olhando o teto branco e esperando minha loucura diminuir. Isso não aconteceu.Como pude ser tão idiota? Todas as evidências que eu precisava estavam diante dos meus olhos e eu não queria enxergar.Ouvi a porta do quarto sendo aberta, uma enfermeira muito bonita entrou sorridente.– Se sente melhor senhorita Willow? – sua voz era meiga e calma.– Sim, estou –respondi meio grogue- O que é isso? – perguntei apontando pro liquido transparente que estava sendo aplicado em mim.– Um sedativo. Tivemos que sedá-la pra que a senhorita se acalmasse.– Eu estava calma.– Não parecia estar – a enfermeira retirou a agulha que aplicava o sedativo do meu braço e colocou um bandaid bolinha por cima – Seu irm&atil
Assim que entrei em casa vi um envelope branco, que provavelmente havia sido passado por debaixo da porta, no chão. Será que esse anônimo das cartas não podia escolher um dia pior pra me mandar uma ?Peguei o envelope, fechei a porta e subi pro meu quarto.Depois de tomar um bom banho daqueles em que você mais chora debaixo do chuveiro e pensa em teorias sobre a criação do universo do que esfrega o corpo com sabonete, liguei o meu aparelho de som numa rádio aleatória e resolvi abrir o envelope.“Querida Julieta,Desculpe-me se pareço ser uma pessoa intrometida por dizer, ou melhor, escrever o que escreverei aqui, mas acho importante mostrar que me importo com você.Sinto muito pela sua mãe.Gostaria de dizer também que sou uma espécie de stalker, sou apenas uma pessoa com acesso a internet que viu noticias sobre o acidente.Espero que
Fiquei com cara de batata olhando pro Gregory por uma eternidade.Amigas? Eu e aquele projeto de Barbie? Ou melhor, projeto de vilã de sétima categoria de filme americano?– Ótima piada Gregory.– Não é uma piada.Encarei seus olhos em buscar de algum sinal, por menor que fosse, de que ele estava mentindo. Não encontrei nenhum.– Acho que vou acreditar em você – disse - Mas, eu não me lembro de ter sido amiga dela. Nos conhecemos quando eu fui estudar no Saintine.– Vocês se conheceram quando eram menores, antes da mãe da Jessie e meu pai se casarem.– Isso tem quanto tempo mais ou menos?– Uns seis ou sete anos, eu acho.– Então é por isso. Eu n
Corri até a cozinha sendo guiada pelo cheiro delicioso e a vontade de vê-la.Parei perto da bancada de mármore sorrindo. Lá estava ela.– Grace! – pulei em seus braços.– Olá querida Liz – disse com sua voz calma e doce.Grace é o tipo certo do tipo errado de avó. Sim, ela é minha avó e também uma espécie mais conservada de Madonna. Grace era loira. Seu cabelo parecia ser branco dependendo da luz, mas era loiro dourado num tom bem claro, ela adorava seu cabelo. Assim como minha mãe ela havia sido modelo quando mais nova e agora, depois de aposentada, mantinha seu guarda-roupa atualizado de forma bem exótica. Quem a vê pode pensar que é alguma cover de Madonna ou Lady Gaga, mas ela é só minha avó que gosta de tons chamativos de rosa e amarelo.– Estava com saudades – admiti.&nd
Depois de algumas aulas chatas, duas com Andy e outra com Thomas que não apareceu, fui guardar meus livros no armário amaldiçoado, não foi surpresa nenhuma ter encontrado Andy lá me esperando.– Oi cabeça de pudim, há quanto tempo não te vejo? – usei meu melhor tom de sarcasmo.– Huuum vamos ver no meu relógio imaginário – ergueu o pulso e afastou a manga da jaqueta fingindo ver algo além de sua pele branca no lugar- Eu diria que uns 50 minutos.– Idiota - sorri.Caminhamos entre o mar de alunos uniformizados até o lugar onde nos falamos verbalmente pela primeira vez: A árvore próxima á arquibancada da escola.Aquele havia se tornado um lugar sagrado tanto para mim quanto para Andy, isso era bom.Sentamos
– Oi cabeça de pudim, há quanto tempo não te vejo? – usei meu melhor tom de sarcasmo.– Huuum vamos ver no meu relógio imaginário – ergueu o pulso e afastou a manga da jaqueta fingindo ver algo além de sua pele branca no lugar- Eu diria que uns 50 minutos.– Idiota - sorri.Caminhamos entre o mar de alunos uniformizados até o lugar onde nos falamos verbalmente pela primeira vez: A árvore próxima á arquibancada da escola.Aquele havia se tornado um lugar sagrado tanto para mim quanto para Andy, isso era bom.Sentamos lado a lado com nossos sanduiches recém-saídos da bolsa mágica de Andrew na mão.– Parece até o dia em que você veio pro Saintine no ano passado – disse com seu sorriso encantador.– Sim – respondi.Ele estava certo, as lideres de torcida estavam animada