Capítulo 66
Sob a luz da lâmpada.

O rosto bonito de Camila estava pálido como a fria luz da lua, seus olhos grandes e expressivos refletiam uma dor profunda, com os longos cílios caídos como as asas de uma borboleta à beira da morte.

Ela estava tão abatida que mal se parecia com ela mesma, teimosamente ajoelhada diante do caixão da avó, sem se mover. Seu corpo magro e frágil parecia ainda mais esquelético à luz alaranjada.

Nos últimos dias, Lucas sentiu mais compaixão por ela do que em qualquer outro momento. Tanto que, muitos anos depois, ele ainda não conseguia esquecer aquela cena. Sempre que lembrava, seu coração apertava.

No quintal.

Um parente da família, conhecido por ser inconveniente, aproximou-se de Maria e disse:

— O seu genro não estava com as pernas ruins? Ouvi dizer que era deficiente, que só conseguia andar de cadeira de rodas.

Maria sabia que todos riam dela pelas costas, dizendo que, por dinheiro, ela tinha vendido a filha para um aleijado. Ela levantou as pálpebras inchadas,
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