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Ponto de ignição

Quando Mark e João se deram conta, estavam em uma floresta e a pirâmide havia desaparecido, assim como todo o resto do museu. A floresta era grande e possuía muitas árvores, o céu era de laranja para vermelho com nuvens belíssimas.

Mark olha em direção aos leitores e exclama com um semblante preocupado: "Aí estão vendo! Por isso eu disse que era uma má ideia verificar o barulho!"

João também olha em direção a quem está lendo a história e pergunta de forma dramática: "AH NÃO! ESTAMOS EM UM FILME DE TERROR?!"

O rosto de Mark muda de uma expressão de preocupação para uma de dúvida. Mark diz enquanto alisa seu queixo: "Acho que não, parece mais um tipo de série ou anime. E dependendo dos roteiristas, até vou gostar."

João diz enquanto solta um ar deboche: "Vish, boa sorte para nós então."

Mark olha em seu bolso e tira o que parece um tipo de roteiro com nome da série, número de episódios, elenco e gênero da história. Ele lê em voz alta: "Pelo que vejo aqui, não parece ser de terror."

João faz um pedido a Mark enquanto se aproxima para ler o roteiro também: "Olha o gênero da história."

Mark responde enquanto olha o gênero escrito no roteiro: "Aqui diz ação, aventura, comédia, ficção e fantasia."

João solta um suspiro de alívio enquanto diz: "Aaaah então tranquilo!"

O roteiro é jogado fora por Mark enquanto ele questiona João: "Primeira quebra da quarta parede na série, não é mesmo?"

João responde enquanto olha para a "câmera" e dá uma piscadinha: "Pois é, esquecemos de falar aos leitores no primeiro episódio que nós temos essa habilidade especial."

Mark passa de tranquilo para apavorado enquanto grita: "Enfim, voltando ao foco: ONDE NÓS ESTAMOS PORRA?!"

João responde enquanto olha em volta: "Eu não sei..."

Mark olha fixamente para João enquanto diz: "Tudo isso aconteceu depois que você traduziu aquela frase do livro! "

João encantado com o que estava acontecendo, responde: "Tem razão. Talvez eu devesse ter deixado para lá as relíquias."

Mark grita enquanto suas pupilas se dilatam: "TALVEZ?!"

João pergunta animado e despreocupado: "Aaaah vai dizer que não está curioso para saber como viemos parar aqui? Seja lá onde "aqui" for."

Mark responde sarcasticamente: "A curiosidade já matou o gato. E aquela repórter no filme Tropa de elite."

João diz enquanto fecha os olhos tentando pensar em algo: "Bom, não temos muito o que fazer a não ser andar por aí e ver se encontramos alguma civilização."

Mark concorda: "Deveras, vamos então."

Os jovens andaram quilômetros em vão, pois tudo que encontraram foram mais partes da floresta, campos e desertos. Eventualmente, uma caverna.

Mark diz enquanto olha para o belo céu daquele lugar: "Olha só, já está anoitecendo. Acho melhor dormirmos nessa caverna e esperar o amanhecer, vá que tudo tenha acabado com o nascer do sol, pelo menos foi o que aquele livro falou."

João concorda enquanto alisa seu queixo: "Lá não dizia explicitamente isso, mas algo parecido. Mas é uma boa ideia, vamos dormir aqui."

A barriga de Mark faz um barulho alto e ele questiona: "Eu tô morrendo de fome! A quanto tempo será que estamos aqui?"

João constata enquanto olha para cima: "Bem, se formos levar em conta que era por volta das 9 horas da manhã quando fomos teletransportados e que agora já está anoitecendo, hum...considerando que estamos na metade da primavera, começaria a anoitecer por volta das 19:10."

Mark pergunta com uma expressão de faminto: "Então quer dizer que nós estamos a mais de 10 horas sem comer nada?"

João responde: "Em "teoria", sim!"

Mark questiona enquanto surge uma expressão de dúvida em seu rosto: "Como assim em "teoria"?"

João responde enquanto seu semblante fica totalmente sério: "Nós andamos por muito tempo, mas estou certo de que não se passaram 10 horas. Não cheguei a contar, mas acredito que tenham se passado por volta de 6 horas."

Mark questiona mais uma vez João: "Mas, se 6 horas passaram-se, então, agora deveria ser 15 horas da tarde, não é?"

João responde ironicamente: "Por isso mesmo que é uma teoria!"

Mark diz enquanto olha e aponta para o céu: "Olha só como está o tempo, é impossível ser 15 horas agora!"

João responde tranquilamente: "Talvez o tempo passe de forma diferente aqui."

Mark diz enquanto gesticula com as mãos: "Isso é impossível! Você sabe muito bem que o dia tem 24 horas e é assim em qualquer lugar do mundo."

João diz de forma paciente: "Nós estávamos em um museu e do nada fomos trazidos para cá. As coisas não precisam fazer sentido."

Mark diz de forma otimista: "Acho que é melhor esquecermos isso por enquanto! Quando acordarmos amanhã, tudo vai ter voltado ao normal."

Mark e João entraram na caverna e deitaram-se no chão. Todavia, tarde da noite, ambos acordaram com um barulho estranho na caverna.

Mark exclama com um tom de medo em sua voz: "Caralho...que porra é essa?"

João responde também com um tom de medo, porém, tentando identificar de onde vinha o som: "Eu não sei... nunca ouvi nenhum animal que fizesse esse barulho..."

Mark questiona com um tom de surpresa: "E se for uma pantera?"

João pergunta enquanto ri de Mark: "Você tem medo de panteras?"

Mark responde sarcasticamente: "Eu nunca fiquei cara a cara com uma para saber né. Mas a nível de curiosidade, eu tenho medo de aranhas."

Foi quando Mark e João viram do outro lado da caverna um ser que parecia ser feito de algum tipo de fumaça. Ele era todo preto, tinha braços e pernas compridos, tinha em torno de três metros e meio de altura e seus olhos eram roxos. 

Mark diz enquanto tenta não movimentar sequer a boca: "João...sem fazer movimentos bruscos, vamos sair daqui..."

João concorda: "Certo..."

Quando eles se viraram para sair, a coisa desapareceu em uma nuvem de fumaça e reapareceu bem na frente deles com uma boca enorme aberta. Ambos correram dali para a floresta, mas a coisa continuava os perseguindo!

 Alguns metros dali, havia um homem andando pela floresta frustrado. Ele tinha em torno de 1,75 de altura, olhos literalmente brilhantes, usava um paletó preto e tinha um semblante sério. 

O homem andava olhando para o chão, perdido em seus pensamentos: "Mas que maldição...os portões estão quase rachando, eu nem sabia que isso era possível. E pior, EU NÃO POSSO FAZER NADA PARA IMPEDIR! Pelo que parece, os deuses só estão preocupados em governar suas próprias dimensões."

Foi quando esse homem deu um soco em uma árvore. A árvore voou longe!

Mark meio ofegante diz: "Aí cara...eu não fui feito para correr!"

João com falta de ar exclama: "Não para não! A coisa está bem..."

Foi quando o monstro apareceu bem na frente de Mark e João, como se tivesse se teletransportado. Porém, antes que pudesse os machucar, uma árvore do absoluto nada o atingiu. O monstro com o susto se teletransportou para uma poça de água que tinha ali perto, e ali ele morreu.

Mark pergunta sem entender nada: "Mas...o que foi isso?"

João responde enquanto recuperava o fôlego: "Não faço ideia, mas que bom que aconteceu. O bicho era vulnerável a água..."

Mark diz enquanto seus olhos ficam alertas: "Ei, estou ouvindo uma voz...tem alguém vindo!"

João diz enquanto corre na direção da voz misteriosa: "VAMOS LÁ!"

O homem ainda perdido em seus pensamentos: "Eu preciso fazer algo para impedir isso!"

João e Mark chegam e param bem na frente do homem.

Mark diz para João: "Ei, fica estranho com seu nome primeiro. Coloca o meu antes."

João indignado diz aos roteiristas da série: "Aí saco! Roteiristas, por favor!"

Mark e João chegam e param bem na frente do homem.

Mark diz enquanto se surpreende com os olhos do homem: "Moço! Você pode...meu Deus, acho que tem algo errado com seus olhos."

João complementa Mark: "É...eles estão literalmente brilhando!"

Homem surpreso com os dois jovens diz: "O quê? Mas quem são vocês! Espera... fiquem parados!"

Mark diz enquanto olha fixamente para o homem: "Vai nos assaltar? Olha só, meu celular trava mais que aluno apresentando trabalho na escola, e também..."

O homem grita meio estressado: "Não vou assaltar! Agora cale a boca e fique parado!"

O homem analisou Mark e João de cima a baixo. Quando ficou com um semblante sério...

João questiona o homem: "Ah...tudo bem? Será que pode nos ajudar?"

O homem começa a fazer vários questionamentos a Mark e João: "Vocês não são daqui, não é? De que dimensão vocês vieram? Estão aqui a serviço de algum Deus ou organização? O que vocês vieram levar daqui?"

João olha para Mark com cara de confuso. Depois volta seu olhar para o homem e diz: "Não estamos entendendo! O que você quer dizer com isso?"

O homem tem um leve devaneio em seus pensamentos: "Eles são diferentes de qualquer outro humano daqui. Levando em conta suas energias, eles só podem ser altos executivos de algum deus, mercenários de elite ou, então, anjos, demônios ou neflins acima do ranking A... Não, eles podem ser até mais do que isso. Há grandes chances deles causarem problemas se eu os deixar a solta por aí! Mas, antes de agir, é melhor eu fingir que entro no jogo deles, assim talvez eu possa arrancar mais informações."

Mark questiona: "Tudo bem com você, moço?"

O homem responde rapidamente: "Ah, sim! Bom, vocês haviam pedido minha ajuda, não é? Do que precisam?"

João diz enquanto coça sua cabeça: "Primeiramente, gostaríamos de saber onde estamos."

O homem surpreso pergunta: "Não sabem onde estão?"

Mark diz enquanto cruza os braços: "Não! É por isso que queremos ajuda, você pode nos dizer onde há alguma civilização por aqui? Sabe, para pegarmos um avião de volta para onde moramos."

O homem começa a questionar a veracidade do que os jovens dizem: "Se estão fingindo até agora, então eles não devem ter percebido quem eu sou. Seja lá quem os contratou, deve ter levado em conta suas energias e não suas experiências. Se bem que, saber analisar os diferentes tipos de energia, é treinamento básico. Ninguém iria contratar alguém que não tivesse passado pelo básico do básico, independente de sua energia. Então, será que eles falam a verdade mesmo?"

João explica: "Nós somos de Uruguaiana, no estado do Rio Grande do Sul, no Brasil. Você sabe como podemos voltar? Ah, nós também reparamos que o tempo parece passar de uma forma diferente aqui. Isso é algum tipo de ilha em um ponto separado do planeta?"

O homem começa a entender a situação de Mark e João: "Não há dúvidas! Eles não sabem de absolutamente nada. Neste caso, talvez seja uma boa tentar trazer eles para o meu lado. Não é todo o dia que se dá esse tipo de sorte!"

Mark questiona: "Então, pode nos ajudar?"

O homem diz com um tom de felicidade: "Sinto em desapontá-los, mas acho que nenhum avião humano pode levar vocês até onde moram."

João pergunta com uma expressão clara de dúvida: "Como assim "avião humano"?"

O homem explica sem muita enrolação: "Vocês estão bem longe de casa. Estão na Dimensão 10. Em outro universo, em outra dimensão. Me chamo Zaton, e sou um deus!"

Mark questiona o homem: "Sobrou?"

Zaton sem entender pergunta: "Sobrou o quê?"

Mark diz com um tom claro de sarcasmo em sua voz: "Um pouquinho da cachaça que você andou tomando."

Zaton responde seriamente: "Deuses não ficam embriagados."

João diz ironicamente: "Deuses não, mas você sim. É melhor pedirmos ajuda para alguém mais maduro, uma criança da quinta série por exemplo."

Zaton pensa: "Esses idiotas são ainda piores do que eu imaginei!"

Foi quando Zaton os agarrou e saiu voando para cima com eles!

Mark grita enquanto tenta se segurar em Zaton: "MEU DEUS QUE PORRA É ESSA?!"

João grita com muito pavor: "A GENTE VAI MORRER AAAAAAAAH!"

Zaton diz irritado: "CALADOS! Isso é apenas para provar meu ponto. Agora acreditam que sou um deus?"

Mark utiliza do sarcasmo enquanto olha para baixo: "Só respondo na presença do meu advogado."

João grita irritado: "MARK, ESSA FOI COMPLETAMENTE FORA DE HORA! Sim senhor Zaton, acreditarmos! Coloque-nos no chão, por favor."

Zaton desce lentamente para o chão enquanto diz: "Bem, na verdade, são vocês quem vão me ajudar de hoje em diante."

Mark questiona enquanto limpa sua calça: "Como é?"

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