No instante em que Eugene Grimwood pisou no campo do Conde Vauhnir, ele foi soterrado por olhares curiosos e nobres sedentos por uma boa fofoca. Já estava acostumado dada a natureza dos seus irmãos, principalmente a de Magnus. Não era a primeira vez que via a repercussão dos atos do seu irmão mais velho.Todos os nobres sabiam que Magnus Grimwood era um homem que não dava segunda chance para quem se atrevesse a passar do limite com os Grimwood. E apesar dele sempre cometer certos atos criminais, Jesse vinha a seu resgate com provas que impediriam o Grão-duque de ser jogado na prisão.Dessa vez não foi diferente.—Fico a me perguntar o que o Conde Moutuni pode ter feito para irritar a Sua Graça.— O meu marido disse que a Sua Majestade estava desgostoso com a sua falta de participação no cenário político. O Grão-duque deve ter apenas seguindo ordens de Sua Majestade.— Jovem Grimwood, por acaso sabe de algo?Quando os olhares atentos viravam-se para Eugene, o jovem rapaz apenas inclina
— Neste glorioso dia abençoado pela Deusa Kronosis, temos a oportunidade de reunir os nossos mais bravos guerreiros para cumprir o nosso dever de proteger o povo de Islerus. Os animais selvagens que descem a montanha são um risco para aqueles que vivem neste vilarejo, e por isso brandiremos nossas espadas para garantir proteção e fartura para este inverno.Rehael fazia o discurso impecavelmente. Bastava a sua presença para deixar os participantes do festival ansiosos pelo seu início. Cruzando os braços, Magnus já conhecia cada palavra a ser dita naquele discurso, apesar que nem mesmo um discurso diferente não seria capaz de roubar a sua atenção.Na verdade, já faz algum tempo que aquelas palavras estavam rondando a sua mente o incomodando.“— Stephen Baragnon, você é a minha chave”.O seu marido nunca demonstrou interesse em relação ao jovem Baragnon, pelo menos não diretamente. Só que quanto mais ele pensava a respeito, mais Magnus percebia um padrão estranho no comportamento do seu
Diferente do primeiro evento da história original que ele presenciou, e que culminou no seu casamento, Lucian estava apreensivo. Queria tirar proveito da confusão mais ridícula que aquele vilão cometeria. A confusão entre Magnus e Stephen.Os mercenários são diferentes dos rebeldes, eles não ligam para saber quem é quem, e muito menos guardam os nomes dos nobres. A falta de interesse deles é irritante para os rebeldes, que sabem de tudo e querem ser lembrados pelos nobres. Isso causa uma rusga entre os dois grupos que seguem ordens do verdadeiro vilão. Por fim, os mercenários apenas vão atrás da pessoa que eles acreditam ser o Grão-duque, raptando Stephen por engano.Lucian podia tirar proveito disso.Se tentasse salvar Stephen fingindo que ele é Magnus, os mercenários focariam neles por acharem estar certos. Magnus ficaria livre do sequestro, Maverick viria salvar Stephen e tudo acabaria bem. Lucian pensou que seria melhor arrastar Stephen para o campo de visão dos cavaleiros para i
O último rebelde caiu no chão sem vida. Magnus esfregou o dorso de sua mão contra o rosto limpando o suor e se deixou cair sentado sobre o corpo do urso do qual caçou momentos atrás. O seu corpo estava cansado, claro, mas o que realmente incomodava era a dor das suas feridas. Puxando o lenço enrolado no seu punhal, Magnus conseguiu estancar o ferimento da coxa que parecia o pior. Droga, eles foram certeiros em mirar justamente na perna que foi ferida naquele duelo. Magnus acabou de sair da recuperação e agora teria que lidar com a lentidão nos seus movimentos e demais outros problemas que a ferida acarretaria. Rosnando baixo, o ômega amarrou com força o lenço para estancar o sangramento.— Magnus!Erguendo a cabeça, o ômega percebeu Cadec com o rosto pálido empunhando a sua espada. Considerando as manchas avermelhadas na sua lâmina e a sua respiração pesada, o Primeiro Príncipe também parece ter passado por maus lençóis.— Você está ferido?— Não, mas você…— Nada de mais — Cortou Ma
Amar alguém é muito mais perigoso do que se imagina.A obsessão fica à espreita.O ódio pode roubar o protagonismo e murchar as flores de um campo primaveril. Assim como num extenso campo de areia pode surgir um oásis que fascina o mundo.Os sentimentos de uma pessoa podem mudar quando menos se espera. A convivência te faz ver um mundo oculto que pode desgraçar a sua vida ou te tornar refém do conforto.Um casamento arranjado pela política poderia seguir dois caminhos, e as pessoas sempre esperam pela frieza, distância e a ausência de sentimentos. Tudo em prol de ganhos materiais e demais atributos que somente uma relação supérflua pode garantir.Para aquele alfa de cabelos loiros, estaria tudo bem o seu marido brigar consigo e considerá-lo um inútil. Ele o amaria pelos dois.Só que a vida conjugal trouxe algo maravilhoso para ele.Uma fantasia realizada.— Haa… Hngh! Haa… meu alfa…Aqueles finos lábios gemiam por ele. Os braços esguios se envolvem em seu pescoço, e o corpo magro e cu
— Ele tá meio diferente, você não acha?— Diferente? Para mim ele continua o mesmo enfadonho de sempre.Os criados murmuravam enquanto espiavam de canto o homem de cabelos loiros compridos, sentado na mesa da biblioteca encarando a janela.— Não sei, ele parece mais sério… sempre tive a impressão de que a Sua Alteza, o oitavo príncipe, tinha um ar solitário. Mas faz algumas semanas que ele parece diferente.— Hm… não sei, não. Continuo me sentindo desconfortável perto dele.Os criados nem faziam questão de falar baixo e evitar que o seu mestre ouvisse. Até imaginaram ter visto dois diamantes no lugar dos olhos do seu mestre quando ele virou-se em sua direção lentamente. Ainda com o queixo apoiado em sua mão, o oitavo príncipe encarava friamente os criados que fofocavam.— Por acaso vocês querem ser levados para o calabouço?Rapidamente os dois criados arrumaram suas posturas, assustados com a súbita ameaça.— Nos perdoe, Vossa Alteza.— Voltem ao trabalho antes que eu corte suas língu
era um romance do gênero boys love e omegaverso que Luciano lia sempre. Um romance entre um alfa que era cavaleiro do Império Roveaven e um ômega que se descobre filho perdido de um nobre e sofre preconceito da alta sociedade por ter vivido com plebeus.Como todo romance, o ômega e o alfa passam por dificuldades para finalmente ficarem juntos. E isso ocorre graças ao amor possessivo do primeiro vilão da história, Magnus Grimwood, um ômega que detém o título de Grão-duque.Luciano adorava ler justamente para ver as cenas em que Magnus Grimwood aparecia. Talvez fosse a sua preferência se interessar pelos vilões das histórias que lê, mas Magnus tinha algo a mais que sempre chamava a sua atenção.“E então, Maverick baixou os olhos incrédulos para o ômega que segurava em seus braços. Como poderia aquela doce e gentil pessoa estar inconsciente depois de beber um copo de limonada?Os dedos enluvados de Maverick acariciavam a bochecha pálida de Stephen. Mas foi uma risada
Tal como esperado, alguns dias depois os jornais eram espalhados pela capital anunciando o fim da guerra na fronteira. Todos os cidadãos estavam em êxtase pela notícia, principalmente aqueles que eram familiares de soldados que participaram da guerra.O criado saía da loja movimentada estando surpreso com o tanto de pessoas que andavam pelas ruas. Todos pareciam contentes e aliviados, e se o Imperador não anunciasse feriado de três dias para eles comemorarem, então o povo o faria por conta própria.Por conta disso, as lojas já anunciavam promoções e os clientes se aglomeravam em suas portas. Tal como o oitavo príncipe havia dito.— Ele estava certo. A boa notícia realmente veio… — Sussurrava Argus com orgulho — Ah, eu preciso ir contar a ele!Argus estava incrédulo e abobalhados com a coincidência. O seu mestre tem estado muito estranho faz um mês, ou seja, desde que o oitavo príncipe teve um mal súbito que o deixou acamado por dias, mal conseguindo respirar direito. O seu adoecimento