Encarando o salão adornado, Lucian deixou a taça de vinho sobre a mesa sem sentir vontade alguma de beber álcool. Estava fugindo dos seus problemas, e isso era fato. Primeiro permitiu-se embebedar no corpo do seu esposo, saciando a sua volúpia e deixando-o satisfeito. Agora, era a festa de Eugene que servia de desculpa para não se lembrar da revelação dos governantes do Império.
O falatório que o cercava, os sorrisos esnobes e a música o deixava tonto. Ainda assim, ele não conseguia deixar de estar do lado do seu esposo.
Erguendo os olhos azulados para o homem de terno escuro e cabelo penteado para trás, Lucian observou a silhueta de Magnus conversando com alguns nobres. Pouco lhe interessava o assunto em questão, mas ele se via atraído pelo ômega, incapaz de deixar de seguir os seus passos.
Talvez estivesse tão desesperado, ao ponto de usar Magnus como a sua âncora para não enlouquecer.
— Você deveria ir tomar um ar, meu irmão.
Ouvindo a voz doce de Raven, Lucian desviou o olhar para