- Eu estou definitivamente de férias! - Exclamou Ivy entrando em meu apartamento após o almoço.
- Isso é maravilhoso, já que também estou em uma férias forçada, podemos aproveitar bastante juntas. - Respondi feliz com a idéia. Eu sentia falta de ir ao trabalho, não pelo trabalho em si, mas por me sentir útil, isso de certa forma aumentava a minha auto estima. Porém seria bom ter alguém por perto nesse período afastada do trabalho, e Ivy era sem dúvidas uma boa companhia. - Me conta, rolou alguma coisa entre você e o Dr. William aquele dia? Não conseguimos nos ver mais depois pra eu perguntar. - Ele pegou meu contato e bom, marcamos de nos ver qualquer dia desses. - Respondeu Ivy parecendo não muito empolgada com a ideia. - E porque parece que você não está feliz com a idéia? - Ele é lindo, sem sombra de dúvidas, más falta algo... - O que falta? - Não sei explicar, más acho que falta as borboletas no4 Dias, exatos 4 dias que eu estava sem Hanna e odiava cada segundo longe dela, estava difícil até me concentrar na empresa, eu não conseguia parar de pensar nela. Estava em meu escritório na empresa, tentando me concentrar nos assuntos até que minha secretaria me interrompe anunciando a presença da senhorita Prattes. - Eu estou ocupado, diga que marco outro horário pra falar com ela. - Respondi desinteressado, não estava no clima para aturar Vayola, estava sendo um final de um expediente exaustivo. - Me desculpe senhor, más ela insiste... -Minha secretaria mal teve tempo de terminar sua frase, pois Vayola passou por ela e praticamente invadiu minha sala. Suspirei entediado e decidi acabar logo com isso. Fiz sinal dispensando minha secretaria e ela se afastou fechando a porta e me deixando a sós com a louca, forcei um sorriso. - Você poderia pelo menos sorrir de verdade ao me ver, senti sua falta. - Ela usou uma
- Uau, você está bem afiada hoje! - Ela deu de ombros não se importando com minha irritação evidente. - Você é minha mulher Hanna, quando minha mulher beija outro cara isso é da minha conta sim. - Blá blá blá... Allan se toca, eu não sou sua mulher, não sou sua namorada, nem noiva, eu não sou nada sua, apenas carrego seus filhos, só isso! - É isso que você sente em relação à nós? - Não existe nós Allan Delyon, se existisse nós você não mentiria pra mim, se existisse nós você não estaria saindo com Vayola Prattes! - Ela berrou dessa vez e estava visivelmente irritada também. - Vayola é apenas uma amiga, nunca tive nada com ela, diferente de você que na primeira oportunidade se entregou para o Kallik! - Hanna gargalhou debochada e isso me irritou ainda mais. - Pelo menos eu assumo o que eu faço, melhor aparecer beijando ele em público do que aparecer apenas com a mão na cintura e a foder ocultamente, agora se você já terminou, pode por favor ir embora? - Você
Estávamos em uma sala particular, e eu rodava de um lado para outro sem esconder o quanto estava incomodado com toda aquela situação. Ser convocado por eles não podia significar coisa boa, nunca significava. - Então Kallik, você está dentro ou não? - Eu conhecia esse tipo de gente, estar dentro era estar vivo, estar fora era estar morto, agora que eu sabia todo o plano deles, eu não poderia simplesmente recusar e seguir normalmente. - Ainda não entendi muito bem porque precisam de mim! - Falei mantendo a postura, esse pessoal podiam ser assustadores quando queriam. - É simples loirinho, você vai ficar com a parte fácil que é seduzir a esquisitona da Hanna e a Vayola ficará responsável por fazer o mesmo com Allan. - Isso é doentio, porque acha que eu faria isso só por sua vingança boba? Hanna não tem culpa da mãe dela ter roubado seu marido. - Por mais que eu me visse num be
Abri meus olhos porém minhas pálpebras pareciam secas e doeu muito me obrigando a fechá-los. Pisquei algumas vezes buscando lágrimas para molhá-los e quando finalmente elas apareceram eu consegui abri-los sem doer tanto. Olhei ao redor e logo notei se tratar de um leito de hospital, eu tinha uma bolsa de sangue sendo infundida em mim, e vários aparelhos de monitorização, porém não estava entubada como da última vez, talvez seja um bom sinal. Tentei me movimentar e todos os meus membros responderam, um pouco dolorida más estava bem. Senti meu corpo mais leve e de repente o sangramento no meu apartamento se tornou uma lembrança presente e eu mais que de pressa foquei meus olhos em minha barriga, o que me fez gritar em desespero, minha barriga estava murcha, como se eu nunca tivesse ficado grávida e de gêmeos, onde estão meus bebês?! - Hanna, você está com dor? Aí meu Deus o que eu faço? Vou chamar a enfermeira, não saia daí!!! - O
Acordei meio atordoado com o toque insistente do meu celular, tinha deitado para descansar um pouco acompanhado de Hanna e não acho que tenha se passado muitas horas. - Alô! - Atendi me levantando da cama e me afastando, não queria acordar ela que dormia serenamente. - Oi Allan, sou eu John! - Pai, aconteceu alguma coisa?! - Não consegui evitar perguntar, ele não era de me ligar. - Infelizmente sim, descobri um desvio de dinheiro da nossa empresa, algo grande que já passa da metade dos nossos lucros. - Desvio de dinheiro na nossa empresa? Não estou entendendo pai, como isso aconteceu, Jimmy e Khaterine são os responsáveis pela equipe do financeiro, acha que eles estão envolvidos? - Nesse momento todos somos suspeitos... - Nunca pensei que fossemos estar nessa situação, vamos colocar nossos melhores investigadores para resolver esse caso e quem for que seja pagará caro por isso. - Isso que eu precisava ouvir de você Allan, deixarei pra você aplicar a pena ao respons
Esperei pelo choro dos meninos para me levantar, porém, como não ouvi nada decidi levantar e apenas confirmar que eles ainda dormiam, porém eles não estavam mais no berço. Olhei no relógio do celular e o mesmo avisava que já passava das 09 da manhã, como eu pude dormir por tanto tempo!!! - Bom Dia querida! - Sorri ao ver Alícia com Zack no colo, o mesmo estava em posição de arroto. - Bom Dia Alícia, sinto muito, acho que dormir de mais, me desculpe. - Que bom que conseguiu dormir bem, sei como esses pequenos conseguem cansar agente. - Obrigada! - Ela me estendeu o pequeno e eu aceitei de bom grado, porém meus olhos varriam a sala em busca de Theo e Margô. - Margô está terminando de trocar o Theo, ele fez caquinha. - Sorri para ela enquanto ninava o pequeno Zack em meus braços. Olhar para ele era como ver Allan em uma versão miniatura, eles eram muito parecidos com o pai, porém o azul dos olhos deles eram como os meus e do avô Jimm
Esperar que todos saíssem foi um trabalho de paciência, cheguei a imaginar que Allan não deixaria eles, porém o momento exato surgiu, Allan saiu e eu aproveitei para entrar diretamente no quarto dos gêmeos. Zack e Theo eram lindos, talvez os bebês mais lindos que eu já tinha visto, era pra eles serem meus, era pra eu ser o pai e futuro esposo de Hanna, Allan não merecia eles, não merecia ter essa família linda, eu sim, eu merecia. Assim que peguei o bebê em meu colo, o pequeno em meus braços resmungou, Hanna logo apareceu na porta do quarto, parecia assustada ao me ver, ela era tão linda. Por mais que eu tenha planejado o momento, não conseguia esquecer o sabor de seus lábios nos meus, eu queria mais, queria ela por completo. Queria me esbaldar naqueles seios fartos, talvez eu pudesse realizar essa fantasia antes de concluir o que vim fazer. - O que você está fazendo aqui? - Perguntei assustado olhando para a porta onde estava Marko seguido por Kath
Olhar meus filhos dormindo tranquilamente na cama era reconfortante, a cena macabra de duas semanas atrás não saia da minha cabeça, e pensar que hoje eu poderia não tê-los mais aqui por ganância e maldade dos outros, era de cortar o coração, eu não me via mais sem ele, ainda não sabia bem como resolver as coisas da minha vida conturbada, más eu tinha uma certeza, eu não sairia de perto dos meus filhos de forma nenhuma. - Até que é confortável o seu apartamento, eu poderia me acostumar. - Olhei na direção da porta e Allan estava ali, usava uma camisa social, calça e tinha o cabelo perfeitamente alinhado, nem parecia que acabava de chegar de um longo dia de serviço. Depois do ocorrido fatídico na mansão dele, decidi que não ficaria naquela casa nem que me obrigasse, então ele me seguiu até o meu apartamento, eu não conseguia esquecer aquele dia mesmo longe, imagina se eu continuasse a entrar naquele quarto dos bebês, toda vez que eu olhasse pro chão eu veria o corpo de Marko ensangue